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In English: Cosplay Portfolio (Updating) | SALES

30.11.12

Glass no Usagi

Glass no Usagi
Shibuishi Setsuko - Magic Bus
Anime - Filme
2005
6 em 10

Este anime foi feito pelas celebrações (celebrações? Festividades? Bem, aniversário) do 60º aniversário da Segunda Guerra Mundial. Assim, é um anime sobre a guerra. Tinha muita curiosidade em vê-lo por causa do nome e do tema e finalmente as Licca Subs lançaram-no com legendas (já estava preparada psicologicamente para o ver em RAW).

Infelizmente, não trás nada de novo. A guerra é a guerra e, efectivamente, não há grandes novidades nela. Não há dinheiro, há pessoas a morrer, perdemos os que nos são queridos, ficamos sozinhos, depois - mais cedo ou mais tarde - há-de acabar. Este filme segue a vida de Toshiko, uma menina, que passa por todos estes elementos e sobrevive. Mas acaba por não ser um personagem muito forte, porque a sua sobrevivência está baseada na ajuda que lhe dão e não no seu interior. Em termos de história e personagens é um filme muito simples e directo ao assunto. Não tem cenas gráficas para nos impressionar, as grandes tragédias são apenas uma pequena parte de tudo o que se passou. Assim, não creio que tenha funcionado bem como "homenagem" ao final da guerra, pois não toca de forma alguma. Por um lado é bom que seja tão realista, mas por outro lado é um filme... É suposto mexer connosco de alguma forma.

Um ponto interessante é a arte. Apesar deste anime ser de 2005 a arte é bastante antiquada, quer nos designs quer nas cores. Talvez isto seja uma evocação aos animes de guerra pré-existentes, como Grave of the Fireflies ou Barefoot Gen. Animação não temos muita e a que temos é muito simplista.

Musicalmente, existem alguns temas dentro do filme, não se limitando apenas a uma música de créditos. Quando aparecem, as músicas tornam a paisagem mais viva e, por momentos, quase comovente.

Por isso, só mais um filme sobre a guerra. Poderíamos pensar que a guerra tem muito para falar, mas pelos vistos não é assim. Porque todos os filmes são muito iguais entre si. Só infelicidade, só infelicidade, guerra é infelicidade certamente, mas vemos todos os dias gente morta na televisão por isso... O que é que interessa? As pessoas estão a sofrer, mas vamos ficar no nosso cantinho, no infinite scroll do tumblr. Estão mortas aquelas pessoas lá na Faixa de Gaza que passaram no telejornal? Estão. Mas a gente nem as conhece? É irónico estar no primeiro mundo.

28.11.12

As Jóias da Coroa

As Jóias da Coroa
Álvaro  Cardoso Gomes
2011
Policial

Vamos lá localizar-nos: estamos na Bienal de São Paulo, Quinta Dimensão, a mirar as coisas com um Holandês que consegue ler tuga e, de repente, vemos uns livros com as bordas das folhas às cores. Que custa 10 reais. Portantos, pedi à senhora que me recomendasse um que fosse de um brasileiro e acabei por escolher este, que é um policial moderno passado precisamente em São Paulo.

O livro é envolvente, apesar de não ser nada de especial. Bem, as histórias policiais costumam ser envolventes (apesar de não ser o meu género predilecto). Está escrito de uma forma directa, cheia de vernáculo, cheia de palavrões e sem medo de por o dedo na ferida e ainda carregar.

O personagem principal, Douglas de Medeiros, é um polícia detectivesco que eu ao início achei muito irritante. Um bêbado, um desocupado, um bruto, um abusador. No entanto demonstra, ao longo do livro, uma fibra e uma moral muito sólidas que o tornam (mais ou menos) memorável. Pelo menos acho que não me vou esquecer dele.

Agora, um dos problemas dos livros narrados na primeira pessoa, sobretudo quando são policiais, é que a gente sabe que o personagem principal vai sempre estar vivo no fim. O livro está recheado de cenas de acção, desde perseguições de carros até ao escapar de um sequestro, mas não nos mantêm na expectativa. Medeiros é o narrador, logo Medeiros está vivo, logo Medeiros sobreviveu.

O mistério é muito, muito, muito simples, ainda antes de acontecer eu já sabia quem era o "culpado", mas tem muitos golpes de diversão para nos distrair e seguir a linha de pensamento do investigador.

Por um lado gostava de o partilhar em BookCrossing, mas por outro lado tenho a sensação de que ninguém o ia querer ler. Por alguma razão misteriosa os Portugueses têm aversão aos escritores Brasileiros. Ainda bem que sou mista, se não andaria a perder pérolas.

Crepúsculo - Amanhecer Parte 2

Crepúsculo - Amanhecer Parte 2
Bill Condon
Filme 
2012
5 em 10

Mais um ano, mais um Twilight! E assim se finaliza a nossa tradição, desta vez no home cinema da Andreia (sim, a minha amiga tem um cinema dentro de casa, com pipocas e mantinhas)

O ridículo desta história chega ao êxtase final. Os vampiros concebem uma criança hibrida e têm de convencer os maus (os Volturi) a deixá-la viver. Entretanto o Jacó tem uma conexão animal inexplicável pela criança. E fim, é esse o dilema. Isto levanta questões como "se os vampiros não têm sangue como podem ter uma erecção" mas deixemos isso de lado e aceitemos o argumento tal como ele é.

De repente além da meia dúzia de actores que tínhamos antes temos mais uma dúzia de vampiros prontos a colaborar com os Cullen, após serem convencidos pela criança de que a criança é uma criança (como não se sabe nem se explica) Grande parte das coisas ficam sem explicar para quem não leu o livro e até para quem, tendo lido, não se lembra dele. Mas fizeram uma coisa gira, que foi a sequência de lutas aéreas, envolvendo grandes rios de lava e cabeças cortadas. E o gajo que faz de mastermind dos Volturi, actuação excelente que canaliza perfeitamente que o vampiro é apanhadinho da cornatura. Todos os outros, heh. Nem transformada em vampiro a Bella deixa de ter cara de parva (como demonstrado no flashback final)

Música variada mas muito insonsa e, a parte melhor do filme inteiro, grande fotografia de imensas paisagens nevadas e florestas húmidas. Pena que tínhamos uma qualidade de cinema (de coisas gravadas no cinema, quero dizer), ou o filme teria sido muito mais bonito.

Enfim, tudo está bem quando acaba bem e esta fase da nossa vida terminou. Precisamos de encontrar outra tradição de Girls Night.

E, antes que me esqueça:

VIVA TEAM EDWARD!

27.11.12

Uta no☆Prince-sama♪ Maji Love 1000%

Uta no☆Prince-sama♪ Maji Love 1000%
Kou Yuu - A-1 Pictures
Anime - 13 Episódios
2011
6 em 10

Okokokokokokok.... Explosão ovárica!

Nanami Haruka é uma moçita que só quer compor músicas para o seu cantor preferido. Por isso ingressa numa escola de talentos, uma escola que tem por intenção produzir ídolos (tipo Fame, mas num edifício desproporcional em termos de rococó. Parece que no Japão estes estates estão por todo o lado, oh sim). E lá conhece ídolos. Não um, nem dois, nem três. Seis! Todos lindos de morrer. A cantar!

Cada um encaixa num estereótipo (sendo que o meu preferido é o Natsuki. Porque loiro e fofo e tal) e não tem muito que se lhe diga. Do Genki Bói ao Samurai Tímido, passando pelo Baixinho Emo e pelo Playboy Que Lança Rosas. Mas isto não é importante. Porque são girooos! Kyaaaaa~~~~* Os conceitos artísticos por detrás de cada um dos rapazinhos estão muito apropriados e o design de Haruka também é interessante, apesar dos seus olhos bizarros. Por estranho que pareça, ela não é uma personagem detestável nem alvo a abater. Os rapazes não competem por ela, mas antes trabalham juntos para ela e com ela.

Animação é quase nenhuma, se bem que é interessante o uso de CG para reproduzir os instrumentos musicais em questão (nomeadamente piano e saxofone)

Mas o que eu adorei neste anime foi a onda de positividade e a música. É um anime que nos faz sentir bem, que nos faz querer gostar de música e fazer música. Os dramas dos personagens estão relacionados com a sua descoberta no mundo musical e no aprimoramento dos seus talentos inatos. Foi um anime que me deu vontade de tocar piano. Para quem não sabe, toquei ininterruptamente por cerca de 12 anos, e estou à praticamente 6 anos sem me aproximar do piano, com medo dele (história triste, de facto). Depois de ver este anime, estou com vontade de estudar, de tocar, de aprender uma nova música e mostrá-la a toda a gente. Mantenham-se ligados, pode ser que tenham uma surpresa! E a música deste anime é absolutamente deliciosa. É pop. É foleira. Mas adoro-a. Precisava do álbum disto na minha vida e, deus meu!, não há um! Há seis! Já os tenho todos na minha vida e estão aqui à espera de ser ouvidos.

Para quem gosta de harém invertido e música está aqui uma coisa excelente para se ver! Não, não é bom. Mas é divertido? Com toda a certeza.

26.11.12

The Snow Queen

The Snow Queen
Osamu Dezaki - NHK Enterprises
Anime - 36 Episódios
2005
7 em 10

Sabem, eu tenho numa das minhas estantes, na que fica no topo da parede onde está encostada esta mesa onde escrevo, um livro de contos para crianças. Era da minha avó, depois foi da minha mãe e agora é meu (e não vai ser de mais ninguém). De todas as histórias há meia dúzia que eu adoro de paixão. A Rainha da Neve, de Hans Christian Andersen, é uma delas. Por isso não podia perder o anime.

Ao início eu pensava que isto era World Master Theatre. Não é, por estranho que pareça. Mas podia ser. A história remete-nos para a fantasia do antigamente que entretanto se perdeu para ser substituída por espadas e dragões. Gerda e Kay são dois amigos que se adoram, até ao dia em que o pó do espelho da Rainha da Neve entra no olho de Kay. Ele depois é levado pela Rainha da Neve para o seu palácio e Gerda enceta uma viagem monumental para o encontrar e o trazer de volta.

O anime foca-se nas aventuras de Gerda enquanto percorre o mundo, parte da viagem acompanhada por Regi (um artista), Holster (um lobo com tendências sagradas) e Amor (um macaco). Nas suas viagens encontra muitas pessoas e muitas histórias, algumas delas do mesmo autor - nomeadamente uma das minhas preferidas, a história dos Sapatinhos Vermelhos - mas todas elas com o mesmo nível de fantástico infantil. Absolutamente fascinante. Gerda, enquanto personagem, é uma menina forte, teimosa e decidida, mas que demonstra um elevado nível emocional quando é confrontada com situações adversas. Todos os outros estão apenas limitados e não têm grande conteúdo. Nem a própria Rainha da Neve, que tinha potencial para ser uma personagem de uma misticidade profunda, é mais que um coração mole (e não de gelo, como devia).

Não há grandes cenas de acção, mas os fundos são belos e mais uma vez nos levam de volta a WMT. O facto de estar permanentemente a nevar poderia ter tornado a arte muito monótona, mas em vez disso eles utilizaram a situação em seu favor para mostrar imensas paisagens nevadas, todas diferentes umas das outras.

A música é muito repetitiva ao longo da série. Não apreciei a ED mas achei a OP muito apropriada ao teor do anime e ao teor da história.

Gostei bastante. Só me irritou que tenham mudado o fim da história original. No fim da história original, quando Gerda salva Kay e eles voltam a casa, reparam "que já eram os dois pessoas crescidas", demonstrando que passou muito, muito tempo até se encontrarem. E eu acho isso absolutamente comovente, coisa que não foi possível no anime. Ainda assim, recomendado pela fantasia para onde nos leva.

25.11.12

Kara no Kyoukai - The Hollow Shrine

Kara no Kyoukai - The Hollow Shrine
Iwakami Atsuhiro - ufotable
Anime - Filme
2008
6 em 10
 
Antes de mais, remeto-vos para as reviews dos três primeiros filmes da saga: clickai.

Este quarto filme vem em sequência directa do segundo, Murder Speculation. Shiki acaba de acordar de um coma de dois anos e perdeu SHIKI, ganhando outras coisas que ninguém desejaria. Ficamos, em termos de história, a compreender um pouco melhor como Shiki virou Shiki e, o mais importante, quem é Touko e o que é que ela faz da vida. Iniciação ao mundo mágico a partir de agora, go! E, devo confessar, sinto-me tentada a adicionar a Shiki aos meus planos de cosplay.

Em termos artísticos, este filme trás-nos uma onda ligeiramente melancólica, com paisagens profusamente detalhadas debaixo de uma chuva constante. Se bem que a chuva significa coisas diferentes para toda a gente (por exemplo, hoje estou a adorá-la) Nada de extraordinário ou portentoso de cortar a respiração, mas ainda assim muito adequado. A cena de luta tem um momento brilhante, que é a fuga da rapariga cega ao monstro, mas de resto foi bastante simples.

Musicalmente, mantemos o que foi dito para os outros filmes, com adição de uma música final muito bonita e muito épica.

Continuo a recomendar a série no geral, mas vamos esperar para ver o veredicto final.


Cidade de Deus

Cidade de Deus
Fernando Meirelles
Filme
2002
8 em 10

Ah filmes que se apanham às três da manhã no Hollywood.

Pois bem, eu já sabia deste filme. Mas nunca o tinha visto. Isto é a história de um menino da favela e das suas aventuras com outros meninos da favela. Bonito não é? Excepto que na favela, pelo menos na caracterizada aqui, vive-se num constante ambiente de guerrilha. É cada um por si e pela sua arma, nos assaltos, no tráfico de droga, no assim por diante. E como é que as criancinhas lidam com isto? Com uma brutalidade indescritível.

Caracterização da favela impecável, desenho dos personagens também. O filme corre sem interrupções, a um ritmo galopante e com a escala da violência a aumentar constantemente.

Banda sonora brilhante, cheia de músicas que eu adoro e que se adequam na perfeição.

E, coisa curiosa, nenhum dos actores era actor. Eram todos faveleiros que foram colocados a improvisar em situações de guerrilha encenada. O resultado está à vista. E, repare-se, "eram". A produção do filme fez questão de lhes dar uma segunda oportunidade.

De resto, o filme pode ser muito violento, mas tem uma sensibilidade muito própria e muito vívida. Não posso deixar de o recomendar.

p.s. O Seu Jorge era o único gajo bacano....

Um Litro de Lágrimas

Um Litro de Lágrimas
Aya Kitou/KITA
Manga - 4 Capítulos/1 Volume
1990
5 em 10

Quando estive na Bienal de São Paulo (vide Quinta Dimensão) havia lá montanhas de molhos de manga. Então pedi ao empregado que me trouxesse aqueles que só tivessem um tomo. Apareceu com dois e este parecia ser o mais interessante (o outro tinha umas mamas na capa) por isso trouxe-o.

E bem, isto é trágico em todos os aspectos.

Foi um manga inspirado no diário de Aya Kitou, uma jovem adolescente que descobre que tem uma doença cerebelar degenerativa. Por isso não é novidade dizer que isto é a crónica de uma morte anunciada. É muito triste neste aspecto e suponho que o diário propriamente dito (que foi publicado em 1988, pouco antes da morte de Aya) seja de chorar que nem uma madalena. Mas o manga não é. Simplesmente o motto não está bem aproveitado.

O texto é muito triste e as dúvidas de Aya são compreensíveis e muito relevantes. Mas o manga põe-na sempre a sorrir, como se ela fosse uma mártir (pelo que percebo ela própria não acreditava nisto) e não tem momentos de intensidade adequada.

A arte é muito simples, muito jogo de fundos de tramas. Isto dá a sensação de que tudo isto é quase um sonho, quando é uma realidade muito definida.

Em resumo, insatisfatório.

22.11.12

Cello Hiki no Gauche

Cello Hiki no Gauche
Takahata Isao (Kenji Miyazawa) - Studio Ghibli
Anime  - Filme
1982
6 em 10

Também conhecido por "O Violoncelista Gauche", este pequeno filme (uma hora e um minuto e trinta segundos) conta a história de Gauche, que tem um violoncelo e toca numa pequena orquestra intregrada num ambiente de Japão rural. Gauche tem alguns atritos com o seu maestro, que continua a pedir-lhe cada vez mais e mais. E então entramos no mundo fantástico de Ghibli. Todas as noites, quando Gauche está a ensaiar, aparecem animais que lhe pedem para tocar e tocam/cantam/interagem com ele. E assim o violoncelista redescobre o seu amor pelo instrumento e pela música.

Não existem grandes fundos nem cenas de animação profusas, mas mesmo assim o filme evoca cenas muito belas, enquanto interage com as pequenas criaturas que lhe pedem que toque. Cada música é uma imagem distinta que, sendo muito simples, é bastante tocante. Gostei especialmente dos ratinhos.

Em termos musicais não podia ser melhor, conjugando peças clássicas que integram o meu imaginário infantil (sim, o meu imaginário infantil é música clássica... Não perguntem...) com uma peça original muito intensa e impressionante.

Um filmezinho simples, sem nada que o distinga sem ser os pequenos momentos belos.

Kuroko no Basket

Kuroko no Basket
Tada Shunsuke - Production I.G.
Anime - 25 Episódios
2012
6 em 10

E mais um anime de desporto! Delicioso! Este é sobre Basket, aquele jogo com uma bola redonda em que se dribla e se passa e se salta e se marca, sabem qual é? É mesmo esse.

Ora então, tudo começa um uma premissa interessantíssima e com a recomendação expressa dos elitistas (alguns). É simples: Kuroko é um gajo sem presença nenhuma. Quase invisível. Isto trás-lhe uma vantagem no basket, jogo para o qual ele não revela grande talento excepto no que respeita a fazer passes. "Isto tem potencial", pensei eu. Aliás, "Isto tem muito potencial", pensei eu. Mas não. No fundo no fundo o basket de Kuroko é só mais um rapazinhos a fazerem coisas de rapazinhos, enquanto suam em calções de seda atrás de uma bola.

O potencial que eu referia não estava tanto na história (realmente, o que se pode fazer a uma história num anime de desporto?) mas no personagem. Como será viver invisível? Será que não se sente mal com isso? Será feliz assim? Será que consegue estabelecer relacionamentos viáveis? Será que o desporto é um escape? Respondem a tudo isto, mas da forma mais cliché possível.

Animação acima da média, com grandes momentos de efusão desportiva pouco realista. Mas é disso que a gente gosta! Os jogos frequentes têm um  ritmo muito bom, ajudado pela música (por vezes um techno muito agradável), que não cansam facilmente.

Mas infelizmente não é o desporto que faz o anime de desporto. Também não é o desporto que faz o desporto verdadeiro, basta olhar para as capas das revistas róseas.

As Intermitências da Morte

As Intermitências da Morte
José Saramago
2005
Romance

O bom de Saramago é que ele nos dá sempre questões para pensar. Desta vez a pergunta é "e se não houvesse morte?" Exactamente, o que aconteceria se ninguém morresse? É precisamente assim que começa este livro. No dia 1 de Janeiro e daí por diante ninguém morre. E assim se estabelecem as relações políticas e sociais entre o governo do país imaginário, a realeza, o clero, os filósofos, os meios de comunicação e todas as indústrias secundárias e terciárias que lidam com a morte.

Mas então acontece o belo. E o belo é a perspectiva da morte. Porque a morte, não sendo humana e nem sequer se escrevendo com éme maiúsculo (tal como ela faz questão de apontar), também sente. E neste caso, ela sente amor.

É um livro muito bonito, apesar de não começar como tal. A morte é apenas o mote para uma conversa sobre o sentido da vida e sobre a falta dela também. Saramago explora todas as perspectivas com a leveza de uma borboleta, utilizando do seu poder descritivo tão sintético e sarcástico como usual para nos dar a conhecer todas as faces deste dado (claramente um D20).

De resto, fica aqui um excerto para ler com banda sonora:


(...)Os provérbios estão constantemente a enganar-nos, concluiu o cão. Eram onze horas quando a campainha da porta tocou. Algum vizinho com problemas, pensou o violoncelista, e levantou-se para ir abrir. Boas noites, disse a mulher do camarote, passando o limiar, Boas noites, respondeu o músico, esforçando-se para dominar o espasmo que lhe contraía a glote, Não me pede que entre, Claro que sim, faça o favor. Afastou-se para a deixar passar, fechou a porta, tudo devagar, lentamente, para que o coração não lhe explodisse. Com as pernas tremendo, acompanhou-a à sala de música, com a mão que tremia indicou-lhe a cadeira. Pensei que já se tivesse ido embora, disse, como vê, resolvi ficar, respondeu a mulher, Mas partirá amanhã, A isso me comprometi, Suponho que veio para trazer a carta,. que não a rasgou, Sim, tenho-a aqui nesta bolsa, Dê-ma então, Temos tempo, recordo ter-lhe dito que as pressas são má conselheiras, Como queira, estou ao seu dispor, Di-lo a sério, é o meu maior defeito, digo tudo a sério, mesmo quando faço rir, Nesse caso atrevo-me a pedir-lhe um favor, Qual, Compense-me de ter faltado ontem ao concerto, Não vejo de que maneira, Tem ali um piano, Nem pense nisso, sou um pianista medíocre, Ou o violoncelo, é outra coisa, sim, poderei tocar-lhe uma ou duas peças se faz muita questão, Posso escolher, perguntou a mulher, Sim, mas só o que estiver ao meu alcance, dentro das minhas possibilidades. A mulher pegou no caderno da suite número seis de bach e disse, Isto, É muito longa, leva mais de meia hora, e já começa a ser tarde, Repito-lhe que temos tempo, Há uma passagem no prelúdio em que tenho dificuldades, Não importa, salta-lhe pr cima quando lá chegar, disse a mulher, ou nem será preciso, vai ver que tocará ainda melhor que rostropovitch. O violoncelista sorriu, Pode ter a certeza. Abriu o caderno sobre o atril, respirou fundo, colocou a mão esquerda no braço do violoncelo, a mão direita conduziu o arco até quase roçar as cordas, e começou. De mais sabia ele que não era rostropovitch, que não passava de um solista de orquestra quando o acaso de um programa assim o exigia, mas aqui, perante esta mulher, com o seu cão deitado aos pés, a esta hora da noite, rodeado de livros, de cadernos de música., de partituras, era o próprio johann sebastian bach compondo em cöhen o que mais tarde seria chamado de opus mil e doze, obras elas quase tantas como foram as da criação. A passagem difícil foi transposta sem, que ele se tivesse apercebido da proeza que havia cometido, mãos felizes faziam murmurar, falar, cantar, rugir o violoncelo, eis o que faltou a rostropovitch, esta sala de música, esta hora, esta mulher. Quando ele terminou, as mãos delas já não estavam frias, as suas ardiam, por isso foi que as mãos se dera, à mãos e não se estranharam. Passava muito da uma hora da madrugada quando o violoncelista perguntou, Quer que chame um táxi para a levar ao hotel, e a mulher respondeu, Não, ficarei contigo, e ofereceu-lhe a boca. Entraram no quarto, despiram-se e o que estava escrito que aconteceria, aconteceu enfim, e outra vez, e outra ainda. Ele adormeceu, ela não. Então ela, a morte, levantou-se, abriu a bolsa que tinha deixado na sala e tirou a carta de cor violeta. Olhou em redor como se estivesse à procura de um lugar onde a pudesse deixar, sobre o piano, metida entre as cordas do violoncelo, ou então no próprio quarto, debaxo da almofada em que a cabeça do homem descansava. Não o fez. Saiu para a cozinha, acendeu um fósforo, um fósforo humilde, ela que poderia desfazer o papel com o olhar, reduzi-lo a uma impalpável poeira, ela que poderia pegar-lhe fogo só com o contacto dos dedos, e era um simples fósforo, o fósforo comum,, o fósforo de todos os dias, que fazia arder a carta da morte, essa que só a morte podia destruir. Não ficaram cinzas. A morte voltou para a cama, abraçou-se ao homem e, sem compreender o que lhe estava a suceder, ela que nunca dormia, sentiu que o sono lhe fazia descair suavemente as pálpebras. No dia seguinte, ninguém morreu.

21.11.12

Errar é Divino

Errar é Divino
Marie Phillips
2009
Romance

Um livro do BookCrossing, que veio num BookRing! Obrigada!

Bem, isto é uma comédia. Vamos fazer um exercício de imaginação. Os deuses gregos, aquela gente fabulosa com poses à Dio Brando, continuam aqui. O que é perfeitamente natural, dado que são deuses e usualmente os deuses não morrem. Mas, coitados, estão a viver numa casa a cair aos bocados no meio de Londres e encontram-se insatisfeitos com as suas vidas deprimentes. Até que num acesso de raiva Afrodite vinga-se de Apolo e tudo muda, com intervenção de Alice e de Neil, dois seres humanos meio (não. Completamente) nerds e meio (não. Completamente) apatetados.

E, com isto, o livro tem piada. Os deuses estão bem caracterizados e a sua modernização combina perfeitamente com os mitos e lendas de que há registo. Excepto talvez Artemisa, que é um bocado convencida demais para deusa da Lua, Caça e Castidade (LCC)

O contraste entre Apolo e Neil, deus de tudo o que é belo e aficcionado da banda desenhada, é engraçado mas poderia ter sido mais explorado, quiçá com um maior conflito interno pela parte de Alice.

De resto, lê-se bem mas por vezes é tão inócuo que uma pessoa se perde. Há-que adorar livros sem qualquer tipo de conteúdo. =D

20.11.12

Porque os Homens preferem as Divas

Porque os Homens preferem as Divas?
Miss Piggy (transcrito por Jim Lewis)
2011
Livro de... Instruções

A nossa Diva preferida lançou a sua primeira obra literária! Um livro repleto de dicas de beleza e de relacionamentos, seja com homens, seja com sapos.

E realmente, Jim Lewis não teve nada que ver com este livro. Tudo transpira e respira Miss Piggy. Isto é uma verdadeira canalização da personagem. Não está bem escrito, não é nada de especial, mas é divertido. Por isso deixo-vos aqui uma parte das 10.000 Coisas Idiotas que os Homens Sapos Fazem.

E aviso o(s) sapo(s) interessado(s) que eu NÃO VOU nem NUNCA IREI fazer nada do que este livro diz.

De resto, outras citações engraçadas.

O mundo da moda olha para moi em busca de inspiração.
Eu olho para o mundo da moda em busca de amostras grátis.

O segredo para não ser despedida:
Não faça nada errado.
Não faça nada.

Definições: tudo o que uma mulher precisa de saber sobre...
Futebol - Armadores, ponteiros e centroavantes. O que há para não gostar?
Basebol - A-Rod. Bonito... E muito rico
Basquete - Homens de calção de seda ficando suados
Golfe - Tiger Woods... E um monte de outros caras

Definições: tudo o que um homem precisa de saber sobre...
Sapatos - Mais, sim! Demais, nunca!
Chocolate - Ver "Sapatos"
Jóias - Ver "Chocolate"
Compras - Ver "Jóias"

(Ah, fique a nota que eu comprei isto na Bienal de São Paulo, lá na Quinta Dimensão. Simplesmente não pude resistir à Diva!)

18.11.12

Mobile Suit Gundam 00 2nd Season

Mobile Suit Gundam 00 2nd Season
Mizushima Seiji - Studio Sunrise
Anime - 25 Episódios
2008
6 em 10
 
Isto é uma segunda season por isso considero relevante que leiam a review da primeira: review da primeira season de Gundam 00. Ok. Então comecemos por recordar o que aconteceu entre os episódios 24 e 25 da primeira season!

Aherm.

MORRERAM. 
 
TODOS.

Tendo isto em conta, qual não é o meu espanto quando se inicia a nova season e afinal está toda a gente viva? Até o meu querido Lockon, que a gente viu a morrer numa épica explosão, aparece aqui vivinho da silva. O que é bom, porque é o Lockon (apesar do nome idiota), mas ainda assim podiam deixar os mortos mortos e inventar outra coisa qualquer para fazer a segunda season. Isto passa-se 4 anos depois da primeira intervenção e, mais que uma conclusão, é um desenvolvimento da história desta nova timeline.

Finalmente uniram os vários personagens da história e relacionaram-nos uns com os outros, se bem que por vezes de maneira um pouco forçada. Isto torna a história um pouco mais fácil de seguir. Mas de resto, fora a ressurreição, não há grande exploração das personagens. Parece que para todos no universo de Gundam o desenvolvimento final é sentir pontadas de dor na cabeça quando te recordas de eventos traumáticos, sendo que te agarras a ela a gritar, a chorar e a babar. Nunca me aconteceu, mas hei-de experimentar que tem ar de ser muito agradável.

A arte é moderna e, como na primeira season, funciona bastante bem com Gandamus. As cenas de acção são muito rápidas e com mudanças de perspectiva céleres, o que mantém a concentração do público (moi). Mas são /tantas/, esta gente anda tanto à luta, tanto à luta, que acaba por fartar rapidamente.

Temos duas OPs e EDs e só gostei das segundas (e a animação da segunda ED é bastante interessante).

Por isso, mais um GANDAMU. Estou quase a acabá-los. Quase. Quase.

Já agora, mais alguém reparou no Char Aznable antagonista loiro com uma máscara? @.@

16.11.12

Tibet Inu Monogatari

Tibet Inu Monogatari
Kojima Masayuki - Madhouse Studios
Anime - Filme
2011
6 em 10

Para começar, isto é um mastiff tibetano:

Agora que temos isto claro nas nossas mentes, vejamos este filme sobre um mastiff tibetano. Um miúdo é levado da sua cidade chinesa para o meio do tibete, onde há planícies, cães e ovelhas. Muito inadaptado acaba por fazer amizade com um cão (Doogee) que aparece do nada. Depois lutam contra um monstro não especificado e Doogee ensinou ao miúdo tudo sobre a coragem e a amizade. Hã-hã, perfeitamente.

O problema deste filme é que deseja muito ter uma moral. E não tem. A inadequação do personagem principal está mal explorada e a sua união ao cão aparece quase como um acaso. Assim o filme torna-se muito fraco nas suas expectativas e bastante previsível durante toda a narrativa.

A arte é sem dúvida bela, com uma excelente caracterização das planícies tibetanas. Aliás, o mais interessante deste filme é mesmo o setting, que está perfeitamente enquadrado, quer na paisagem quer nos hábitos das pessoas que a povoam (no comer, no vestir, etc.) Em termos de animação, as cenas de luta com o monstro poderiam ter sido muito mais interessantes.

É interessante ver que este filme, que é anime, está falado em Chinês. A língua ajuda na manutenção do ambiente que nos é proposto, se bem que a língua Chinesa me soa um bocado estranha (a mim, que não oiço muito bem). Os efeitos sonoros passam desapercebidos e a música dos créditos destoa um pouco.

Mas o que mais me fez confusão foi sem dúvida... Os cães não se comportarem como cães. Pelo amor de deus, metam nas vossas cabeças que nas matilhas não há um "chefe que dá ordens" e metam nas vossas cabeças que a agressividade canina não funciona assim. E eu sei, porque estou há seis meses de volta deste assunto.

Lucas Bora Bora e Osso Vaidoso

Ora bem, um amigo meu ganhou bilhetes para este concerto no Centro Cultural de Belém e, assim sendo, lá fomos ao concerto. Eram duas bandas e eu só conhecia vagamente a segunda, Osso Vaidoso, mas vou apresentá-las. Podem fazer o download dos álbums no Optimus Discos.

 Lucas Bora Bora

Isto é um jovem com uma guitarra mais dois jovens com beats electrónicos. Muito interessante, com letras divertidas e com algum significado. Só não gostei muito da atitude deste Lucas que esteve o concerto todo a dizer "eu, eu, eu, eu, eu, e já agora eles, eu, eu, eu, eu". E as músicas que ele tocou sozinho nem sequer eram nada de especial. Durante o concerto ele prometeu que nos dava o EP à saída, mas não. Afinal não estava lá ninguém a dar nada. A conexão entre os membros da banda estava muito perdida, quase inexistente, parecia que não se entendiam. Isto assim não há-de ir muito longe. Mas fica um exemplo:

Bate, bate, bate, pois bate...


Osso Vaidoso

Uma poderosíssima combinação entre voz e guitarra, com letras muito intensas e directas, algumas quase badalhocas mas não chegando lá. Um concerto muito bom, com o gajo da guitarra a passar-se frequentemente (ela não podia acompanhar com a voz... Aliás, podia, mas é difícil). Uma viagem daquelas, fiquei fã e vou com toda a certeza usar uma (ou mais) música para fazer outras coisas (já sabem... xD) Um exemplo impressionante:


Gintama'

Gintama'
Fujita Yoishi - Sunrise
Anime - 51 Episódios
2011
6 em 10

Devo começar por dizer que adoro Gintama. Tudo acerca dele. Ou pelo menos adorava. Até ver estes novos 51 episódios.

Realmente não tenho muito para comentar. A arte é equivalente. A música menos variada e os efeitos sonoros cada vez menos originais. Personagens não evoluiram nada.

O que me faz realmente triste é onde isto foi parar. Gintama tinha classe, era uma comédia que não se levava a sério de maneira nenhuma mas tinha uma réstia de respeito por si mesma. Passou de 201 episódios que me mataram do início ao fim (de riso) a 51 episódios que me mataram de vez (de infelicidade). Realmente quando passamos de piadas de jeito para sexo, rabos, censuras, vómito e merda voadora 24/7 a coisa fica realmente má.

Deviam ter deixado como estava. Assim só me estragou o gosto.

Nota àparte: fiz um Cosplay Portfolio a falar do meu cosplay. Sejam bem vindos a vê-lo. :3

14.11.12

Cosplay Portfolio

Hello. I'm ladyxzeus and this blog post is a compilation of all my cosplay works. :) I made this so it's easier to share with everyone my experience in cosplay and also to organize my ideas. I'm not going to post many pictures and instead I'll post links to other posts, so this one is not too heavy on your browser. It will be a bit long, but I'd love people to check out my cosplays and tell me what they think about them!

But first of all
Some Words About "My" Cosplay Ways


About My Vision of Cosplay
   For me, cosplay is a performative art. More than making a fabulous costume, it's about recreating a character through acting. Since I belonged to an amateur theatre group for many years, I have this "stage love" ingrained on me. When I perform, I try to convey a feeling, a short story or a morality through the character, based on its persona. Sometimes my performances are comedies. Sometimes they're tragedies. Many times they are simply abstract and have a lot of simbology. In the end, I'd like everyone to be touched by what I do and think about it, maybe even remember it later. Cosplay for me is art and that's what makes it so fun!


About Costume Making
   I'm not very talented about sewing or making props, but slowly I'm learning some things. Nowadays, I take a lot of pleasure from making a challenging costume and surpass my own talents! =D


About Self Esteem
   Just recently I started being more confident about my image. It makes me extremelly sad to be criticized on my looks, because there's really nothing I can do about them. To be honest, I tried being "fit" once, but it only made me suffer. So I started to avoid making new costumes that feature my belly, the part I'm most insecure about. 

About Adulthood
  Before being a cosplayer, an anime fan or a performer, I'm a worker. My job has to be my priority. Therefore time is lacking and that's why I reuse my costumes so much. Besides that, there's this thing about being a grown-up... In which you stop liking shounen OPs and stop screaming at every cosplay you like at cons. But you also learn to appreciate new things that you had never noticed before. Fun times. :) 


Featured Cosplay!

Below are collages representing each of the cosplays. Click on the one you'd like to know more about to be redirected to its dedicated post! :) The costumes are in chronological order of debut.

Note: This area is under construction and it will take a while to get all costumes here. Meanwhile, if you are interested, please check my Facebook Page and Youtube Channel

 


Future Plans

Planned Costumes (kind of by order of priority, they change once in a while)
  • Mamiya (Hokuto no Ken)
  • Integra (Hellsing)
  • Major Makoto Kusanagi (Ghost in the Shell Arise)
  • Princess Leia (Star Wars)
  • Queen Neherenia (Sailor Moon) 
  • Timo (Metropolis)
  • Leelo (The Fifth Element)
  • Kobato (Kobato)
  • P-chan (Gokinjo Monogatari)
  • Mikako (Gokinjo Monogatari)
  • Nodame (Nodame Cantabile)
  • Tanabe Ai (Planetes)
  • Oscar (Rose of Versailles)
  • Lunay (Original Character)
  • Alayeska (Original Character) 
  • And a couple of surprises, hoho!
Keywords for future skits
  • Drugs
  • Sex
  • Rock'n'roll
Goodies

Some stuff that's good for everyone and, thus, I'll share! :)
My Cosplay List @ Youtube - Has skits I like, my own stuff (that you just found here) and some tutorials
Help! - Folder with a lot of tutorials, patterns and reference pictures. It's in Portuguese, but everyone can use it. It's updated once in a while!
Cosplay Service - For the girls! Pictures of guys in cosplay.
Cosplay Workshop - Power Point of a Workshop I gave on the PLAY part of Cosplay. In Portuguese!

Thanks

I want to thank, from the bottom of my heart, a lot of people. Namely:
  • My family, that is always there to help me and give me rides
  • Nela, that always gives good ideas
  • My friends, who find me fun, give me critique and support my crazy ways
  • Everyone that ever liked any of my performances and had fun with them
  • Everyone that gives me criticism and helps me to get better
  • My BR friends, because they still keep me around (:p)
  • My friends in the Portuguese community, because they help me a lot and they rock
  • Nhu, cuz nhu ***
  • To everyone that ever pointed me in the right direction     
Contact 

Ideas? Criticism? Suggestions? They're all very welcomed! I read all your notes and I use them all to evolve, so feel free to say what you think about my work so far! :) You can mail me at ladyxzeus(yahoo.com.br)
If you'd like to follow me more closely, check out the:


And with this, it's over! Thank you for visiting, please drop me a comment (or two) and enjoy! Remember, if it was not for you, my public, I'd not do this! :) 




A Cidade das Flores

A Cidade das Flores
Augusto Abelaira
1959
Romance

Livro que ganhei na promoção de Verão da Editorial Presença.

Sem dúvida um livro estranho. Não está organizado numa história, mais em pequenas cenas quase teatrais em que os personagens conversam sobre a vida e sobre o estado da nação. Depois há uma infiltração futurista um bocado escusada, mas no geral foi muito interessante.

O livro é suposto criticar o regime Salazarista, mas - para escapar à censura - o autor optou por situar toda a narrativa em Itália. Nisto foi um trabalho de mestre. Os personagens são verdadeiramente italianos e a maneira de pensar deles é italiana. O livro quase que parece uma tradução.

No entanto os personagens não são especialmente fortes e por vezes são tão irritantes que uma pessoa praticamente sente que deve recusar identificar-se com eles.

Ainda assim, muito bem escrito. Vou fazer agora um BookRing com este livro no BookCrossing! =D

Houve um capítulo que gostei muito (o Décimo Quinto Quadro) e que acho que usaria numa apresentação de cosplay. Vou transcrevê-lo para aqui, apesar de ser um pouco longo:

 - Enganou- se! Enganou-se! - disse ela apanhando uma flor azul. - E sabe como se chama? - Tinham vindo à procura das acácias em flor, mas onde estavam as flores que ninguém as via?
 - Não sei, Rosabianca. Sou de uma terrível ignorância acerca de flores. De flores, como de muitas coisas mais.
 - É uma anémona - E como Giovanni se mostrasse convencido:  - Não, não é. Talvez seja - Olhava-o bem nos olhos, a ele que não estava habituado a que o olhassem assim - Não sei o que é uma anémona, gosto do nome, gosto desta flor. Quem sabe se não será? - Tirou-lhe uma pétala - Que me diz, Giovanni Fazio?
 - Que hei-de dizer? Que é...
 Rosabianca arrancou outra pétala: - Se calhar, é... E outra pétla ainda, como, quando menina, fazia aos malmequeres - Se calhar, não... - Outra pétala - Se calhar é... Outra. - Não é... - Outra  É. Não é. É. Não é... É... É uma anémona, Giovanni Fazio, uma anémona!
 Giovanni pegou na flor sem folhas.
 - Agora não é nada - lamentou.
 - É uma anémona, é uma anémona - Palavras ditas numa voz lenta que deu tempo a que uma nuvem cobrisse, e logo descobrisse, toda essa imensidade que é o Sol. Depois, repetiu, olhando para Giovanni: - Enganou-me! Enganou-me! Onde é que foi inventar as acácias? As acácias, se calhar, não têm flor. Não têm flor, as acácias - insistiu, mudando a voz. - Enganou-me. Enganou-me! Aqui só há anémonas... - Estacou de súbito, tão de súbito que Giovanni só parou um segundo depois, mais à frente. Rosabianca estendeu-lhe a mão direita e ele estremeceu. - Dê-me a sua mão, Giovanni Fazio. Porque vai tão calado? - Porque ia tão calado? Era como se a alegria, o à-vontade dela, um desembaraço assim, o tornassem ainda mais tímido. Jamais poderia ter aquela juventude, aquela desenvoltura, aquela naturalidade. Disse:
 - Há ali uma anémona.
 - Não! - Rosabianca fez beicinho - Não são anémonas. O Giovanni Fazio não sabe descobrir anémonas. São glicínias... - Pausa. - Já viu alguma vez, sabe o que é uma glicínia? - Ele fez sinal que não. - Então é uma glicínia - concluiu Rosabianca, fechando os olhos. Porque ela também não conhecia as glicínias.
 - Mas é igual à anémona...
 - Eu digo que não. Quer ver? - Apanhou-a e começou a desfolhá-la. - É uma anémona... não é... é..., não é... - Faltava uma pétala.
 - Vê? - disse ele -, vê que também é uma anémona?
 - Não!
 - Como não? Pois não lhe falta uma pétala?
 Rosabianca observava-o nos olhos e Guiovanni sentiu que o mundo era como ela dizia e que tudo o mais era falso. "Dize-me que os teus olhos verdes são negros, que os teus cabelos negros são verdes, que aquelas árvores, ali, são os teus braços e que a morte é apenas uma palavra e que neste mundo é eterno e eu acreditarei." Mas Rosabianca nada disse acerca dos olhos ou dos cabelos, ou dos braços ou da morte.
 - Como? Falta uma pétala? - protestou indignada. - Não falta pétala nenhuma.
 Giovanni decidira-se a arrancar a pétala que faltava, Rosabianca escondeu-a atrás das costas.
 - Dá-ma - pediu
 - Não! - Na frente de fAzio, as duas mãos atrás das costas, as pernas afastadas, debruçada para a frent,e numa atitude de menina de doze anos, de menina malcriada, mimenta, de desafio, Rosabianca.
 - Dê-me essa flor...
 - Apanhe-a se é capaz! Ande...
 Tentou alcançar-lhe as costas, mas Rosabianca girava como um pião e Giovanni deu uma volta inteira em torno dela.
 - Não se atreve, Giovanni Fazio? - Então Giovanni aproximou-se mais.
 Os olhos nos olhos dele, a menina dos olhos verdes recuou. Outra vez Giovanni se desviou para a direita, tentando atacá-la de lado, mas Rosabianca não o perdia de vista e, lentamente, ia rodando. Olhos nos olhos (olhos verdes contra olhos azuis), deram um novo giro. Agora ocupavam outra vez a posição do princípio.
 - E se eu desse outra volta, Rosabianca?
 - Sim, daremos outra volta. Enquanto houver  voltas no mundo, daremos szempre uma volta. Esgotaremos as voltas que existem no mundo, Giovanni Fazio.
 Então, apeteceu a Fazio afagar os cabelos de Rosabianca, desalinhá-los, mas o vento já os tinha deselinhado.
 - Sim, outra volta. Giovanni Fazio, aí. Eu, no meio. Atrás de mim, a florzinha sem pétalas.
 - Com uma pétala.
 - Sem pétalas.
 - Sim, dou uma volta. Atenção. Um, dois, três... - Lentamente começam. ele dava uma volta mais longa, ela girava em torno dos calcanhares.
 - Sabe? - começou Rosabianca. - Estamos a dançar. É uma dança, uma dança, Giovanni Fazio! O senhor está a dançar comigo. - Pôs um dedo na boca, depois espetou-o na testa. - Não - disse - , não é comigo. É com a anémona, a florzinha azul sem pétalas. - Deu um salto brusco e sentou-se no chão, sem medo de sujar o vestido (onde três patinhos azuis meditavam no meio dos juncos). - Oh, que má que eu fui, não tenho perdão nenhum. Matei a florzinha sem pétalas, matei a pobre anémona tão bonita, tão gentil... - Olhou para Giovanni. Repetiu: - Oh, que má eu fui, que má eu sou! Matei a pobre florzinha! Sem piedade, sem piedade, uma a uma, lhe arranquei as pétalas. Oh, como deve ter sofrido a pobre florzinha, como deve ter sofrido! - Levantou-se, ajoelhou-se depois, debruçlou-se ligeiramente, alisou com muito cuidado o chão, limpou-o de pó, ajeitou a flor. - Ajude-me - disse, sem se voltar. - Vamos tratá-la, Giovanni Fazio. - Ergueu-se, olhou em redor, uma a uma, começou a recolher as pétalas dispersas. Giovanni imitava-a, mas sem êxiuto, e rosabianca regressou com as mãos cheias de pétalas ao pé da flor morta. (Deixa-me espalhar essas pétalas pelos teus cabelos, deixa-me beixar os teus cabelos - sonhou Giovanni.) - Vamos juntá-las. Colar-s.ão de novo?
 Rosabianca observou-lhe os olhos.
 - Para que me engana? O Giovanni Fazio é mau. Enganou-me dizendo que havia acácias, quando não há acácias nenhumas, quer-me enganar dizendo que a infeliz anémona vai renascer...
 Giovanni lembrou-se: anémona? Mas a Rosabianca disse que era uma glicínia, chagámos a discutir. é uma gficínia, menina dos olhos verdes, é uma glicínia... É uma glicínia e foi por isso que a desfolhou...
 - Deixá-lo! Agora é uma anémona: quero que seja uma anémona. - Por instantes ficou sem uma p+alvavra. - Não, não, agora não é nada, agora morreu. Morreu, nós vamos enterrá-la. Oh, um enterro bonito, um enterro de flores. As outras flores virão assistir, porque ela era a mais bela. - Deixou ciar as pétalas sobre a flor morta. Giovanni imitou-a. Então Rosabianca ergueu-se. Olhou em volta. - Oh! - exclamou. - Onde estará...?
 Mas Giovanni compreendera:
 - Sim - adivinhou -, ela tem um apaixonado. Onde estará?
 Rosabianca:
 - Tenho a certeza que será uma flor vermelha. O vermelho é uma cor bonita e eu tenho a certeza que será uma flor vermelha. E estará aí perto... - Avançam os dois à procura da flore vermelha. - Choraminga Rosabianca. - O ingrato! Enquanto ela morria, que fazia ele? Naturalmente a divertir-se com outras flores... - Encarou Giovanni, bem de frente. - A morte é uma coisa boa. - Preparava-se ele para melhor a observar, quando Rosabianca o interrompeu. - Mas eu gosto de viver! - E então começou a correr pela praia fora. - Onde estás, flor vermelha, onde estás, florzinha vermelha? A tua amada morreu, a tua amada não é mais deste mundo! - Cinquenta metros adiante de Giovanni, que a seguia, parou. - Acredita em tudo isto Giovanni Fazio? O Giovanni Fazio é uma criança. Ora eu lhe digo e pasme: não há acácias, não há anémonas, não há flores vermelhas. E o Giovanni FAzio acreditou em tudo, com uma cena no cemitério, uma flor vermelha apaixonada não se sabe onde... é uma criança, Giovanni fAzio, uma criança... Afinal, não está do lado das pessoas crescidas!
 Giovanni correu ao encontro dela e tomou-lhe a mão.
 Eu não, Rosabianca. Somos ambos. Consigo sou uma criança, consigo, apenas consigo... Não sei, mas sinto-me feliz, e penso que tudo isto é verdade.
 Estavam à beira do mar.
 - Giovanni Fazio - disse -, olhe esta coincha!
 - Linda...
 - Aquela - er apontou uma conhca vermelha.
 Giovanni:
 - Quem sabe se não será a apaixonada da anémona?
 - Talvez... Que coisa terrível deve ser amar! Eis aqui esta concha que gosta de uma flor. Estranho que esta concha possa gostar duma coisa tão diferente como é uma flor! Mas aí está... - De pé, debruçava-se sobre a concha que Giovanni lhe estendia (e enquanto assim se debruçava, Giovanni adivinhou-lhe a doçura do seio e sentiu vontade de beijá-lo). Rosabianca ignorava os desejos de Giovanni (quem poderá jurá-lo?) e dizia:
 - Aí está! Ele não sabe que a sua amada morreu. Que neste momento está morta, estendida para sempre... _Ah, Giovanni Fazio! Como foi isto possível? Esquecemo-nos de falar no enterro dela! Nada dissemos! Será possível que nada tivéssemos dito, ao menos um ámen? - Inclinou-se sobre a flor. - Perdoa! Nem eu nem o Giovanni Fazio te queríamos mal. Perdoa, também conchinha vermelha. Sim, nós não te queríamos mal. Éramos duas crianças que foram brincar à praia. Viemos à procura das acácias em flor, mas elas não existiam e em vez delas apareceste-nos tu. - Olhou para Giovanni. - Que diremos? Que diremos? Oh, Giovanni Fazio, hoje é um dia de loucura. Não há aqui ninguém, ninguém exige que digamos coisas ajuizadas. Para quê as coisas ajuizadas? - Subitamente tornou-se muito grave, corou, voltou à sua cor normal. - Ainda que pense mal de mim - disse -, vou fazer uma coisa muito séria. - Tirou o cinto quye lhe apertava a camisola de lã e despiu-a. Sem compreender, Giovanni observava-a. Tirou o resto e stava nua. - Eu sou uma sereia. - Corre em direcção ao mar, mergulha, reapoarece, grita: - Faça um gesto de admiração!
 Giovanni aproximou-se.
 - Será possível? - diz, recuando alguns passos, cheio de espanto. - Mas é uma sereia!
 - Oh, mas onde estou eu? - pergunta a sereia, abrindo muito os olhos. - E quem sois vós? Oh, como é estranho! É isto o mundo? - Observa-o longamente. - Quem sois? - Aproxima-se. Mexe-lhe nos cabelos, dá uma volta em torno dele, enquanto Giovannia a fita nos olhos, lhe evita o corpo. - É a isto que chamarão uma árvore? - pergunta.
 - Frio - responde ele.
 - Uma casa?
 - Frio.
 - Oh, tu és o Sol?
 - Não, não sou o Sol.
 - Minhas irmãs, às vezes, liam-me histórias. Falava-se aí de cavalos capazes de dar a volta ao muyndo numa noite. Sereis um? Sereis uma estrela? Que é uma estrela? Dize-me: serás tu o amor?
 - Sou um homem, sereiazinha.
 - Um Hoimem? Que nome engraçado - disse a Sereia midando-o  muito. - Que é um Homem?
 - Ah - diz o Homem -, se preferes euy sou a Lua, ou a linha do horizonte, o voo de uma ave.
 - Não - retorquiu a sereia. - Agrada-me que sejas um Homem. estranha coisa deve ser essa de ser um Homem! Que é que se sente quando se é Homem?
 - Que os teus lábios são vermelhos, que os teus olhos s~´ao verdes, que os teus ombros são macios.
 - Que engraçado é ser um Homem para sentir coisas assim! Como é que se pode saber a cor dos meus olhos e dos meus lábios? Ainda percebo que se saiba que os meus ombros são macios, mas como a cor dos meus olhos, Homem, se eles é que vêem?
 - Não há espelhos no fundo do mar?
 - que é um espelho?
 - Uma coisa onde nos vemos como somos.
 - Ah! Nós chamamos-lhe palma da mão. E adivinha-se. Mas a minha nunca me mostrou a cor dos olhos e já a dei a ler muitas vezes e nunca ninguém me disse nada. A tua diz-te? Oh, mostra, mostra! - Dirige-se a Giovanni, pega-lhe na mão esquerda. - Como é que se lê? Onde está aqui que os meus olhos são verdes, que os meus lábios são vermelhos?
 - Leva muito tempo a explicar. Deixa-me tocar com os meus dedos nos teus olhso e saberás. - Toca-lhe nas pálpebras.
 - Sim - diz ela -, verdes!
 - Nos teus lábios...
 - Sim - diz ela -, vermelhos...
 - ...Nos teus ombros...- Não, nos ombros não é prec iso, Homem. Eu sinto-os.  - com as mãos experimenta os ombros. - Sim, são macios. Mas não preciso agora das tuas mãos para nada! - Fica em silêncio. - Espera, Homem! Dize-me: que é uma Mulher?
 - Agora tu és uma Mulher, agora que deixaste o mar.
 - Mas eu volto!
 - Não podes! Morreste afogada. estiveste já muito tempo em terra e morreste. Quando uma sereia morre afogada em terra, transforma-se numa Mulher. - Apanha a riupa dela e atira-lha - Quando te vestires, serás uma Mulher. E mostrar-te-ei o mundo.
 - Vale a pena conhecer o mundo? - Mulher agora, ela sentia veronha da nudez e cobria o corpo.
 - Sim, o mundo é bom. A vida é uma coisa muito bela, uma coisa um pouco louca onde sucedem cosias estranhas, mas boa, terrivelmente boa. O mundo é um sítio onde ainda podemos encontrar sereias.
 - Sim, onde há estrelas. Não é o que tu és, não era isso, não era uma estrela?
 - Homem, Homem...
 - Ah sim. Um Homem.

AmadoraBD 2012

AmadoraBD 2012

Mais um ano mais uma Amadora! (seus amadores!) Sem dúvida um dos melhores eventos neste país. Mas também, é uma coisa profissional, com recursos e boa publicidade. Fui só este fim de semana (o do cosupure) mas diverti-me muito, revi pessoas que não via há algum tempo, conheci pessoas novas (uma bijoca para a moça que vê este blog e cuja conversa interrompi de maneira pavorosa porque a minha mãe apareceu na esquina) e essencialmente convivi com pessoas de que gosto. Mas comentar comento sempre e assim... Vamos começar!

A Exposição
Extremamente completa. Nesta celebração dos 50 anos do Homem Aranha havia uma secção só para ele e seus amigos, com vídeos e outro material interessante. Espaço muito bem estruturado, é como andar à descoberta por um labirinto, exposição muito agradável à vista e, o mais importante, muito interessante. Não assisti a competições, prémios, autógrafos ou outras actividades, com alguma pena. Lojas bem colocadas e com muita coisa (mas não comprei nada)

Desfile de Cosplay
Organizado pela Associação Portuguesa de Cosplay (APC. Não Automóvel Clube de Portugal, ACP). Pareceu-me que correu bastante bem, tinha muitos participantes. Eu estava muito atrás por isso só podia ver as cabecinhas, mas vi fora do palco alguns dos fatos e havia coisas que bem mereciam ter ido a concurso. Tive pena a seguir de não me ter inscrito para o desfile, porque assim teria mais fotofotos, lol. A única coisa que me faz uma certa comichão é não haver competição no desfile. Isto por uma razão lógica: há pessoas que fazem fatos geniais mas que não querem/podem/conseguem/sabem/lhes apetece fazer skits. Assim aquilo que eu acho mais razoável é fazer duas competições. No entanto o carácter não competitivo do desfile trouxe ao palco muita gente que nunca lá teria ido se não fosse assim. Por isso é uma espada de dois gumes. Fica a ideia, de qualquer forma. Agora, meus fotos favoritas:

Pessoa azul e cenas

Concurso de Cosplay
E agora é o momento de dar os parabéns à APC! Eu acho que correu tudo na perfeição! O backstage era estranho, mas divertimo-nos muito lá atrás, estavam duas pessoas a postos para colocar as coisas no palco (e insistiram bastante que as coisas ficassem mesmo bem postas), o palco era jeitoso (podia ser um bocadinho mais alto, mas assim estava mais bonito), projecção do vídeo bem localizada, até dava para interagir com ele e um sistema de luzes muito completo. Pena que não se usou, porque aquelas luzes eram mesmo bacanudas. E agora, durundurundurundurunDURUN... COMENTOS AOS SKITOS!

Semos nós. Falta Merida, desaparecida, mas já ponho uma foto dela em separé.

(Alguns dos vossos fatos eram mesmo lindos, acho que nesse campo fizeram todos muito bom trabalho. Desculpem estragar as fotos de grupo com o meu kimono mal-enjorcado... :< :< Não vi os soquetes ao vivo, por isso vou só comentar os vossos vídeos. Buga lá!)

Merida - Brave

Ensina-me os teus segredos para o cabelo Pantene! Que lindo! E dos fatos todos este era o meu preferido, acho que é o exemplo perfeito para boa escolha de tecido. Este foi o 2ºLugar do concurso!


Audio imperceptível, mas por causa da gravação. Movimentos claros, mas pouca utilização do espaço. 

Kuzco - Pacha e o Imperador

Urrr, este cosplay tem sempre tanta piada, adoro vê-lo!

  Expressivo, pena que a coroa está sempre a escorregar porque isso tira um bocado do efeito convencido do personagem. Bom jogo com o vídeo.

 Pyramid Head - Silent Hill

 
Basicamente reproduzir o vídeo. No me gusta lá muito.

Suika Ibuki - Touhou Project

 Fato cheio de poliedrozinhos e cenas e chifreees! 3º Lugar do concurso!

Audio muito engraçado, mas parte final pouco... Digamos... Realista. O QUE POR SINAL FAZ TODO O SENTIDO, porque esta moçinha é muito novinha (anda lá na casa dos teens) e  - espero eu e GRAÇADEUS e espero eu - não deve ter grande experiência a apanhar pielas e consequentemente não as pode reproduzir na perfeição. De resto, mui fixe.

Homura - Meduca Meguca


Mais uma vez, problema com fitinhas. Fitinhas serem malignas. Fitinhas a evitar no futuro. Não se percebeu muito bem o objectivo, mesmo com auxílio do vídeo, eu conhecendo a série apanhei assim-assim o que se passava (parte final, lo creo, também foi o tipo de série à qual nunca tomei muita atenção) mas quem não viu provavelmente ficou à nora.

Botan (Eu) - Yu Yu Hakusho

Ai ca linda que eu fiquei, até pareço uma pessoa! Gosto desta foto porque se vê bem as lentes, que mal se vêm normalmente. São todas rosadinhas!

Ora então não há evento sem problema e calhou aqui à je. Mas a culpa também foi minha. Vejamos, eu fui gravar este audio a casa de um amigo meu que tem alto pseudo-estúdio amador cheio de instrumentos e microfones e cabos. Para ficar BEM, para variar. Chego a casa, oiço e noto... "Mmmm, isto tá baixo". Pus mais alto no Audacity mas continuou baixo. E tão baixo ficou que lá chegando mesmo com o volume no máximo NÃ SE OUVIA! Boohoo. Então deram-me o microfone e eu fiz a safadeza de fazer ao microfone. Não deu para mexer tanto o remo como era suposto (era mesmo para acertar na moleirinha do Passos) mas gostei de fazer à mesma. Achei que era um skit necessário, um sentimento partilhado pela maioria de nós. Como é árduo perceber o áudio neste vídeo, está aqui a versão original: aqui (ponham /alto/). De uma forma ou de outra a recepção foi excelente, toda a gente se fartou de rir e de aplaudir (eu sabia que toda a gente ia concordar, de qualquer forma) e quem ouviu o audio diz que ainda ficou melhor no microfone. Kudos para a APC (não ACP) que me veio pedir milhões de zilhões de desculpas no fim, mas é na boa, eu por mim fazia tudo sem audio que dá para "mexer mais". :3

Asuka - Neon Genesis Evangelion

Sapatos PO-DE-RO-SOS. 1º Lugar do concurso! :)

Conceito muito bonito, achei que ficou um bocado inseguro por causa de péspéspés, mas ainda assim bem conseguido! Parabéns!

Borboleta

Quando eu perguntei ela disse que era uma borboleta, por isso assim é. Não encontro vídeo e só vi de costas. Gostei do audio, pareceu-me bem aproveitado o espaço, se calhar aborreceu um bocado o público porque muito tempo atrás de um pano branco. Não sei, não vi como deve ser. 

Em resumo: Competição agreste em termos de skits desta vez, nenhum assim do UAU mas fixes no geral. Correndo tudo às mil maravilhas, toda a gente super disponível, back-stage divertido, tudo na boa. Realmente quando um concurso é organizado por pessoas que participam em concursos é mais fácil de detectar os erros e corrigi-los. Conguraturacions! Quanto à crise sonora, detectei ontem o problema: a culpa foi toda de um plug-in que se desautodefiniu sozinho! A única cena que não curti foi dizerem a idade dos concorrentes. É que eu já estou naquela idade em que prefiro não dizer. É importante para o juri mas será assim tão importante para o público?
Intervalo
Depois estava meio deprê, mas fui sair à mesma para o Magusto em Cacilhas. Meus cavelos impróprios para consumo por isso peruca, já tinha tirado as lentes por isso óculos, mochila com muda de roupa, o que significa que eu estava a encarnar a minha persona nerd. Acabei por ficar em casa de um amigo por isso fui directa de Almada para a Amadora no dia seguinte. De uma forma ou de outra vimos uma tuna e ouvimos guitarra portuguesa. Novo fascínio por tunas, a sério. Tanto que vos vou obrigar a ouvir! TOMEM:


Workshops de Cosplay

Bem, eu tinha posto o despertador para as 10:15. Levantei-me da cama eram 12:45. Depois tive uma quebra de tensão e fiquei deitada mais um bocado. Só depois fui. Sorte que encontrei moças à saída do metro que me guiaram até ao local, ou então nunca o teria encontrado. Obrigada! Bem, isto para dizer que perdi os dois primeiros workshops, maquilhagem e perucas. Pelo que também perdi o Cuca a ser maquilhado e penteado (espero que tenha ficado lindinho! *__*)  Assisti ao de armaduras e skits.

No de armaduras aprendi sobre um novo material do qual nunca tinha ouvido falar, que me parece bastante interessante. Foi feita uma demonstração do uso do material que deu para perceber bastante bem como é a coisa. Só houve uma coisa que eu não percebi, que é como desenhar a própria estrutura do prop, dado que se vai "pegar" ao corpo  (e tem de servir, né?) Mas também não tenho nenhuma armadura planeada (para breve), quando chegar a altura logo descubro! =D

No de skits, básicamente não disseram nada que eu não tivesse dito. Acho que podiam ter dado um bocadinho mais de detalhe à parte da contracena (que é uma técnica diferente do monólogo) mas fora isso muito bem. Os vídeos de exemplo, conhecia-os todos, fiquei surpreendida com a escolha para o "artístico",  mas são todos excelentes skits! Aliás, gostei desta categorização dos skits. Eu acho que tenho feito "cómico", mas vou começar a alimentar-vos com umas cenas conceptuais que se enquadrarão no "artístico".

A APC disponibilizou as apresentações de power point dos workshops, que passarei a disponibilizar aqui também:

Workshops Cosplay APC - Maquilhagem, perucas, armaduras e Play

Em Resumo!

Gostei muito das iniciativas no cosplay e do evento em si, se houve problemas foram bem resolvidos que eu não dei por nada (excepto sound crisis lol). Foi super-divertido usar a Botan outra vez. Uma moça reconheceu-me e ofereceu-se para fazer de Yukina! Já semos três no grupo de Yu Yu Hakusho! Depois tive uns convívios um bocado surreais com os velhos dos restaurantes ali ao pé ("Foi ele! Dê-lhe com a pá!" e "OLHÁPADEIRADALJUBARROTA!" foram os mais populares) e com os escuteiros que andavam a pulular por ali ("Disseram-nos que eras a morte, mas tu não podes ser a morte, porque a morte é um homem com um capuz preto e tu estás vestida de cor de rosa" ou ainda "Os teus cabelos não podem ser azuis de verdade!") A Shing tirou uma foto genial com os escuteiros também!


A minha melhor foto! GOTINHAS! A sério, de repente eu olhei e vinham estas gotinhas de mãos dadas a andar pelo corredor, eu ia tendo um ataque. Porque são GOTINHAS meu deus!