The Fountain (O Último Capítulo)
Darren Aronofsky
Filme
2006
8 em 10
O chamado "filme alucinado da árvore que vimos no Ano Novo".
Existe um homem que está no espaço dentro de uma bolha com uma árvore. Aparentemente a árvore está a morrer e ele tem de a salvar. Ele fala com a árvore. Uns milénios antes, em 2005, um médico usa uma árvore para encontrar a cura para o cancro, doença da qual padece a sua mulher. E ainda mais anteriormente, em mil e qualquer coisa, um El Conquistador espanhol procura uma árvore maia para salvar a sua rainha da inquisição. Estes três homens são o mesmo e a mulher também. O homem procura salvá-la, mas ela não precisa de ser salva, porque é uma árvore. Acho eu. Confesso que não percebi muito bem.
Mas o filme é lindíssimo.
Utilizando recursos originais, foram obtidas imagens de uma beleza surpreendente. Uma beleza orgânica e simples, que faz o espectador voar. Imagens que combinam com a beleza da história, uma história simples da busca pela felicidade e do amor, com uma análise quase metafísica da vida e do seu significado.
Hugh Jackman tem uma prestação fantástica, intensa e comovente. Os personagens principais encontram-se em polos opostos da compreensão da vida e da morte e é esta busca o que define o desenvolvimento de Tom nas suas três formas. Através das três perspectivas temos um personagem completo, que se inicia no bárbaro, evolui para uma fase transitória de ciência e conhecimento e termina naquele que compreende o mais íntimo de si e da natureza, buscando na meditação as respostas e acabando por as encontrar inspirado pela visão do passado.
A música dá uma grande intensidade a todo o filme e acrescenta muita emoção às cenas.
Um excelente filme, que peca por não ser muito claro no final e não se associar à mensagem que tenta transmitir. Dizem-me que afinal não é assim tão bom, por isso acho que não o vou querer rever sóbria.
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