The Virgin Suicides
Sofia Copolla
1999
Filme
8 em 10
O que é ser uma rapariga adolescente? O que as move, o que as faz sorrir? O que as faz sofrer?
A família Lisbon é conhecida por ser extremamente religiosa e estrita, mas as suas cinco filhas fazem sucesso por onde passam: são de uma beleza incrível. Quanto Cecilia - a mais nova - se tenta suicidar, todos à sua volta tentam compreender o que raio se terá passado, o que terá acontecido naquela família para isso acontecer. A partir daí sucedem-se momentos de libertação seguidos de contenção, que se vão acumulando até à tensão final: the virgin suicides.
Este filme tocou-me especialmente porque me recordou a minha própria época adolescente, e a minha própria depressão adolescente. A forma como as personagens se vão alterando, enlouquecendo após um breve momento de liberdade, e culminando na desgraça está feita com muita mestria, e cativa-nos do início ao fim.
Também é muito interessante que o narrador esteja da perspectiva de rapazes jovens, mais jovens que as irmãs, mas que lhes ganham uma afeição à distância. A sua curiosidade pelo mundo feminino é aquilo que move o seu interesse, e acabam por tentar salvar as raparigas, tentar tirá-las da prisão emocional em que se encontram. É a análise dessa perspectiva que torna o filme tão belo e tão comovente.
Chorei no fim.
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