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8.3.16

Straight Outta Comton

Straight Outta Compton
F. Gary Gray
 2015
Filme 
7 em 10

Fui para este fiulme sem qualquer expectativa e, sobretudo, sem qualquer conhecimento sobre o que se ia passar e sobre o que se passou. Este é um filme biográfico sobre os membros do revolucionário grupo N.W.A, que deu toda uma nova perspectiva sobre o hip-hop em meados dos anos 80.

Devo dizer que adorei o filme e todos os seus detalhes, porque as músicas me apaixonaram, logo à primeira vista. Se não fosse a banda sonora e o conhecimento que o filme me deu sobre este tipo de tribo urbana e cultura alternativa, acho que me teria aborrecido logo.

O filme mostra o início do grupo e os eventos que podem ter influenciado as suas músicas. Ficamos a perceber que este grupo não busca incitar a violência: as letras duras, cheias de sangue e vinho verde, são apenas um reflexo da humanidade em que vivem estas pessoas. Isto é, a música não procura puxar a violência, mas antes servir como escapatória para esta. Porque por mais que as letras falem de sub-machines, bitches e gente que vai morrer, tudo isso é apenas uma imagem espelhada daquilo que estes artistas viveram na sua juventude.

As cenas escolhidas para ilustrar cada música são perfeitas, sendo que acabam por explicar um pouco do que está por trás das letras. Ainda assim, estas são a melhor parte. Consideremos que temos um grupod e jobens da zona mais perigosa da mais perigosa das cidades da América. E que não têm muita educação e falam em gíria do guetto e tudo o mais. Então, estes rapazes devem ter tido uma musa do génio para os ensinar a escrever estas letras. Ou então são mesmo eles próprios génios, o mais provável. Porque misturado com todo aquele linguajar que só as pessoas da zona conhecem, está pura poesia. Amei!

Talvez a parte do filme que me tenha deixado ficar mais de pé atrás tenha sido a caracterização dos personagens. É certo que o mais provável é que todos estes miúdos tenham sido inocentes à sua maneira, mas ainda assim acredito que as suas atitudes na generalidade tenham sido ligeiramente diferentes da imagem platónica e meio apatetada que nos deram, como se se mantivessem sempre como crianças grandes e iludidas pelos sonhos. Também parece, segundo Qui, que a causa da morte de Eazy-E não ficou muito bem explicada...

Mas, no geral, foi um filme de que gostei imenso e que me deixou com imensa vontade para ir ouvir estas músicas todas e dizer yo!

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