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In English: Cosplay Portfolio (Updating) | SALES

28.2.13

Mokke

Mokke
Nishita Masayoshi - Madhouse Studios
Anime - 24 Episódios
2007
6 em 10

Com este anime aprendi que não se devem ler reviews antes do tempo, porque só se criam expectativas e depois são desapontadas e depois é triste.

Este anime trata da vida normal de duas irmãs. Excepto que elas não têm uma vida normal. A mais velha consegue ver os yokai (espíritos, demónios e deuses do fantástico shintoista) e a mais nova é frequentemente possuída por eles. O anime segue as suas aventuras diárias, fatia-de-vida no mais puro sentido da palavra, normalmente intercalando uma aventura da mais velha com uma da mais nova. Lembra Natsume Yuujinchou, mas sem a carga emocional.

em minha opinião há apenas três coisas que podem tornar um anime fatia-de-vida numa obra de arte de valor: (1) Uma arte esplendorosa (como em Aria); (2) Um setting absolutamente original (como em Planetes); (3) Uma forte carga emocional. Mokke não possui nenhum destes três elementos.

A arte é bastante deprimente, sem fundos extraordinários e com um design de personagens pouco proporcional e pouco original no que respeita aos yokai. Pode ser resumida no screenshot que tirei:

Isto é, bastante má.

Em termos de personagens, as suas aventuras não parecem trazer-lhes qualquer adição ou qualquer aprendizagem. A irmã mais nova é exasperante na sua estupidez e desobediência. O personagem mais interessante será talvez o avô que, detentor de certa sapiência no que respeita a fenómenos paranormais, ensina sempre coisas úteis sobre a vida. Os contactos com os yokai são de grande simplicidade e não comovem nem fazem rir, são absolutamente indiferentes.

A música não se distingue nem adiciona nenhum tipo de emoção às cenas. Tanto a OP como a ED são do mais normal que existe. Se bem que a animação da OP engana, baseados nela pensaríamos que isto ia ser um anime muito mais bonito.

Fica uma nota para a originalidade do título: Mokke (もっけ), é o hiragana de mokke (勿怪), que significa algo como "inesperado".

25.2.13

Ai no Kusabi (2012)

Ai no Kusabi (2012)
Akiyama Katsuhito - AIC
Anime OVA - 4 Episódios
2012
7 em 10

Todos sabem como eu amo Ai no Kusabi. Se não sabem, vejam aqui a review do OVA de 92 e aqui as reviews das novels que li até agora. Assim, quando a notícia deste OVA apareceu na aarinfantasy (site que frequento bastante, para que saibam) foi uma alegria. Foi uma felicidade absoluta! Ainda por cima diziam que iam seguir as novels! Que ia ter 12 episódios! Estávamos mesmo felizes. Mas depois as notícias deixaram de aparecer. E questionavamo-nos... O que é feito disto? Até que apareceu uma novidade: tinha sido cancelado. O estúdio faliu. Chorámos, ficámos cheias de raiva. E de repente outra novidade! Vão lançar um DVD, uma edição especial ainda por cima, com os quatro episódios que foram produzidos antes do estúdio falir! E assim ficamos com um novo Ai no Kusabi. Incompleto, é certo. Mas que nos deixa a pensar que este poderia ter sido o melhor anime BL de todos os tempos se tivesse sido feito até ao fim.

Sobre os detalhes do universo, da história e dos personagens, recomendo a leitura da minha review do OVA de 92 (precisamente 20 anos entre um e o outro que giro!) pois considero-a bastante completa. Hoje vou fazer uma sempre necessária comparação.

Ao contrário do original, este OVA segue as novels, até mais ou menos meio do volume 4 (que é precisamente o sítio onde estou na minha leitura, viva!). Acompanhamos a vida de Riki nas Slums, como pet e de volta às slums, com um flashback no último episódio que, adicionando mais vivacidade à história, poderia ter sido cortado. Apresentam-nos os detalhes de como conheceu Iason e a sua aventura com Mina, que não estava contemplada no original. Em termos de personagens não temos grande exploração, fora a evolução clara de Riki antes e depois de Iason, mas a caracterização inicial é muito forte. Não apenas para os personagens principais mas também para todo o grupo de Bison, o que torna tudo mais intenso.

O que mais gostei nesta nova versão foi a caracterização do universo. Apesar de as slums serem um pouco mais "ricas" do que eu tinha imaginado, Midas e Eon estão perfeitos. Os designs futuristas estão bem pensados e são funcionais e adorei que criassem um novo alfabeto. Note-se a presença constante de mulheres ao longo dos 4 episódios, coisa que não acontecia no original: isto trás a segurança que neste universo a figura feminina é de grande importância e que isto não é apenas mais um yaoizinho da tanga com pretensões a pornografia. Aí está outro ponto: as cenas de sexo são reduzidíssimas e com uma sensualidade que me trouxe um certo sentimento de culpa, pois não são nada bonitas. Isto torna a caracterização da relação Riki x Iason muito mais evidente.

A arte é limpa e existem cenas de acção bem coreografadas e com boa elasticidade. Pena o momento de CG na conversa com Ceres ou tudo teria sido perfeito. As cores são muito interessantes e utilizadas muito bem para caracterizar os diversos "mundos" dentro do universo.

Enfim, um potencial excelente. Espero que um dia lhe voltem a pegar e o terminem.

Por agora, encontrei a novel que me faltava a 25$ no e-bay. E tive de a comprar, apesar de estar de finanças reduzidas. Só porque estava 275$ mais barata do que a última que eu tinha visto.

Gakuen Utopia Manabi Straight!

Gakuen Utopia Manabi Straight!
Yamanaka Takahiro - ufotable
Anime - 12 Episódios
2007
6 em 10

Já tinha ouvido falar deste anime, mas não fazia ideia do que era. E estranhei que fosse um moemoekyun ao ver o nome da produtora, já que ufotable foi o mesmo que nos deu Kara no Kyoukai e Fate/Zero. Bem, devo dizer que a ufotable fica melhor dramas de acção do que moesmoeskyuns.

Manabi Straight passa-se num futuro não muito distante em que a natalidade é tão reduzida que os miúdos deixaram de ir à escola para irem trabalhar. O que não faz grande sentido, mas aceitemos. Agora, o que não faz mesmo sentido e que eu não consigo aceitar é que, havendo já tão poucas escolas e tão poucos alunos, se dêm ao luxo de ter uma escola exclusivamente feminina. Manabi transfere-se para esta escola e torna-se imediatamente membro do "student council" (creio que será algo semelhante à associação de estudantes). O anime segue-a e às suas amigas em actividades fofas de meninas fofas até ao culminar num esforço exuberante para ter um festival na escola. Por razão incompreensível querem deixar de o fazer, mas elas querem-no à mesma.

É um anime muito básico em todos os termos, excepto por um episódio em que cobrem a temática do bullying. O mesmo se aplica às personagens, todas muito pouco fundamentadas, com excepção para a menina da boca de gato (e aprender os nomes, não?) que aparenta um desenvolvimento muito leve quando exploram a sua relação com as novas amigas (episódio do fogo de artifício).

A arte corresponde aos níveis de produção a que este estudo nos habituou, apesar de um ou outro momento de CG arquitectónico pavoroso. Mas... Os designs. Vamos ver uma coisa Japão: se querem um anime com meninas de 10 anos, façam-no sobre uma escola primária. Não o façam sobre uma escola secundária em que todos aparentam ter 10 anos (excepto o irmão de Manabi, que é um fixe). Esta infantilidade, este excesso de moeficação, apenas prejudica a série. Pois causa-me irritação. E a série até é interessante. Mas causa-me irritação.

O anime tem muitos momentos musicais, alguns deles bastante bonitos (veja-se o cantar do hino da escola). A OP é muito simpática. Uma nota para a animação stop-motion da ED, que dá alguma frescura à série.

DDe todo o moe que vi e tenho visto este é um dos melhorzinhos. Apesar de me causar irritação.

24.2.13

Mouretsu Pirates

Mouretsu Pirates
Satou Tatsuo - Satelight
Anime - 26 Episódios
2012
6 em 10

Por ordens elitistas vindas de lado, encontrei-me a ver este anime, que não tinha qualquer intenção de ver. Porque... Piratas de mini-saia. Mas disseram-me que era giro e tive esperança. Mas foi infundada, como veremos de seguida.

O anime segue a vida de uma jovem que se torna capitã (capitana, conforme as minhas legendas espanholas)  de um navio pirata. Aliás, de uma nave espacial pirata. Intercala as suas aventuras piratosas com as suas aventuras com o clube de navegação da escola, procedendo a fundi-los. Assim, é um anime cheio de meninas (de mini-saia). Em minha opinião, se calhar meninas a mais. Sendo que um dos pontos mais aclamados é o das tecnicidades técnicas de conduzir uma nave espacial, eu achei isto muito chato. Porque não percebo nada, não quero perceber, não quero aprender a conduzir um barco pirata do espaço e, em resumo, não me interessa. Certamente que no que respeita a isto a culpa é minha. Mas não só: se eles tivessem explorado estas tecnicidades de uma maneira mais interessante eu não me teria aborrecido e, quiçá, até teria gostado.

Isto leva-me a outro ponto largamente aclamado, que é o do conceito dos piratas nesta história. Também não gostei. Neste universo os piratas são uma fonte de entretenimento. "Somos piratas, viemos matar-vos" "OOOOH VIVAAA!!! *toda a gente aplaude*". Isto retira ao conceito primordial de "pirata" toda e qualquer realidade palpável. Lembrou-me muito o conceito de Tiger and Bunny, será que houve aqui imitação? Será que agora tudo o que se passar no futuro vai ser assim? O anime é suposto ser bastante "lighthearted" (como se diz isto em PT-PT? "Coração-leve"?), mas existem maneiras de tornar um pirata lighthearted que não levem o conceito ao ridículo. Veja-se os Piratas das Caraíbas. Ou One Piece, que eu nunca vi mas que conheço mais ou menos de tanta imagem e tanto macro que vejo nos grupos sociais que frequento (até os da vida real).

Dos personagens, o mais interessante pareceu-me ser a mãe da personagem principal e o único que recebe algum tipo de desenvolvimento é esta última. Este desenvolvimento só se desenrola nos últimos episódios, em que finalmente lhe dão uma certa autonomia e os seus actos passam a ter consequências directas no bem-estar das pessoas que a rodeiam. Ainda assim foi muito insuficiente. Se tivessem passado menos tempo a treinar e mais tempo a fazer coisas úteis isto ter-se-ia reflectido na personagem e ela teria acabado por ter mais conteúdo. Continuo a apreciar bastante mais a mãe dela pois, apesar de não possuir desenvolviemento, possui um laivo de personalidade característico.

Em termos artísticos, temos designs que correspondem ao "lighthearted" da série, numa mistura de tonalidades que funciona muito bem para trazer alegria e humor ao conceito. E, efectivamente, piratas de mini-saia. A animação tem os seus momentos altos, mas desapontou-me um certo excesso de CG mal disfarçado nos designs das naves espaciais e navios piratas em geral.

A música fez-me lembrar muitas vezes Fairy Tail e tantas ou mais vezes combinava muito pouco com a situação. Mais uma vez, adição à lightheartdice do anime. A ED foi-me indiferente mas nota para a OP que me deixou absolutamente dividida. Gosto do início, depois detesto, depois gosto mais ou menos, depois odeio, depois gosto bastante. Tudo isto dentro da mesma música. Acho que pode ser considerado um feito.


The Master - O Mentor

The Master - O Mentor
Paul Thomas Anderson
Filme
2012
7 em 10

Yay, fui ao cinema!

Este é um filme sobre um homem que bebe álcool etílico e que por força do acaso se vê envolvido num culto num grupo de pesquisa da revelação interna da vida, acabando por se tornar no braço direito do querido líder do dito. Diz que foi inspirado pela cientologia, essa *religião* em que se comem placentas, mas eu pessoalmente vi muito poucas conexões. O culto grupo de debate filosófico está caracterizado de uma forma que aparenta ter uma certa lógica, ao contrário daquele que o terá inspirado, e a "hipnose reversa" que aplicam aos seus membros também parece funcionar. Da mesma maneira, parece que este culto grupo de auto-ajuda, tem boas intenções que vão para além do sucesso pessoal do seu querido líder.

O que efectivamente brilha neste filme é a performance dos actores. Joaquin Phoenix, o amigo do querido líder, está completamente estropiado, reflexo de traumas de guerra e tudo o resto. Além da caracterização física impecável, existe um crescimento de personagem firme e evidente, evidenciado pelo momento em que o personagem começa a duvidar da realidade que lhe é transmitida pelo querido líder. Este, por sua vez, é caracterizado como quase louco pela sua "fé", mas sem fundamento para a poder discutir e a ver aprovada.

Momentos sexuais que não apreciei por aí além, pois não me pareceram ser necessários para ajudar na caracterização de nenhum dos elementos do filme.

Música interessante e muito bem aplicada nos momentos mais intensos. Aparentemente foi composta pelo guitarrista dos Radiohead, segundo consta? Mas não tem nada que ver com Radiohead, está muito apropriada à época em que o filme se passa (1950, States)

Ao início tive dificuldade em perceber sobre o que tratava o filme. Podia ter terminado mais cedo. Mas valeu a pena.

Em outra nota:

Houve um intervalo no filme. Inesperado, foi.

23.2.13

Hoje não há espectáculo

Hoje não há espectáculo
Variedades
E de repente, domingo que passou, estou eu a ir para Almada sem saber muito bem porquê. Só lá chegada é que soube realmente. Os meus amigos vieram ter comigo à rua porque, citando "está uma gaja nua a gritar no palco" e quase que não vimos o resto. Mas, tendo visto, fica aqui um breve comentário.

Começo por citar o que vem na página do evento no Facebook, que define mais ou menos este pequeno espectáculo de variedades a que assistimos:

O programa da troika conduz a economia ao desastre e o país à ruína, a política cultural que agora ainda se agrava ameaça a catástrofe num sector já em profunda crise: com a asfixia financeira, com a inteira demissão do Estado em relação aos objectivos de desenvolvimento e democratização de que a Constituição o incumbe. O tempo de pôr fim a este rumo de desastre é o tempo de hoje. Tempo de protesto e de recusa. Tempo de mobilização de toda a inteligência, de toda a criatividade, de toda a liberdade, de toda a cólera contra uma política que chama “austeridade” à imposição de um brutal retrocesso histórico em todas as áreas da vida social. Defender a Cultura é uma das mais inadiáveis formas de fazer ouvir todas as vozes acima do medíocre ruído dos “mercados”. Manifestamo-nos EM DEFESA DA CULTURA. E agiremos em conformidade.
Assim nos foi apresentado um pequeno espectáculo que intercalava músicas de Carlos Paredes tocadas em cravo e récitas de poesia. Pois que não gostei. Admito que a minha sensibilidade para a política que envolve a cultura seja bastante baixa, mas eu vejo o que vejo e o que vi não gostei.

As músicas em cravo foram uma dor. Se em alguns momentos ficavam especiais e muito bonitas, em outros a dissonância era de tal modo extrema que estragava a música original. Além de que a intérprete tratava muito mal o seu instrumento, dando-lhe porradas que me magoavam por afinidade. Um cravo é um cravo, por mais força que usemos para lhe bater ele nunca vai soar mais alto.

Os poemas... Eu não sou grande apreciadora de récitas porque normalmente não percebo nada dos poemas que estão a ser ditos. Foi o caso. Fez-me impressão um dos senhores estar sempre de mão no bolso, fez-me impressão pararem de recitar para mudar de página (custava ter imprimido tudo na mesma página?), fez-me impressão um dos senhores, o selector dos poemas, ter escolhido um poema da sua autoria.

Este sentimento parece ter sido partilhado por pelo menos três senhoras velhotas que estavam claramente revoltadas. Mas acho que era por causa da gaja nua.

Queen of Fashion

Queen of Fashion: What Marie Antoinette wore to the Revolution
Caroline Weber
2007
Tese/Ensaio

Comprei este livro em Versalhes, a propósito de um cosplay que quero fazer. Achei que para fazer o fato como deve ser haveria de estudar um pouco sobre a personagem em causa e, tema deste livro, sobre o que a personagem em causa vestia. 

Fascinante.

Aprendi com este livro muitas coisas que me vão ser úteis e muitas coisas inúteis. Como o facto de ter sido moda usar legumes na cabeça. Mas valeu a pena, o livro é muito bom. Está muito bem escrito e extremamente (extremamente) bem documentado. Tem muitas imagens e até tem figuras a cores. No entanto as imagens muitas vezes não vêm referenciadas no texto, apesar de se perceber bem qual a relação delas com o que está escrito. Não corresponde às normas de tese que tenho seguido e nas quais estou imersa.

Pessoalmente, a história da Maria Antonieta é capaz de ser o meu momento histórico preferido. Talvez por influência da Rosa de Versailles. Aliás, ler este livro foi como rever a história da Rosa, o que trás mais pontos positivos (e também alguns negativos, no que respeita à caracterização da rainha) ao anime e manga que eu tanto gosto. Antonieta é capaz de ser a maior coitadinha da história. Nós sabemos todos que ela vai morrer guilhotinada, mas até ao último momento mantive a esperança secreta de que ela se safasse. Não.

Enfim, um livro muito interessante e muito útil para o meu projecto. A quem tiver interesse neste detalhe da história da Europa, recomendo bastante.

16.2.13

Kenkou Zenrakei Suieibu Umishou

Kenkou Zenrakei Suieibu Umishou
Soutome Koichirou - Artland
Anime - 13 Episódios
2007
4 em 10

Questão: porquê? Porque estava na minha nova Plan to Watch e a minha nova Plan to Watch são as recomendações de certo sítio cheio de secretismos e, pelos vistos, com um péssimo gosto.

Este é um anime sobre um clube de natação. O que é que isto significa? Gajas nuas e em fato de banho. Todos os episódios, a toda a hora. Ao menos não precisa de episódio da praia para as vermos em bikini, o que já trás uma certa originalidade, não é. Assim de história temos muito pouco ou nada. Não, nada. Definitivamente nada. É suposto ser uma comédia, todo o ecchi é, mas ri-me uma vez (com o fato de banho do gajo do peni.) Corrijo, duas vezes (com o peni).

Os personagens dividem-se em duas categorias: o gajo principal e os atrasados mentais. E o gajo principal, que é o manaji (manager) do clube define-se numa canção:


Supostamente ele foi para o clube da natação para aprender. Mas depois esquece-se que é suposto aprender um dia, por causa do excesso de bundas e seios que o rodeiam, todos molhados e escorregadios.

A arte é muito colorida e brilhante. Mas porque é que os personagens não têm nariz? Depois há erros completamente surreais, todos para tapar os mamilos das meninas. Ai meu deus isto passa na televisão, elas estão nuas mas não as podemos mostrar nuas! Realmente estes japunas têm uma concepção da realidade e da censura um bocado alternativa demais para fazer qualquer tipo de sentido. 

O sonoro é de fazer sangrar os tímpanos. Gente a GRITAR constantemente e aqueles efeitos sonoros de cartoons dos anos 50, tipo a pessoa cai e faz POIOIOING, urrr calem-se calem-se que chatos.

Um anime verdadeiramente pavoroso. Façam ecchi, façam. Façam tudo o que quiserem. Mas façam-no com gosto!

Nota: a qualquer momento esperava que fossem todas comidas por piranhas. Infelizmente posso spoilar-vos e dizer que tal não acontece.

15.2.13

Ascensão de Arcana

Trilogia Nocturnus - Ascensão de Arcana
Rafael Loureiro
2007
Fantasia
 
Gostei tanto do primeiro volume que fui logo ler o segundo! Mas deste não gostei tanto?

Bem, em Ascensão de Arcana, Janus - o vampiro medieval - cria um novo país: Arcana. Só que está com problemas, pois é vítima de um ataque terrorista (com bombas!). Estes vampiros modernos têm agora que apagar as provas da sua existência, metendo-se numa série de aventuras de resgate de cadáveres vampíricos. Mais uma vez, as aventuras pecam pela simplicidade da resolução, mas são interessantes e as descrições são vívidas.

Temos um conjunto de novas personagens, das quais só memorizei Terum, o vampiro doido. Porquê? Porque o gajo se alucina com um pinguim chamado Fresquinho e eu achei isso genial e hilariante. De todas as coisas com que um vampiro pode alucinar... Um pinguim? Brilhante! Achei as suas definições pouco claras e são tantos que é fácil de os confundir uns com os outros. Também a entrada de caçadores de recompensas foi um pouco desnecessária e tornou o seguimento da narrativa pouco límpido.

Ainda assim, é uma boa continuação. Poderia ter sido mais emocionante se fosse narrada no passado e não no presente, mas desta forma temos um grande nível de suspense. Não sabemos se Daimon, o personagem principal, vai sobreviver ou não. Será que no terceiro tomo ele morre? Terei de o comprar, mas não existe edição de autor para o terceiro volume e o da editorial presença é um bocadinho caro para mim neste momento...

Enfim, enviei-o de prenda. E nota para o meu Daimon DelMoona que esteve a ler um bocado do livro e não desgostou. Estarei a fomentar hábitos de leitura? Weee!

13.2.13

Mahou Shoujo Lyrical Nanoha A's

Mahou Shoujo Lyrical Nanoha A's
Keizou Kusakawa - Seven Arcs
Anime - 13 Episódios
2005
6 em 10

A segunda season de Nanoha. Ora bem, porque é que eu fui ver a segunda season se nem sequer gostei da primeira? Várias razões. Tinha a série no computador, quando saquei a primeira season vieram as outras duas a seguir juntamente. Mas sobretudo porque queria compreender o porquê do ota-cu gostar tanto desta série. Voltamos à review de ontem: será moe? Acho que o descobri com esta season. Precisarei da terceira para o confirmar, mas logo lá iremos.

Aquilo que eu compreendi é que Nanoha, a série, leva as meninas mágicas a um nível distinto do habitual. Existem explosões e cenas de porrada agressiva. Assim, é quase um shounen em termos de batalhas, com elementos mahou shoujo por cima. Isto é, a série finge que é para meninas pequeninas. Na realidade é para o pessoal crescido. Daí os designs serem tão fofos, para haver uma identificação com a "criança" pela parte do "adulto". Um anime verdadeiramente infantil teria cores muito mais variadas nas roupas e designs muito menos variados. Que são giras, diga-se de passagem, se as personagens fossem interessantes e eu fosse uma menina, já sabem...

Esta season temos a apresentação de uma série de novas personagens, cuja existência parece ser apenas para fazer número. A moça paraplégica podia ter menos amigos a viver em casa dela, não? Mas enfim, no final acaba tudo em bem e temos uma moral discreta sobre a amizade entre meninas. Animação suficiente, música um pouco vulgar, sobretudo no que respeita à OP e ED que não são nem carne nem peixe.

Mas enfim, percebo um pouco melhor o síndrome Nanoha agora.

12.2.13

K-On!

K-On!
Yamada Naoko - Kyoto Animation
Anime - 13 Episódios
2009
5 em 10

Já há algum tempo que queria ver isto. Um amigo, que já não sei qual era, gostava e recomendou-mo, depois apareceu nas listas que usei para criar a minha nova Plan to Watch, finalmente os elitistas decidiram que era para discutir uma das personagens e aqui estou eu. Acabei de ver uma das séries mais inúteis de sempre.

K-On é sobre um clube de música ligeira, que - segundo parece - é aquela das bandas com guitarras e instrumentos do rock. Começa com uma mocinha que não tem grandes expectativas sobre as actividades que deseja para a vida e começa a aprender guitarra. Talento que desenvolve muito rapidamente, mas prontes, vamos aceitar isso. Enfim, isto para dizer que todos estávamos à espera que o anime fosse sobre música. Não é. Eu sabia que não era, já me tinham dito. Mas de uma forma ou de outra os primeiros episódios criam uma certa expectativa que não se concretiza de forma alguma. É um fatia de vida que se limita a actividades absolutamente irrelevantes, nomeadamente beber chá e comer bolos.

Os personagens são de bradar aos céus. Isto não é um anime de meninas fofas a fazer coisas fofas. É um anime de meninas atrasadas mentais a babar-se. Só dão vontade, sobretudo a personagem principal, de lhes encher o focinho de estaladas, a ver se fazem alguma coisa da vida. Isto leva-me, levou-nos no IRC, a um debate sobre o que é verdadeiramente o "moe". Isto é "moe"? Segundo o que eu estive a pesquisar, é um termo abrangente que se aplica mais à percepção do fã do que ao protótipo do personagem em si. Isto é, foram os fãs que fizeram esta série o topo do "moe". Porque é que fizeram isto é um mistério para mim. O que separa o fofo do moe? Acho uma questão importante mas por mais que a debatamos não vamos chegar nunca a nenhuma conclusão. Enfim, coisas que cansam.

A animação é uma nulidade e os designs só contribuem para a minha ideia de que estas miúdas são todas retardadas. Por mais roupinhas que a professora tarada lhes arranje... Já toda a indústria do anime devia saber que já não se usam pensos higiénicos na cabeça desde 2004.

Ao menos a música é divertida. Não que haja muita, diga-se de passagem. Mas a que há tem um mínimo de interesse, até onde o pop descerebrado consegue ir. As vozes arranham-me os ouvidos, excepto quando cantam. Existirá alguém na vida real que fale assim? Espero bem que não.

Anime péssimo. Se é isto o que o ota-cu gosta então o ota-cu tem um mau gosto fenomenal.

10.2.13

Cosplay Photoshoot #10

Cosplay Photoshoot #10

Este evento não é um evento. Mas é o evento mais antigo de Portugal. É só uma reunião de pessoas mascaradas no dia de Carnaval. Mas é divertido. Não tem muito que se lhe diga, por isso venho deixar apenas a nota de agradecimento a todas as pessoas que me tiraram fotos e gostaram do meu fato.

Este fato foi uma guerra, estava entravado. Apesar de ser tão simples demorei um ano a fazê-lo. Por isso é evidente que tenho um certo sentimento por ele. Fora o facto de ter perdido logo um bocado dos sapatos no caminho, mas ninguém notoooou... A todos os que perguntaram, não, não tinha frio. Pelo menos enquanto houve sol. Levei uma manta para a minha criánça e acabei debaixo dela a fazer fotossíntese no espaço de tempo entre a foto de grupo e o meu fotógrafo chegar. Obrigada amigas da Hota, por me deixarem ficar ao pé de vocês apesar de eu vos estar a estragar o mood. Obrigada Aries amiga da Hota por me teres dado uma garrafa de água, porque eu estava mesmo a morrer.

Não falei com todas as pessoas com as quais queria falar porque estava efectivamente em modo fotossíntese. Mas gostei de vos ver a todos.

Gostei do move do Iberanime que aproveitou a photoshoot para dizer "afinal o nosso evento vai ter mais coisas que danças parapara". Nova esperança na humanidade renovada.

De resto, partilhando as fotos que o Zé Gato tirou. Na maioria delas eu apareço porque prontos. Mas saquei-las e enjoya-las:

Deixo-vos as que acho mais giras:






Sempre giro, já agora, ter de responder "é um vucalóido" cada vez que me perguntavam o que era um fato. Chiça, que exagero de vucalóidos.

Entretanto, se quiserem ver, eu também fiz uma photoshoot, para o concurso de fotos. Que foto devo mandar?


Ah, dei-lhe este nome porque o céu é para onde vão as crianças que a Meroko leva e porque essencialmente é assim que eu me sinto ultimamente... Bem, não é segredo, ele esteve lá na photoshoot a servir de chaperon... Foi essa a parte que gostei mais.

Favor riscar tudo o que disse anteriormente. Adorei o dia, mas é só porque estou a viver no céu. Hoje sou a deusa da morte mais feliz.

7.2.13

Memórias de um Vampiro

Trilogia Nocturnus - Memórias de um Vampiro
Rafael Loureiro
2007
Fantasia

Mais um dos livros que ganhei no concurso da Nanothron. Mas, para variar... Este é giro! Bem giro!

Conta a história de um vampiro e das guerras internas no mundo paralelo à sociedade em que vivem os vampiros. Estes vampiros e suas lendas estão compostos sobre um belo imaginário que os torna em seres tão humanos como nós, amaldiçoados mas ainda assim pessoas.

Está muito bem escrito. Tem momentos de um liricismo gótico mpecável e por vezes as projecções do narrador, personagem principal, têm uma tonalidade muito poética que torna a narrativa muito bela. É uma narrativa comum, limpa e sem truques de estilo, mas que funciona muito bem devido à sensibilidade do personagem.

As cenas de acção são fáceis (tenho alguma dificuldade com cenas de acção, porque me confundo a nível cerebral), mas por vezes a resolução dos problemas peca por ser demasiado simples.

Tem alguns erros ortográficos graves (à em vez de há, por exemplo), mas estes poderiam facilmente ser retirados com a passagem da obra por um bom editor. Sim, meus senhores, porque isto é uma edição de autor. É um mistério que me transcende isto de um livro tão interessante e bem escrito ser uma edição de autor e outros muito piores terem o seu próprio editor.

Ainda assim recomendado, vou oferecê-lo a uma amiga que gosta destas coisas. :3

Ah, e tem um site. Vejam-no! São três volumes, comecei já a ler o segundo, que também ganhei (por razões que envolvem, puramente, a espessura e o espaço dentro da mala) mas irei comprar o terceiro assim que o descobrir!

Edit: Descobri que o livro, entretanto, foi editado pela Editorial Presença. Tem uma capa menos gira, mas viva!

5.2.13

Hideout

Hideout
Masasumi Kakisaki
Manga - 9 Capítulos/1Volume
2010
7 em 10

O outro manga que comprei em Paris. E também o meu primeiro manga de terror, nunca tinha lido nenhum dentro do género! O autor é o mesmo de um anime que já havia visto há algum tempo, RAINBOW. E, repare-se, dado que estou sem Facebook cometi o gravíssimo desvio de ler em casa. Acho que vou passar o resto da noite na leitura, realmente não me está a apetecer ver anime...

Este manga é uma desconstrução de personagem. Um homem, acusado da morte do próprio filho por negligência, decide ir a uma ilha idílica para matar a sua insuportável mulher. Vê-se encarcerado por uma criatura louca numa gruta onde ele próprio descobre e se entrega à loucura. Por um lado é bom que o manga seja curto, pois não insiste demasiado na fuga seguida de assassinatos, mas por outro lado há questões que gostaria de ter visto respondidas. Nomeadamente quem era aquela gente dentro da gruta e como ficaram sem pele. Os personagens da gruta são um paralelo para as pessoas da vida do personagem principal, pelo que a projecção de família que ele faz tem todo o sentido. Mas mesmo assim pareceu-me um pouco incompleto.

A arte é negra. Literalmente. Temos muitos painéis muito escuros, muitos painéis só pretos. Mas funciona extremamente bem. É muito detalhada e tem uma textura muito viva e interessante. As cenas de acção pareceram-me um pouco confusas devido a esta texturização.

Sendo o meu primeiro manga do género não me parece certo recomendá-lo como exemplo. Mas gostei e acho que é bastante bom.

4.2.13

Tonari no Kanata

Tonari no Kanata
Ayuko
Manga - 4 Capítulos/1 Volume
2010
6 em 10

Não podia ir a França e não comprar manga! Comprei um shoujo e um seinen, este é o shoujo.

E mais uma vez me questiono: será o shoujo moderno todo igual? Este manga é composto por quatro histórias, uma num modo mais relexionista as outras duas tendendo para o pesado, mas não conseguindo. Porque efectivamente é difícil transmitir uma tragédia da vida comum com uma arte tão simplista.

A primeira história tem a arte mais interessante, porque é a cores. Mas as outras têm pouco por onde pegar. Fundos? Nada. Designs? Vulgares ao ponto de as personagens se confundirem umas com as outras. E assim as histórias, que até são interessantes, não têm força nenhuma.

O que é realmente uma pena, porque estão bem pensadas, sobretudo a primeira e a última. A segunda é um pouco confusa, a terceira também perde o foco. São histórias sobre amizades, amizades que falham e amizades que nascem, amizades que se fortalecem e amizades que se perdem.

Não é um mau manga, sobretudo para mim que gosto mais das histórias curtas, dos one-shots. Mas também  não se distingue em absolutamente nada.

Winter Sonata

Winter Sonata
Nakayama Daisuke - G&G Entertaninment
Anime - 26 Episódios + 1 Special
2009
6 em 10

Doravante conhecido por A NOVELA. Porquê? Porque isto é a NOVELA. É uma cópia de uma novala coreana homónima a ponto de os actores de voz serem os actores da novela. E até estava a ser muito interessante, a sério. Estava a ganhar toda uma nova esperança nas novelas coreanas e a pensar "epá, se calhar devia ir ver uma ou outra". Mas afinal não.

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Dois jovens apaixonam-se, mas depois descobre-se que são irmãos e ele morre. Mas afinal não morre e quando ela está prestes a casar-se ele aparece! Mas, e é aqui que a NOVELA se torna ficção científica, *alteraram-lhe as memórias* para ele *não estar triste*. Segue-se drama de faca e alguidar e ele afinal é doente crónico e está sempre prestes a morrer, mas não morre, só fica semi-cego. Por alguma razão ele que era um prodígio da matemática é arquitecto agora e quer fazer a sua própria casa. E afinal não são irmãos, afinal ele é irmão do outro com quem ela se ia casar, insira-se mais drama. E MESMO NO FINAL, vejam lá se isto tem alguma lógica, deixam de ser desenhos animados e passam a ser pessoas, pessoas reais. Muito menos bonitas que os desenhos. Ah, e casam-se.
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Assim sendo, se leram o spoiler, podemos todos juntos concluir que a história desta NOVELA faz muito pouco sentido. E eu pensava que as novelas falavam de coisas reais. Para as coisas irreais temos o anime.

Arte e animação é coisa pouca, porque não temos facas e alguidares coreografados nem lindas paisagens nem nada de especial. A cena do casamento com as pessoas reais é possivelmente a coisa mais foleira à qual alguma vez assisti. Se os casamentos na Coreia forem todos assim... Bem, não me quero casar na Coreia.

Música bonita e variada. Não cansa, porque é interessante. No entanto as vozes... Eles podem ser muito bons actores, mas nem todo o actor é bom actor de voz. Apesar de melhorarem progressivamente quando o drama aumenta, são muito inexpressivos. E é realmente estranho ver o anime em coreano, de tão habituada que estou ao japonês.

Em resumo, uma NOVELA que vira sci-fi. Desapontou-me profundamente e não, agora é que não tenho mesmo curiosidade nenhuma em ir ver novelas asiáticas.

3.2.13

O Guerreiro Psíquico

O Guerreiro Psíquico - O Portal Interdimensional de Satamar
Aníbal Ávila Castro
2011
Fantasia

Mais um dos livros que ganhei no Nanothron. Progressivamente me convenço que isto foram os restos que nunca conseguiram vender.

Ora bem, vamos iniciar por um detalhe que achei uma verdadeira pérola. Observemos esta pequena citação da secção "Agradecimentos":

Finalmente, mas não menos importante, agradeço a experiente opinião profissional de Isabel Garcia, que teceu os maiores elogios à obra. Referiu que o livro não precisava de qualquer correcção e que, em toda a sua carreira, nunca tinha visto uma primeira obra de um autor com tão grande grau de perfeição.

Digam-me vocês... Digam-me: quem é que no seu estado mental normal coloca um auto bajulamento destes na secção dos agradecimentos? É preciso ter o amor próprio mesmo em altas... E convenhamos, eu não sei quem é a senhora, suponho mesmo que seja uma pessoa encantadora e muito culta, mas claramente nunca leu a Casa Verde do Vargalhosa. Mas vamos lá observar sobre o que é que é esta primeira obra com "tão grande grau de perfeição" (spoiler: não)

É os telepatas. Gente que telepata, tão a ver? Agora, qual é exactamente a utilidade de se ser telepata para a humanidade ficou por explicar. Aliás, ficou tudo por explicar. O livro pode-se dividir em três partes essenciais:

1. Personagens descobrem que são telepatas e que podem telepatar e têm de convencer os pais que podem ir para o templo dos telepatas
2. Aprendem a voar
3. Fogem dos piratas

Este conteúdo poderia ter sido explorado em muito menos páginas, o que seria uma poupança de árvores valiosa, mas não, livro de fantasia que é livro de fantasia tem de ter mais de um tomo ou então...! Mas enfim, são descrições exaustivas de coisas que não interessam a ninguém.

Isto tem um segundo volume, que não ganhei e que não vou comprar. Um rápido exercício de adivinhação diz-me que o Aron é o Guerreiro Psíquico e que vão matar os piratas, se vai apaixonar pela Riane e vai acabar tudo em bem.

MAS ESPEREM QUE ISTO AINDA NÃO ACABOU! Há um site! http://www.guerreiro-psiquico.net/

Site que apenas prova a minha desconfiança de que isto foi escrito por um adolescente acabadinho de sair dos grupos de escrita do deviantArt.