Tully
Jason Reitman
2018
Filme
6 em 10
Aclamado pela sua visão da maternidade, este é um filme preparado para uma personagem que nos mostra uma perspectiva absolutamente pavorosa dessa maravilhosa visão.
Marlo está grávida de nove meses e tem dois filhos e um marido. Sempre em correria por causa das duas crianças e daquela que entretanto nasce, decide-se a telefonar a uma ama nocturna, que a irá ajudar a tomar conta da situação, mas apenas durante a noite.
Surge-lhe Tully, uma rapariga toda gira e toda jovem, que faz montes de coisas na sua vida e a ensina que também ela se pode divertir enquanto mão. E a conclusão que esta personagem tira (e aquilo que me atemoriza neste filme) é que não faz mal não ter sonhos, fazer sempre as mesmas coisas, estar lá para todos e ser sempre exactamente igual.
Esta aprendizagem da personagem principal, de boa forma interpretada por Charlize Teron, é terrivelmente triste. Isto é ainda mais exacerbado pela conclusão final que, mesmo sendo previsível, tira todo o tempero do filme.
Estava com muita vontade de o ver e, no final, desapontou-me.
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