Em Nome do Pai
Jim Sheridan
1993
Filme
7 em 10
Quando o Qui me disse que íamos ver um filme sobre o IRA, o grupo independentista irlandês, confesso que não esperava nada de especial. Veio a revelar-se um filme muito mais interessante do que poderia pensar.
Em Belfast o IRA está activo e o exército britânico anda pelas ruas. Um rapaz é enviado para Londres pelo seu pai, de forma a que fique protegido destas actividades terroristas. Ora, Gerry e seus amigos não são exactamente as pessoas mais dedicadas ao trabalho e passam os dias num êxtase de diversão. Quando acontece um atentado num pub perpretado pelo IRA, infelizmente eles estão no lugar errado à hora errada. São presos, acusados e enviados para a prisão. Por toda a vida. E esta é a história da luta de Gerry e do seu pai para que sejam inocentados e colocados em liberdade.
É um filme com uma narrativa bastante simples, mas são os elementos desta narrativa que o tornam tão brutal e nos mostram o quão incompreensível foi o sistema no julgamento destas pessoas, que perderam as suas vidas num jogo que não era o deles nem nunca tinha sido. Existem cenas muito violentas emocionalmente às quais são dadas vida por um conjunto de excelentes actores. Mas o que é realmente agressivo para o espectador é o sentimento de impotência e a injustiça penal, sempre presente até mesmo onde menos se espera.
Um filme sobre corrupção mas também sobre um grande sentimento de esperança de que a justiça irá sempre prevalecer. Pode é demorar.
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