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22.7.14

Perfect Blue

Perfect Blue
Satoshi Kon - Madhouse Studios
Anime - Filme
1998
7 em 10

Este filme aparece sempre no top dos recomendados para o grupo plebeu que se inicia ao anime. Portanto, o Zi tinha bastante vontade de o ver. E como nunca me importo de rever este filme, fui vê-lo pela quinquilhionésima vez! Ok, talvez não tanto, talvez tenha sido apenas a sétima ou isso. Não sei. Queria escrever daqueles comentários longos, cheios de análise, algo que um anime deste calibre merecesse, sem sequer lhe dar uma classificação... Mas parece-me tarefa impossível. Pois, na realidade, não se trata de um filme cheio de simbolismos e interpretações diversas. É bastante directo. Mas vejamos:

Mami é uma pop-idol (aidoru), que pertence ao grupo CHAM! No entanto, a indústria move-se e ela tem de se mover também, pelo que decide, juntamente com os seus agentes e managers, tornar-se actriz. A partir desse momento, e à medida que se vai separando cada vez mais da personalidade de aidoru, começa a ser perseguida por um doido que não fica por meias medidas: qualquer coisa que interfira com a imagem predefinida que ele tem será eliminada. Nem que para isso tenha de cometer crimes, bastante hediondos por sinal.

No entanto, não estamos apenas a ver um policial, não queremos saber apenas quem é o criminoso. Mami entra numa espiral de depressão e paranóia, em que a mania da perseguição se eleva ao ponto da dúvida: serei eu? Qual destas realidades é a verdadeira?

Isto é conseguido com uma mestria absoluta na realização. A verdade é que, apesar da história simples, o filme está muito bem feito. Nunca temos a certeza de quais as cenas que são realidade, quais a que são fantasia e quais as que são falsas. Nunca sabemos que memórias de Mami são as reais ou qual delas não passam de novela. Existe uma divisão clara entre as cenas, com repetição de conceitos, sempre insistindo no facto de a personagem estar a ser perseguida por uma entidade desconhecida, que pode até ser ela própria. Existem cenas muito fortes e emocionalmente violentas, nas quais não é claro o que acontece realmente, deixando-nos a duvidar, contribuindo apenas para a ansiedade do espectador.

Também a música ajuda na manutenção do pânico. Falo de pânico porque esse é o sentimento real dado por todo o filme. Em termos musicais temos momentos de tensão muito bem orquestrados, misturados com o melhor do pop dos 90s, recriando situações bizarras, quase surreais, que apenas contribuem para segurar a nossa respiração.

Só a podemos largar no final que, depois de uma revelação muito inesperada, acaba num tom positivo. E isto é, parafraseando o Zi, "um alívio".

Este é um filme que recomendo a todos. Tem muitas influências do cinema americano, pelo que é bastante acessível a todos aqueles que não têm qualquer experiência no visionamento de animação nipónica. Qualitativamente, e objectivamente, tem as suas falhas, mas a maneira com está feito é por demais excelente. Assim, fica a recomendação expressa de que vejam este filme imediatamente. Ou que o revejam em boa companhia!

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