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31.5.17

3-gatsu no Lion

3-gatsu no Lion
Shinbou Akiyuki - Shaft
Anime - 22 Episódios + 1 Special
2016
6 em 10

Este anime foi recomendado no meu clube e afirmado como uma das grandes revelações do ano que passou. No meu entendimento, este não passa de um anime que tenta ser muitas coisas ao mesmo tempo e acaba por não conseguir ser nenhuma delas.

Um jovem é altamente talentoso no jogo de tabuleiro shogi (semelhante ao nosso xadrez). No entanto, porque tem traumas na vida, não cuida de si próprio. Então, vai viver com três irmãs que o querem ensinar a ser uma pessoa melhor, apesar de também elas terem problemas na vida. Elas têm gatos que, diga-se de passagem, são claramente a parte mais deliciosa do anime.

Ora bem, tendo isto em conta esperamos um anime que se foque no desenvolvimento dos personagens através da relação entre eles e, também, através da prática do jogo em que estão. E o anime tenta realmente fazer isto, mas acaba por confundir os seus objectivos. Se existem episódios muito focados no jogo, existem outros em que isto é esquecido para que se fale um pouco da vida diária das três raparigas. Entretanto, o desenvolvimento de todos é muito previsível e, a cada revelação, só conseguimos pensar "então está bem".

O anime não tem foco suficiente no jogo para que o espectador o possa aprender, mas também não tem suficiente material emocional na construção da personagem para que esta seja realisticamente humana e altamente identificável com as nossas próprias questões.

A arte é um pouco estranha. Os designs estão actuais com as tendências dos últimos tempos, mas não sei exactamente se gosto destas pessoas coradas e sem nariz. Aliás, o facto de estar toda a gente sempre corada torna um pouco difícil de interpretar as suas expressões faciais. De resto, temos cenários completos, apesar de simples, com uma pintura de alta qualidade.

Musicalmente, temos temas indie-pop que me dizem muito pouco, mas poderão ser apreciados por outros.

Dizem que apenas 0,5% dos animes existentes são realmente bons. Este não é um deles,

Festa da Amizade 2017

Festa da Amizade 2017
Festa
Ainda antes de existir a famosa Festa do Avante, já o Partido Comunista Português celebrava a sua existência com a Festa da Amizade. Após algum tempo sem se realizar, mudou-se aqui para o pé de casa, pelo que este ano decidimos ir. Foi a primeira vez que estive nesta festa e, embora tenha ficado um pouco desapontada, gostaria de voltar no ano que vem para voltar a experimentar.

Ora, a festa está situada num jardim que tem um campo de futebol. No campo, estava instalado um palco um pouco precário e, quando chegámos, estava a tocar uma banda de rock mais pesadote. Viemos a descobrir mais tarde que se tratava do concurso de bandas, para definir quem irá tocar no Palco Novos Valores da Festa do Avante propriamente dita! Infelizmente, chegámos já no fim da última banda.

Descendo um pouco, para a secção do jardim, estavam comes e estavam bebes, muito acessíveis e muito baratos, com o sistema de senhas a que o Avante já nos habituou (e que penso que funciona muito bem, reduzindo bastante as filas). Ao lado dos bebes estava uma banca com livros à venda, todos eles sobre a causa vermelha. Achei que seriam leituras um pouco pesadas para o meu estado emocional dos últimos tempos...

Sentámo-nos em frente a um outro palco, de menores dimensões, onde passava fado, entrecortado pela bateria do palco principal. Quando esta se calou, subiu ao palquinho um senhor com botas de biqueira de aço que se propôs a fazer uma performance poética. Foi fasicnante! Recitou Ary dos Santos e Vinicius de Moraes, de uma forma tão potente que ficou toda a gente agarrada à sua voz! Isto sim, um verdadeiro espectáculo revolucionário!

Depois, começaram a levantar a festa, o que foi uma pena. Mas, afinal, não se poderia continuar com música noite adentro a um dia de semana com os vizinhos todos a dormir.

Apesar de no geral a festa me ter parecido um churrasco de grandes proporções, até foi engraçada. Para o ano, espero poder ir!

Os Memoráveis

Os Memoráveis
Lídia Jorge
2014
Romance

Comecei a ler este livro no avião de regresso dos Açores. Tive a oportunidade de receber este último romance de Lídia Jorge (uma das minhas autoras portuguesas predilectas) através de uma BookBox do BookCrossing. :)

Apesar de eu achar que o tema da ditadura e subsequente revolução está mais do que explorado, existem muitos que são de opinião contrária e pensam que se deve continuar a falar o máximo possível deste assunto. É nessa linha que surge este livro, que conta sob forma de uma espécie de reportagem diversas versões do que terá acontecido no próprio dia do 25 de Abril, pelos seus intervenientes.

Uma mulher é convidada a fazer uma reportagem para a televisão americana sobre a revolução dos cravos. Para isso, baseia-se numa fotografia que encontrou entre os pertences do pai, procurando todas as pessoas que lá estão retratadas para as entrevistar. Cada uma conta a sua versão da história e cada uma delas tem problemas decorrentes da sua intervenção no acontecimento, que são mais ou menos explicados à medida que a narrativa se desenrola. No entanto, todas estas histórias estão tão explicadas, tão exploradas, que o livro não aparece como novidade e torna-se numa leitura bastante aborrecida.

A ideia paralela da descoberta da verdade sobre o pai da personagem principal é também ela um pouco esgarçada. Pensa-se que os problemas deste homem também possam ser devidos à revolução, que afinal só trouxe problemas pessoais a esta gente toda (apesar de ter sido boa para todas as outras pessoas), mas a sua caracterização apenas nos indica que tudo acontece pela sua própria teimosia.

Um livro um pouco desapontante e sem dúvida o mais fraco que li desta autora.

Logan

Logan
James Mangold
2017
Filme
6 em 10

Um filme de super-heróis que se afasta do modelo dos filmes de super-heróis.

Numa reinterpretação dos famosos mutantes da Marvel, Logan é uma lufada de ar fresco na indústria na medida em que é um filme completamente diferente. Alguma coisa (não se explica exactamente o quê) destruiu os mutantes do mundo e sobram muito poucos. Logan, o famoso Wolverine, trabalha agora como motorista de limusines. Para além disso, algo de estranho lhe está a acontecer: está idoso, doente, com falta de vista, os seus poderes de regeneração estão cada vez mais fracos. O que irá ele fazer quando se descobre uma criança mutante com poderes semelhantes aos seus, que deverá ser resgatada de uma empresa farmacêutica com ideiais sociais pouco claros?

Se a história tem muito de original, a sua resolução acaba por ser absolutamente previsível, logo desde a apresentação das cartas do jogo. É um filme muito violento, mas as cenas estão filmadas de tal forma que não conseguimos criar um laço com as personagens: parece um gameplay de um jogo qualquer.

O ritmo é, também, previsível, com o momento de pausa para recuperar energias seguido de um grande momento de acção, sendo que o desenrolar de tudo isto acaba por se tornar um pouco aborrecido, pois as cenas em si não contribuem muito para o desenvolvimento da relação entre os personagens.

Penso que esta foi uma forma de matar os X-Men como os conhecemos, para que venha daí uma nova geração.

Legally Blonde

Legally Blonde
Robert Luketic
2001
Filme
4 em 10

Aconteceu uma raridade: ver um filme com a minha mãe, em casa, por mero acaso. Curiosamente, já tinha visto este filme antes e a minha mãe estava a gostar, pois falava de assuntos que ela conhecia.

Uma miúda um pouco atrasada mental decide, para reconquistar o seu namorado, estudar direito em Harvard. Infelizmente, o seu estilo de vida é incompatível com a faculdade, pelo que ela se tem de renovar. E vem-se a descobrir que ela é muito mais inteligente do que parece!

Este é o tipo de filme tão parvo e patético que uma pessoa nem sequer precisa de pensar para o acompanhar. As piadas são engraçadas, embora todas elas um pouco redutoras e machistas. O empoderamento feminino aparece aqui retratado pela capacidade de bem vestir e de conquistar a entidade masculina, o que não só é inexacto como é idiota.

A história é simplíssima e a resolução nada menos que esperada.

Apesar de tudo, dá para um ou outro sorriso.

Doukyuusei

Doukyuusei
Nakamura Shouko - A-1 Pictures
Anime - Filme
2016
6 em 10

Este filme foi recomendado no meu clube, então fui vê-lo à desgarrada. Com o Qui. Mal sabia eu que era um BoysLove. O Qui ficou altamente traumatizado. E eu também, porque este não era, de todo, o BL que eu lhe queria mostrar!!!

É um romance muito simples, simpático, sem muito que se lhe diga. Dois rapazes começam a estudar música juntos e acabam por apaixonar-se. Depois acontecem os pequenos dramas adolescentes de todas as relações entre adolescentes, as meias palavras, as confusões, e por aí em diante. O anime segue quatro diferentes fases da relação, mas nenhuma delas nos leva a qualquer tipo de conclusão, como se a relação fosse tão efémera que nem sequer precisássemos de saber o que vai acontecer no futuro.

A arte é um pouco estranha, na medida em que é muito suave mas muito pouco detalhada. A animação e design dos personagens está bastante boa, mas os cenários apresentam-se muitas vezes incompletos o que, fazendo parte do estilo minimalista, acaba por não ficar bem num filme com uma hora.

A banda sonora é igualmente simples, sendo que muitas músicas que nos trazem curiosidade sobre como seriam, estão incompletas.

Apesar de tudo, rimo-nos bastante com o filme, por isso leva uma nota mediana.

Kobato.

Kobato.
Mitsuyuki Masuhara - Madhouse Studios
Anime - 24 Episódios
2009
6 em 10

Há quanto tempo não via um anime que me enchesse mesmo, mesmo, meeesmo as medidas? Apesar de não ser um anime perfeito, gostei tanto dele que - digo desde já - estou convencida em fazer um cosplay da personagem principal! =D

Kobato é uma menina um pouco pateta, assim como eu, sem grandes talentos. Vem com um estranho cão de peluche que lhe diz que ela tem de fazer as pessoas felizes de forma a coleccionar os seus sentimentos felizes para que o seu desejo se torne realidade. Assim, o anime é uma sucessão de episódios em que Kobato faz coisas que, se ao princípio parecem muito inusitadas, fazem todo o sentido quando a situação chega ao fim. São ocasiões muito belas e inspiradoras, em que a inocência acaba por vencer todos os problemas.

A arte, no entanto, deixa um pouco a desejar em termos de anatomia, sobretudo anatomia facial. Apesar de Kobato mudar de roupa muitas vezes, os seus designs são menos detalhados que o desejado, embora haja essa necessidade para se manter o nível de produção coerente. Também não há muitas cenas que revelem grandes técnicas de animação.

Musicalmente, temos alguns temas absolutamente fabulosos, enquanto que outros não passam da mediocridade, o que torna a OST muito irregular.

De todos os modos, o anime que mais gostei nos últimos tempos.

Metro 2033

Metro 2033
Dmitry Glukhovsky
2005
Pós-Apocalíptico

Ganhei este livro na ida Convenção do BookCrossing de há uns anos atrás e o Qui ficou com ele. Li-o nos Açores. :) Só agora, quando estava à procura dos dados para por no blog, descobri que se trata de um franchising enorme e que até tem um jogo de vídeo!

É um livro muito interessante, apesar de ter várias pequenas falhas que deixam que pensar. Em 2033 a humanidade vive reduzida ao metro de Moscovo, deivdo a um desastre nuclear que destruiu quase toda a vida à superfície. Quando na estação de VKNYh começam a aparecer seres estranhos e muito maléficos, um jovem - Aryon - tem de viajar por todas as linhas de metro de forma a salvar o que resta da humanidade.

Mas este metro está organizado numa sociedade em miniatura e existem todos os tipos de ideologias e crenças, que muitas vezes são incompatíveis umas com as outras. Assim,t emos uma estação de neonazis em oposição a uma Linha Vermelha comunista. E depois, o perigo da superfície, onde vivem monstros mutantes horrendos e muito perigosos.

No entanto, algumas coisas ficam por explicar. Por exemplo, como se livram dos dejectos. Que é da outra fauna urbana sem ser os ratos. Como é que as luzes de emergência continuam a funcionar. Onde é que arranjam roupa. E assim por diante. São pequenos detalhes da construção do universo que, se esclarecidos, o tornariam muito mais rico.

De resto, é uma leitura simples, rápida e muito cativante. O final foi um pouco forçado e, sendo imprevisível, seria escusada a "revisão da matéria dada" no último capítulo.

É um livro que não alimenta nada, mas que é muito divertido!

Ora Ponha Aqui o Seu Pézinho!

Ora Ponha Aqui o Seu Pézinho!
Relato da fantástica viagem desta parola e sua entidade maternal à ilha do Senhor São Miguel, com todas as atribulações inerentes a estar no meio da floresta rodeadas de água por todos os lados.

Pois bem... A minha mãe tinha de ir aos Açores a uma reunião e achou por bem que eu fosse com ela. Afinal, já tinha feito uma Viagem à Macaronésia, mas nunca tinha estado na ilha principal. Assim, aviámos malas, deixei o Qui com comida e água e tomámos um avião da Ryanair. Esta companhia fez com que viajar para as ilhas fosse muito mais acessível, embora as condições de conforto do bólide voador não sejam as mais perfeitas. Assim, eu e a minha entidade maternal, doravante conhecida como Minha Mãe, fomos separadas na viagem. Mas graças a um truque de uma entidade qualquer juntámo-nos mais tarde.

Chegámos e, desta forma, se inicia nesta saga o seu

Primeiro Capítulo
De como obtive revelações espirituais diversas

Ao chegar fomos buscar o carro que a minha mãe havia alugado com toda a antecedência. No entanto, o senhor que estava no atendimento do aluguer dos carros provavelmente sofria de algum distúrbio mental, pois na plenitude da sua má-vontade não nos queria dar o carro (previamente alugado!) sem que comprássemos um seguro cinco vezes mais caro. Após uma lavagem cerebral emitida pela minha mãe, lá conseguimos um Renault todo branquinho. Ficámos também a saber que eu não o poderia conduzir sem pagar um extra de 25€ ao dia, embora tal estivesse estabelecido quando se fez o negócio no continente. Vá-se lá saber.

Pois portanto, a primeira parte foi dirigirmo-nos a Ponta Delgada, onde a minha mãe iria ter a tal reunião. Trata-se de uma vila toda branca com as bordinhas pretas, com casinhas baixinhas. Estava tudo decorado para a festa do Senhor Santo Cristo, coisa em que as pessoas acreditam e que poderia ter tudo consequências fatais, como veremos de seguida. Em frente o mar, muito semelhante a um rio só que infinito. Por todo lado, flores e velas gigantes (penso que se chamem círios). Almoçámos num lugar chamado "A Favorita", onde comi o tradicional "bife à regional". Achei muito horrível, porque o molho é todo baseado em vinho e o bife propriamente dito não era nada interessante...

Fomos atrás de uma multidão e descobrimos uma fila para uma "roda". Ora, esta "roda" era onde punham as crianças indesejadas para serem alimentadas pelo clero, nos tempos do antigamente. Hoje em dia, coloca-se um objecto - viemos a descobrir que tem de ser dinheiro - que será trocado por um objecto sagrado de igual valor. Pensei em colocar um lenço de papel sujo, porque era o que tinha.

Vimos o lugar onde o Antero de Quental decidiu por termo à vida da sua barba e vimos também o busto dele, onde se constata que realmente tinha uma grande barba. O lugar da fatalidade é um banquinho. Queria ter tirado uma foto lá sentada, mas estava uma pessoa a olhar para o telemóvel no mesmo lugar. Lá se manteve durante toda a nossa visita ao centro.

De resto, fui reparando que a principal vida vegetal de Ponta Delgada se trata de uma espécie de árvore deficiente fística e mental, que só tem troncos enormes com folhitas na ponta.

 Árvore def



 Onde o Antero de Quental decidiu ir para outra dimensão



Entretanto, chegou a hora da reunião. A minha mãe havia conversado com um amigo dela dos Açores, o Senhor Filipe, que faz parte da Associação Espírita da ilha. Ora, como eu havia lido recentemente O Livro dos Espíritos, que até me tinha sido oferecido por tal pessoa, achámos por bem que eu tivesse uma "conversa" fraternal com ele para que pudesse esclarecer as minhas dúvidas.

Estivemos a falar mais de duas horas! Devo dizer que não esclareci muito as dúvidas (afinal, que seria de nós sem elas?) mas foi uma conversa interessantíssima. Não revelarei muito sobre o que falámos, mas foi mesmo muito curioso ver como as nossas crenças se entrecruzavam, apesar das diferentes interpretações. Fiquei mesmo com vontade de aprender mais! O Senhor Filipe foi muito simpático e ofereceu-me um livro sobre o sentido da vida. Espero ter dúvidas neste também! ;) A parte boa desta associação é que eles também têm um cariz social muito forte: alimentam os sem-abrigo da ilha, que estão todos identificados por eles, sendo que tentam prevenir situações de risco, entre outras coisas. Afinal, podemos ter uma religião qualquer: se a usarmos para coisas boas, é sempre uma coisa fixe. :)




Depois, fomos para o nosso alojamento. Era um alojamento local (uma casa reconvertida para isso), numa terra chamada Nossa Senhora do Campo. Não posso contar muito sobre ele, por ordens superiores, mas devo dizer que foi dos sítios mais relaxantes que visitei nos últimos tempos. Se ficasse lá uma semana teria vindo recuperada de todas as minhas maleitas! Deixo-vos só a vista da janela do nosso quarto:



Claro, fui tirando muitas fotografias dentro do carro. Esta terra é pequenina e não tinha absolutamente ninguém. Tinha uma estátua dedicada à raça de cães típica da ilha, o Fila de S. Miguel. Como tenho um paciente dessa raça, achei muito engraçado! Além disso, vi um destes em bebé a passear com uma mitra e disse olá. Curiosamente, fui reparando, ninguém nesta ilha se vestia bem. Era tudo chunga.





Fomos jantar ao restaurante O Jaime, que tem várias sucursais todas chamadas Jaime por toda a cidade. Infelizmente, o Jaime propriamente dito teve alguns problemas pessoais e entretanto dedica-se à bebida. Portanto, o restaurante estava completamente vazio. O que era um pouco triste, porque o senhor era muito simpático e a comida estava boa. Embora...! Bem, eu comi uma coisa muito, muito estranha. Era uma fritada de peixe e eu pedi aquilo convencida que seria algo semelhante a douradinhos Pescanova. Mas eram pedaços aleatórios de quatro peixes diferentes, incluindo uma cabeça. Estava muito bom, apesar de tudo, eram peixes muito saborosos e dava para distinguir perfeitamente o sabor de cada um. Só não comi a cabeça, porque nem sequer sei como é que aquilo se arranja.




Depois fomos dormir, em preparação para um fantástico....

Segundo Capítulo
De como nos perdemos na montanha arriscando as nossas próprias vidas

Neste segundo dia da nossa estadia, experimentámos um excelente pequeno almoço composto de queijos variados, pães açoreanos, ovos cozidos  e outras coisas diversas que eu não sei o que eram. Depois, seguimos viagem.

Primeiro fomos tomar café à Caloura. Tem o mar e o mar faz uma piscina. E tem pedras.


Ora, uma das características essenciais desta ilha é que todos os lugares que não são perto do mar são montanhas. Montanhas com 200% de inclinação, ao que parece, porque íamos morrendo e não haveria ninguém para contar a história. A minha mãe lá foi conduzindo, curva a curva, subindo longamente as imensas florestas, encontrando gado vacum vadio, tractores vacuns vadios e autocarros completamente descontrolados. Curiosamente, a técnica de condução da minha mãe inclui apitar em todas as curvas e entrar nelas em contra-mão, o que torna tudo ainda mais excitante do que seria se não corrêssemos um perigo mortal.

Assim, chegámos à nossa primeira lagoa: a Lagoa do Fogo.





Depois descemos tudo outra vez.


Fomos a Ponta Delgada outra vez, para comprar umas coisas e souvenires, coisas que só há lá (apesar de não serem muitas, são giras).

Depois subimos tudo outra vez.


E chegámos às Sete Cidades. Existe um miradouro onde dá para ver as duas lagoas, a verde e a azul, as duas juntas. Mesmo ao lado está um proto-hotel gigantesco, abandonado, que deve ser fascinante. Claro que ninguém me deixou lá ir...





Depois fomos almoçar a um restaurante junto das lagoas, chamado S. Nicolau. Pedi hambúrgueres de novilho. Repare-se: de novilho. Ora, estando nos Açores e dizendo "de novilho" na ementa, seria de esperar que fosse um novilho nascido, criado, brutalmente picado e transformado em habúrguer, tudo nos Açores. Mas não. Era um hambúrguer congelado da Iglo. Além disso, a minha mãe comeu umas lapas que pareciam estar mais que passadas, com um cheiro horroroso.

Mas vimos as lagoas de perto. :)







Posteriormente, voltámos a subir a montanha. Fomos parar lá não sei onde, mas subitamente vimos uma placa que indicava outra lagoa: a Lagoa do Canário. Estava bem escondida, mas encontrámo-la!|





Depois... Já sabem? Pois é. Descemos tudo outra vez! =D

Fomos parar a um Farol, que estava fechado e não tinha grande graça. Começámos a reparar em outros carros alugados: todos com matrículas novas e de cores claras. Quando estávamos a sair do Farol, chegaram dois desses.





Regressámos a base. Adormeci uns minutos. Mas logo depois tínhamos de acordar, pois havíamos combinado com o Senhor Filipe jantar na Ribeira Nova, num restaurante que ele conhecia. O restaurante chamava-se Alabote e comi maravilhosamente bem. Partilhei com o Senhor Filipe uns filetes com molho de manga e um folhado de cherne. Tudo óptimo, óptimo, óptimo!



Após tão cansativo dia, caímos na cama e roncámos. Para seguirmos para o

Terceiro e Último Capítulo
De como visitámos o habitat natural do pum e apanhámos uma carga de nervos.

No terceiro dia, só tínhamos até meio da tarde para podermos ver mais coisas. Então, decidimos ir às Furnas. A principal característica das Furnas é que se trata de um local onde o planeta está a dar puns. Cheira tudo a pum e saem puns da terra. As pessoas utilizam os puns da terra para cozinhar cozido. Tem de se ter muito cuidado para não cair lá dentro, ou ficamos cozinhados também. Em frente deste rabo do mundo, está uma lagoa, a Lagoa das Furnas.









A minha mãe quis mostrar-me as Termas Dona Beija. Um sítio muito bonito, fez-me muita pena não ter nem fato de banho nem a depilação feita... Águas termais, quentes (piscinas a 39ºC) e um ambiente lindíssimo!






Almoçámos no restaurante Miroma. Finalmente, FINALMENTE, comi o bife que merecia. Finalmente! Estava tão tenro e tão bom e tão bom!

Para finalizar a viagem, fomos ao Jardim Botânico Terra Nostra. Foi das coisas mais maravilhosas que vi. A qualquer momento poderia aparecer uma fada ou outro mito qualquer. Tirei mil milhões de fotos e ficava lá a viver para sempre!















E chegou a hora de voltar para casa! E aqui foi a parte mais enervante: as senhoras da Ryanair, em vez de fazerem o check-in como pessoas normais, começaram a fazê-lo um a um a todas as pessoas da sala de espera, até as que estavam sentadas! O voo atrasou-se, foi o caos! Depois, dentro do avião, uma senhora insistia que queria ficar junta com a sua mãe, mas ninguém dava o lugar ao lado, pelo que se empatou ainda mais o descolar: as pessoas não se podiam sentar! Também foi o caos! E, chegadas a Lisboa, uns idiotas de uns turistas queriam-nos roubar o táxi! Baaaaaah

Mas foi uma viagem muito boa e, sobretudo, muito relaxante. Quero voltar lá com vocês todos! =D