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In English: Cosplay Portfolio (Updating) | SALES

24.6.18

Festa da Casa da Cerca 2018

Festa da Casa da Cerca 2018
Festa
Este ano voltámos à Casa da Cerca para a sua festa anual. Desta vez chegámos um pouco mais tarde, pois eu havia estado a trabalhar. Curiosamente, estava bastante menos gente concentrada, talvez porque este ano a festa calhou nos mesmos dias dos santos de Almada, sendo que a cidade estava toda em festa (por exemplo, estava um estaminé com um DJ de pimba com o seu Mac, a bombar à frente à minha porta).
 
Portanto, chegámos e começámos por ver a exposição temporária, uns estranhos ovos com caras e orelhas. Eu não estava a achar aquilo nada de especial, mas agora que olho para trás era uma coisa realmente muito estranha.
 
 
Descobri também a parte inferior, uma espécie de claustro onde estava outro ovo com uma orelha. Mais tarde, vim a saber também do andar superior, onde uma casa de banho secreta se encontrava. Agora que digo isto deixa de ser secreta, mas enfim.... :p

Depois atravessámos o jardim para nos sentarmos nas mesas dos comes e bebes. Estava a dar um concerto de piano  que não compreendi totalmente. Também não lhe achei graça e, por isso, fomos visitar o resto do jardim. Encontrámos uma secção com comidas de feira e uma secção com comidas mais tradicionais. Um senhor insistiu em contar-nos sobre as suas plantas, e eu peço desculpa por ter sido um pouco mal educada para ele. Acabámos por parar numa banca de comida vegan que tinha uns salgadinhos a 1€, absolutamente deliciosos. Eu comi um "Pão de Beijo", um pão de queijo vean com cream cheese de amendoim, pão de batata doce e tomate. O Qui comeu uma micro-quiche de vegetais que também estava uma maravilha! Ficámos com o contacto destas pessoas, talvez para um futuro... ;)

DMais acima, estavam algumas bancas com outros produtos, mas a maior parte já estaava encerrada. Vimos umas plantas dentro de bolas de terra que pareciam um Odish (o pokémon). Também havia micro-laranjeiras com micro-laranjas. Eram super fofineos! *__*

A exposição botânica também estava muito engraçada, apesar de durante a noite ser difícil de a apreciar, porque o jardim tem uma iluminação muito fraca. Este ano o tema é as plantas e os materiais usados em artes.


 

Entretanto, já começava a música propriamente dita. Um DJ que só passou clássicos dos anos 80, mas sem se perder em grandes rainhas do pop. Gostei imenso de dançar os The Cure com a minha t-shirt que tem a cara do Robert Smith! Passámos a maior parte do tempo na conversa e começou a ficar tarde. Ainda procurei algumas pessoas conhecidas que tinha encontrado antes, mas haviam sido substituídas por putos mitras e desistimos.

No entanto, foi uma noite muito agradável e, como sempre, a repetir! =D

Nichijou

Nichijou
Ishihara Tatsuya - Kyoto Animation
Anime - 26 Episódios + 1 OVA
2011
7 em 10

Como alguns de vós saberão, eu não sou a pessoa mais fácil de agradar com comédia. No entanto, de vez em quando aparece uma que enche realmente as medidas. Nichijou é uma delas.

Acompanhamos a vida diária de uma turma com diversos estudantes. Cada um deles tem uma personalidade que, sendo simples, está muito bem trabalhada e funciona perfeitamente dentro do contexto. Esse contexto é de uma absurdidade que só pode ser hilariante. Os acontecimentos são estranhos mas considerados perfeitamente normais, o que dá toda uma aura de estranheza à série. Mas esse "estranho" é tão engraçado que acabamos por nos envolver no bizarro e continuamos a ver a série sem hesitações.

A arte é também bastante simples, com cores muito suaves e designs que, sendo um pouco infantis, possuem uma grande capacidade de expressão corporal e facial. A animação não tem efeitos muito complexos mas é bastante sólida. Temos algumas cenas verdadeiramente originais em termos gráficos, o que torna a série ainda mais cativante.

Em termos musicais, infelizmente, temos uma banda sonora bastante vulgar, com efeitos de som pouco específicos .

De resto, uma série engraçadíssima e encantadora que fará o gosto até dos mais difíceis!

A Vida Secreta das Abelhas

A Vida Secreta das Abelhas
Sue Monk Kidd
2005
Romance

Recebi este livro numa BookBox do BookCrossing. Na altura, ficou o seu dono original um pouco espantado pela escolha. Eu tinha-o escolhido por ter ouvido falar muito sobre ele e ter lido bastantes elogios, mas veio a revelar-se um livro de destilação do meu ódio. Afg, detestei! Mesmo!

Uma rapariga que é claramente uma auto-inserção da autora, tem um pai muito mau. Sabe-se que ela matou a mãe acidentalmente quando tinha quatro anos. Esta rapariga, cujo pai é muito mau, tem uma vida infelicíssima, em que se considera feia (apesar de ser bonita), em que é pouco popular (apesar de ser uma talentosa escritora), em que tudo lhe corre mal. A sua única amiga é a criada negra. E estamos na altura dos direitos civis americanos, pelo que a criada acaba por ser presa e a rapariga salva-a e depois vão magicamente parar a uma apicultura onde três mulheres negras são muito boazinhas.

Depois descobrimos coisas sobre a mãe dela e a rapariga deixa de ser tão infeliz, para apssar a estar apenas moderadamente triste com a vida.

Mas o que mais me irritou no meio disto tudo foi o discurso pregador e conversor cristão e católico. A rapariga infeliz vai à igreja e todos acreditam em deus e em Maria e nessa malta toda e o livro move-se em função desta crendice brejeira. Existe uma tentativa de ligar a história ao comportamento das abelhas, mas esquecemos que a abelha mestra não é divina e que a santinha dos infelizes é só mãe de um tipo e não de todos nós.

Portanto, este livro é uma idiotice pegada e eu desejo fazer uma fogueira pagã para o queimar e excomungar esta minha cabeça que não suporta foleirices católicas.

Exortação aos Crocodilos

Exortação aos Crocodilos
António Lobo Antunes
1999
Romance

Mais um romance de Lobo Antunes. Este até estava a ir muito bem, uma leitura rápida e viciante, mas o autor faz questão de se manter misterioso e inacessível. Vejamos.

Vemos aqui a vida de um conjunto de mulheres que, de uma forma ou de outra, estão envolvidas num ataque à bomba que nunca é completamente explicitado. Na verdade, o autor discorre na primeira pessoa sobre as infâncias, traumas e acontecimentos destas mulheres, sendo as suas relações muito pouco exploradas e a manutenção dos jogos de poder pouco claros. 

Existem, é certo, muitos traumas e muitos momentos terríveis nestas vidas. Como habitualmente, temos uma personagem que sofre num hospital, rodeada de outros sofrimentos e de uma pobreza material e de espírito indescritível. Torna-se, então, um pouco árdua a identificação com as personagens.

Finalmente, para mim o livro autodestruiu-se no capítulo final. Afinal, quem raios é a Benilde e de onde é que ela veio?

Um livro fechado, feito para ser compreendido por uma elite que não existe.

17.6.18

Música e Emigração

Música e Emigração
Concerto
Depois da Festa do Japão, comemos umas pizzas e seguimos para a biblioteca local, onde iria haver um concerto de Olga Prats (piano) e Alejandro Erlich Oliva (contrabaixo).

Fomos surpreendidos por um repertório muito moderno, obras escolhidas de artistas que "migraram", isto é, que viajaram no espaço tempo, tendo isso influenciado a sua obra. Ao início, todos pensávamos ser um concerto um pouco conservador, porque a peça inicial era bastante clássica. Mas assim que passamos às música seguintes, descobrimos que vamos ter muito mais do que o proposto!
 
Explicando com muita paixão e bom humor o significado de cada obra, ouvimos obras contemporâneas de uma artista de Espanha, radicada em Portugal, como prato de entrada. Foram peças misteriosas e oníricas, muito complexas e cheias de perguntas. Depois, passámos para algo mais tradicional, "Uma Lágrima para Violoncelo" de Rossini, uma peça muito bonita. Depois, abordaram um artista romeno, peças chamadas "Sísifo" e "Sísifo Feliz", obras terríveis e negras e também muito complexas. Finalmente, os artistas arriscaram-se em alguns tangos de Piazzola. E, claro, como não podia deixar de ser tivémos uma peça humorísatica de Fernando Lopes-Graça! 
 
Ambos os instrumentistas demonstram a sua experiência e a capacidade de manipular o instrumento, retirando deles sons muitas vezes estranhos e difíceis com um sentido de limpeza e simplicidade que só encontramos naqueles que conhecem a fundo a arte da música.
 
um concerto divertido e exemplar!

Festa do Japão 2018

Festa do Japão 2018
Evento
Há muitos anos que não ia à Festa do Japão em Lisboa. Na verdade, durante este tempo todo sempre calhou em dias em que eu estava a trabalhar ou que simplesmente não podia (recordo ter havido um evento de cosplay no mesmo dia, um ano destes... xD). Este ano, tendo a minha folga bem patente e real na mente, não podia perder a oportunidade!

E, mais uma coisa... Uma novidade! Este ano fiz cosplay na Festa do Japão. Por norma, nunca tinha apreciado cosplayers nesta festa, que pouco ou nada tem a ver com cosplay, mas entretanto acho que - através de algumas palavras de amigos e conhecidos - que até é encorajado, desde que dentro do tema. Isto é, havia pessoas que não estavam dentro do tema, mas eu tentei ir. Portanto, levei o meu fato de Vampire Princess Miyu, que foi fonte de frescura e conforto. :)
 
 

Acordámos tarde, por razões meramente acidentais, mas correndo contra o tempo chegámos ao Parque das Nações. Ainda não tinha estado neste evento desde que mudou de localização (de Belém para o referido Parque), portanto não sabia bem o que haveria de esperar. Deparei-me com um espaço muito bem aproveitado, com imensas bancas e com comidas variadas e, certamente, uma série de actividades para fazer. Logo à entrada encontrei a Ana-san, que estava a fazer um workshop de coisinhas. Encontrei também a Mafalda-san que estava a trabalhar numa distribuição de folhetos que, por acaso, decorria no mesmo local e na mesma hora da Festa do Japão. :p

Começámos por ver as bancas e o ambiente em geral. Parecia estar tudo bem disposto, algumas bancas com muita gente e todas com algo de diferente para oferecer. É certo que não compreendo bem qual o sentido de vender Pops numa festa cultural, mas alguém há-de me explicar isso um dia. De resto, havia imensa oferta de coisas para conhecer, nomeadamente as diversas associações de amizade Portugal-Japão, várias agências de viagens com boas ofertas e vários clubes desportivos de artes marciais e outros desportos tipicamente Japoneses. Não havia, infelizmente, os livros usados, nem as coisas em segunda mão, o que me causou grande pena. Também não havia muitas actividades típicas de feira, como os balões com água ou os peixinhos, como em outros anos.
 







 

Entretanto, falando com várias pessoas queridas e amigas aqui e além, apercebemmo-nos que o desfile de cosplay já estava no fim. Fiquei com pena, mas logo a seguir tive a sorte de apanhar vários cosplayers que, finalizada a sua função, se espraiavam por todo o lado, apanhando sol e sombra. Aproveitei para os fotografar (vejam mais adiante), tirar selfies e belfies e crelfies e filmar esta moça:




Assistimos a um pedacinho de um concerto de shamisen e flauta. Fiquei com pena de não ter apanhado a parte do koto, que é um instrumento que aprecio imenso! Mais tarde, assistimos a um concerto de tambores tradicionais, que foi pleno de energia!
 
 
 
 
Finalmente, começou a bater a fome e não resisti a ficar na fila do Bonsai para comer uns takoyakis e um dorayaki. Os primeiros estavam óptimos, embora já ligeiramente arrefecidos, mas o pobrezinho do dorayaki devia viver naquela embalagem de plástico há anos.

E foi assim, um dia muito bem passado, na companhia de muitas pessoas giras! Falando nelas... Estão prontos para as...

FOTOSFOTOSFOTOS
 
 










Obrigada a todos pelo excelente dia! =D

Kick-Ass

Kick-Ass
Matthew Vaughn
2010
Filme
6 em 10

Apanhámos este filme na televisão e ficámos a vê-lo. Sobre a BD podem ler aqui. :)

Esta é uma adaptação que funcionaria lindamente se o original não existisse. Isto porque esta obra em específico irá mostrar um pouco do original mas debaixo de um filtro de fantasia juvenil e de aventura inconsequente. O que fazia a BD especial não pode, claramente, aparecer num filme dirigido a um público infantil que apenas espera uma boa dose de porrada no ecrã.

Tudo começa na escolha do casting, em que todos os miúdos têm uma aura de felicidade. Os dados como o abandono parental, no início e no fim, são totalmente suprimidos, sendo que esse era um dos temas principais que eu esperava ver. Assim, toda a sensação de trauma que poderíamos ter se transforma numa espécie de conto de fadas com sangue, em que tudo fica bem quando acaba bem.

Talvez a única coisa que eu realmente gostei neste filme tenha sido a caracterização de toda uma era, aquela em que havia Myspace. Fica a nota também para o guarda roupa, simples e funcional e, certamente, bastante baratinho.

Fiquei de ver a sequela.

Polina

Polina
Bastien Vivès
2011
Banda Desenhada

Tinha muita curiosidade sobre este volume, editado o ano passado pela nossa Levoir, mas nunca o tinha encontrado a bom preço. Foi muito bom ter tido a oportunidade de o ler através do BookCrossing, onde o recebi num ring. :)

O tema da dança e da escola artística são, desde logo, situações que me interessam. No entanto, esta narrativa acaba por ser muito mais introvertida do que o que seria de esperar.

Com uma estrutura muito normativa, o autor leva-nos pelos corredores da escola de dença, observando os acontecimentos sob o olhar de Polina, uma jovem talentosa que percorre o seu próprio caminho enquanto bailarina. Existe uma estranha relação com um professor extremamente difícil, que a tenta levar sempre mais longe.

No fundo, esta é a história de amor entre Polina e a dança, entre a procura da identidade e o regresso ao âmago passado. Nesse aspecto, é uma história bonita. No entanto, a narrativa acaba por se tornar bastante confusa precisamente devido ao estilo clássico adoptado para a distribuição de vinhetas. Muitas vezes, passam-se anos dentro da mesma página, sem qualquer indicação anterior. Como os designs dos personagens são todos muito semelhantes, sendo por vezes difícil distinguir a diferença de idades, a leitura torna-se emperrada e misteriosa.

Também a própria textura dos desenhos nos remete para um lugar perdido no passado, em que nada funciona muito bem. Apesar de haver grande dinâmica nos movimentos, as manchas negras e brancas no sempre cinzento ambiente podem tornar-se muito confusas.

Noutra nota, fiquei a saber que fizeram um filme desta BD. Deixo-vos aqui o trailer :)


15.6.18

Kaichou wa Maid-sama!

Kaichou wa Maid-sama!
Sakurai Hiroaki - J.C. Staff
Anime - 26 Episódios
2010
5 em 10

Sei que, na época em que surgiu, este anime veio a ser muito popular entre uma faixa masculina, devido à gireza da personagem principal e de ser uma personagem principal gira numa história de amor. Este é um anime de romance que experimenta atirar em todas as direcções, sem conseguir atingir nenhuma.

A primeira rapariga presidente da associação de estudantes da sua escola tem um terrível segredo: trabalha como maid, num café de maids. É descoberta pelo tipo mais giro da escola e aí começa uma relação de poderes que, mais tarde ou mais cedo, se transforma em amor. Retrato estranho do amor, este, em que os personagens se abusam mutuamente e odeiam tudo o que o outro faz, coisa que vem a ser definida como "não compreendo mas gosto de ti".

Para além disso, o anime acaba por ser - mais que um romance - uma sequência de situações em que a personagem principal se vê humilhada para logo depois ser salva pelo seu interesse amoroso que, infelizmente, tem a atitude mais irritante de sempre. Também temos bastantes episódios com roupinhas variadas e até uma secção toda passada na praia, porque bikinis são smepre necessários.

A arte é fraca, com designs cheios de brilho mas com pouca correcção na anatomia e uma animação quase minimalista, em que as cenas se sucedem com planos de observação em vez de com movimentos.

A música é bastante irritante, porque não combina nada com o que se está a passar. Apesar de tudo, a OP é um bocadinho viciante.

Enfim, talvez se eu tivesse visto este anime em 2010 tivesse amado milhões. Mas agora sou sábia e experiente e não amei milhões.

Todos os Nomes

Todos os Nomes
José Saramago
1997
Romance

Recebi este livro do Saramago numa actividade do BookCrossing, que confesso já não recordar qual era. Já há algum tempo que o queria ler, pois um amigo mo havia recomendado muito vivamente. Li-o de uma assentada e penso que, não sendo dos melhores do autor, é uma obra distinta.

Neste livro, que é sobre todos os nomes, só há uma pessoa com nome: o Sr. José. O Sr. José trabalha na conservatória do registo civil e vive numa casa pegada a este edifício, ao qual pode aceder por uma porta no seu quarto. Um dia, durante o seu trabalho, encontra um verbete de uma mulher que o fascina. Passará o resto das páginas em busca dessa pessoa, comentendo crimes inusitados e muito inesperados.

No fundo, este é um livro sobre a identidade e que fala sobre uma questão que eu gosto de discutir: a definição que um nome dá à nossa identidade. Afinal, o que é um nome? Para que serve um nome? O nome da mulher misteriosa, que tanto apaixona o Sr. José, acabará por significar alguma coisa? Os nomes que as coisas têm, significam alguma coisa? O próprio nome de José...

Escrito com a simplicidade que tanto caracteriza o autor, é um livro que brota de uma inocência simples, observando de forma quase infantil a progressão da vida e as significâncias da morte. E, no fundo, porque chamamos as coisas como chamamos?

Agora estará disponível para novas viagens! :)

88ª Feira do Livro de Lisboa

88ª Feira do Livro de Lisboa


Como sempre, não podíamos perder a Feira do Livro! Desta vez fomos no último dia e com uma grande contenção de custos. O Qui ordenou que eu me controlasse. Eu tinha de me controlar! Terei conseguido?

Desta vez, pela primeira vez, fomos de carro, pelo que entrámos na Feira pelo lado oposto, isto é, o topo do Parque Eduardo VII. Assim, visitámos a feira ao contrário, começando na parte de cima direita e dando a volta por baixo. Isto, de certa forma, foi uma coisa boa, pois evitei perder a cabeça com os alfarrabistas e aproveitar outras boas promoções em editoras de que gosto realmente.

Este ano, a Feira estava um pouco diferente, com mias espaços de comidas e bebidas. Infelizmente, a água que pedi num café por lá estava bem quentinha, pelo que foi difícil aliviar o calor solar que se fazia sentir fora da sombra.

Para começar, encontrei logo um livro que me agradou na Relógio de Água. Depois, o meu objectivo era ir até ao stand da Porto Editora, pois eu desejava um autógrafo do Mário de Carvalho, que estaria disponível nesse local a partir das quatro e meia (já tinha passado um quarto de hora).

Escolhi um dos seus livros (eu não li muitos, mas achei que devia aproveitar a opirtunidade) e ele autografou-o com um cordial abraço. Estranhou que eu só tivesse um nome (não queria que ele soubesse o meu apelido) e ainda partilhou uma piada ou outra. Um senhor muito sim+pa´tico! A sua assinatura parece, no entanto, uma quebra de linha. :p


Eu e o Senhor Mário de Carvalho com o seu livro! :)
 
Desta feita não parámos para cervejas nem para mais nada. Só para ir à casa de banho que, deve dizer-se, estava um nojo. Entendo que ter maçanetas nas portas seja um perigo, por causa dos ladrões de maçanetas, mas dava muito jeito para pendurar a mala e as compras!
Só voltámos a parar na Saída de Emergência. Antes dela, alfarrabistas com livros caríssimos! Estavam ali livros que as pessoas nem os querem dados e estavam a vendê-los a 5€! Achei chocante. Da mesma forma, achei chocante o espaço imenso que foi dado a uma série de editoras vanity, com os seus escritores sozinhos e infelizes. Numa outra banca, aliás, tinha visto um senhor com um livro chamado "SALAZAR" que se estava a sentir imensamente só. Quase tive vontade de comprar o livro só para lhe dar o gosto... :< Tadinho...
 
Portanto, vejamos qual foi o resultado desta Feira do Livro!
 
 
  • "O Tumulto das Ondas", de Yukio Mishima, um autor que amo de paixão
  • O livro do Mário de Carvalho, que me irá ensinar a escrever e a escrever bem! =D
  • "Com a Cabeça na Lua", uma antologia de contos sci-fi passados na Lua! Adoro estas colectânias da Saída de Emergência!
  • Um leque e uma coisinha promocional
  • Uma ceninha para por nomes em malas promocional também
Fica também a nota para o excelente sumo compal, super fruta ou o que é, que tinha um sabor maravilhoso e que eu quero para sempre! Adoro laranjas ;__;

FAh sim, e ficámos a saber que o Parque se prolonga por ali em diante e que há muitos mais lugares giros par ver e estar, mesmo que não haja Feira!

Acho que me consegui conter... Não acham? ;) Para o ano há mais!

Vagabundo ao Serviço de Espanha

Vagabundo ao Serviço de Espanha
Camilo José Cela
1948
Livro de Viagens

Recebi este livro numa actividade do BookCrossing, sendo que o escolhi porque - depois de ter lido um livro de José Cela no original Espanhol - gostaria de experimentar de novo este autor. Vim a saber, então, que uma das suas vertentes de escrita mais exploradas é a chamada literatura de viagens. Este livro é um desses exemplares.

O autor traveste-se de "vagabundo", enquanto viaja por uma Espanha sulista sem um objectivo definido. É neste ambiente de calor e quase deserto que ele observa as formas de viver de cada lugar por onde passa e conversa com as pessoas que habitam esses ermos locais. Conhecemos, então, uma Espanha antiquada, violenta mas cheia de um sentido de humor desviado e ligeiramente ácido.

O autor relata exactamente o que observa o que, por vezes, se torna ligeiramente enfadonho. Porque, para ser sincera, os hábitos e vivências destes lugares estão fossilizados numa época que já não existe e que, para mim, tem apenas um interesse lateral.

Ainda assim, li este livro num instante, pelo que - para os fãs das viagens - recomendo bastante!

O Manual dos Inquisidores

O Manual dos Inquisidores
António Lobo Antunes
1996
Romance

Bom, chegou a altura da minha lista de leitura em que estão os livros do Lobo Antunes. Significa que, durante os próximos tempos, haverão grandes maratonas de Lobo Antunes! Espero não morrer... Começámos por este livro, que me surpreendeu pela positiva mas que, no entanto, não é um romance perfeito.

Através de uma linguagem onírica e fragmentada, o autor mostra-nos a vida das pessoas que rodeiam uma figura misteriosa e maléfica, um senhor ministro de tempos antigos e fascizantes que tem em si mais mistérios do que podemos imaginar.

O autor faz, como sempre, um óptimo trabalho em mostrar a vida comum das pessoas, os seus desejos mais íntimos, o terror da pobreza que sempre atormenta as pessoas destas histórias. Só muito lentamente é que nos vamos apercebendo que a história não é sobre as pessoas, as pessoazinhas, mas sim sobre o grande sol orientador sob o qual orbitam. E este sol é o tal ministro, caracterizado como velho violento e inutilizado, remetido à ignorância de um lar onde ninguém mais lhe obedece.

No entanto, não gostei de todo do final. O facto de o ministro, nos momentos finais, se revelar um louco, com comportamentos erráticos que apenas revelam a sua obsessão pela perda, torna a conclusão muito desapontante e pouco natural.

Ainda assim, fiquei com vontade de ler mais livros do autor, o que vai acontecer em breve :)

6.6.18

Detective Conan: Episode One

Detective Conan: Episode One - The Great Detective Turned Small
Gosho Aoyama - TMS Entertainment
Anime - Filme
2016
5 em 10 

Apesar de todos os avisos em contrário, este anime estava na lista, portanto fui vê-lo. Segundo consta, é uma versão alternativa (e não canónica) dos primeiros episódios de Detetcive Conan, em que ocorre o evento de ele ficar criança. E, realmente, se tiver acontecido realmente assim, bem... Que mau...!

A narrativa não tem qualquer tipo de sentido a partir da sua base. O maior detective do mundo é uma criança de 16 anos que, quando enfrenta misteriosos inimigos vestidos de preto (porque estar vestido de preto é característica única dos inimigos neste anime, ao que parece), se torna numa criança de 6 anos. Com toda a naturalidade, a paixão platónica do detective leva a criança para casa, como se ficar a tomar conta de crianças desconhecidas fosse algo perfeitamente normal. A partir daí ficamos a prever o que a série irá ser.

Para além disso, a produção é terrível. Eu pensava estar a ver um anime dos primórdios dos anos 2000 quando descubro que afinal foi feito em 2016! Uma vergonha! Má qualidade na animação e na imagem, diversos defeitos de anatomia facilmente evitáveis, cenários básicos e pouco criativos.

Mais uma vez, temos uma boa ED e pouca polpa na banda sonora.

Enfim, por um lado ainda bem que não me pus a ver a série...

4.6.18

The Sniper from Another Dimension

The Sniper from Another Dimension
Shizuno Koubun - TMS Entertainment
Anime - Filme
2014
6 em 10

Temos visto os filmes de Detective Conan sem nenhuma ordem em especial e desta vez calhou ver o décimo oitavo. Chiça, décimo oitavo!

Este é, até agora, o melhor filme da saga, sem qualquer dúvida. Apesar do mistério ser tão simples como habitual, desta vez fazendo uso de alguma geometria descritiva e visualização no espaço, temos antagonistas mais sólidos e um pouco mais interessantes, embora as suas motivações sejam extremamente infantis.

É também o primeiro filme que vejo nesta saga em que finalmente as acções violentas têm consequências violentas. No entanto, infelizmente, a própria motivação dos antagonistas e também dos protagonistas faz com que estes eventos se tornem irrelevantes e apenas mais uma brincadeira de crianças.

É esse o verdadeiro problema de Detective Conan: a infantilização do tema, a preseunção de que é perfeitamente plausível um grupo de crianças de seis anos lutar contra um inimigo armado com uma sniper.

De resto, temos uma excelente fluidez na animação e um certo foco no traço que o torna mais forte e assertivo, o que - considerando o estilo habitual da série - se torna bastante vantajoso neste tipo de design.

Musicalmente, temos uma ED engraçada mas uma banda sonora pouco memorável.

Vamos a ver quantos mais filmes me resta... ;)

3.6.18

Ashita no Joe 2

Ashita no Joe
Dezaki Osamu - Mushi Productions
Anime - 47 Episódios
1980
6 em 10 
 
Dez anos após a estreia de Ashita no Joe, somos agraciados com a continuação desta história, épico desportivo que tanto marcou a sua época. 
 
Após um inusitado desaparecimento, no final da primeira season, Joe Yabuki regressa pronto para novas aventuras e novos combates. Surpreendentemente, este personagem vem bastante diferente. Se na primeira season tínhamos um Joe insuportável, irresponsável e muito pouco cativante, durante esta "ausência" ele parece ter crescido de forma surpreendente. DEtas feita é um rapaz que quer realmente vencer e que já não passeia pela vida com aquele ar de indiferença que o tornava uma pessoa horrível.

Assim, temos combates bastante mais interessantes, em que os níveis de motivação estão sempre ao rubro e em que a significância de ganhar e perder ganha uma nova forma. Desta vez já não há casos de vida ou morte mas apenas o puro prazer desportivo de continuar a subir nas categorias essenciais.

Infelizmente, a animação tem um valor de produção muito baixo que, devido à longevidade da série, não foi de todo aproveitado. A animação é precária para a sua época, o que é uma pena, pois os combates estão bastante bem coreografados. O design das personagens contém também algumas falhas, sobretudo nas cenas de mais acção.

Agora, a parte que eu gostei mais deste anime foi, sem dúvida, a banda sonora. Com um conjunto de peças com tonalidade blues, é recriado um ambiente de bar que não só ajuda na caracterização das personagens como torna o anime numa experiência muito mais agradável.

Um bom anime.

São Jorge

São Jorge
Marco Martins
2016
Filme
7 em 10
Queixava-me eu, recentemente, do estado do cinema português. Mas este filme, que já vejo dois anos atrasada, dá-nos uma nova esperança no cinema que se faz por cá.

Jorge fica desempregado após a sua fábrica entrar em falência, nos famigerados anos da Troika. Consegue ganhar uns trocos entrando em perigosos combates de boxe. Graças a isso, é-lhe dada a oportunidade de trabalhar como colector de dívidas, as chamadas "cobranças difíceis". A sua função é bater nas pessoas para que elas paguem à empresa. Será que isto tudo vai correr bem?

Com uma estrutura simples e sólida, este é um filme que analisa - mais do que as perosnagens - uma forma de viver e a dificuldade de enfrentar a pobreza. Filmado em diferentes bairros sociais, já de si bastante problemáticos, conseguimos entrever um pouco do que é a vida das pessoas neste tipo de situações.

Os actores fazem um excelente trabalho, transmitindo nas suas expressões os sentimentos de medo e esperança, de um desalento que poderá ser enfrentado com o esforço e dedicação daqueles que nada conseguem fazer. É esta frustração, do encontro da miséria no meio da pobreza, que caracteriza profundamente estes personagens, dando-lhes uma densidade que não seria possível noutro tipo de ambiente.

Um filme que se revelou uma agradabilíssima surpresa!