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3.11.17

Laputa

Laputa - Castle in the Sky
Hayao Miyazaki - Studio Ghibli
Anime - Filme
1986
7 em 10

Este era o único filme da Ghibli que me faltava ver. :) Portanto, mais um grande achievement na minha vida animesca!

Tudo começa quando uma máquina aérea, de transporte de passageiros, é atacada por piratas. Uma rapariga consegue fugir com uma pedra preciosa, que lhe dá a capacidade de flutuar. Será revelado que essa pedra contém o segredo sobre como chegar a Laputa, a ilha no céu, inspirada nas viagens de Gulliver, onde uma civilização antiga e poderosa contém uma tecnologia invejável por vários membros da sociedade.

Este filme tem muito de extraordinário. Para começar, foi o primeiro filme inteiramente produzido pelo Studio Ghibli, com um valor de produção invejável para a época. As cenas de animação estão essencialmente perfeitas para a tecnologia que existia na altura, sendo que também existe um cuidado especial com os cenários e, sobretudo, com a maquinaria de inspiração steampunk que povoa todo o filme. Neste campo, achei apenas um defeito que foi o que me impediu de dar uma nota exemplar: as nuvens. Para um filme passado no céu, não temos imagens aéreas especialmente originais, sendo que a utilização de luz nas nuvens pode ficar um pouco aborrecida. Existem também algumas cenas em que a paleta de cores muito reduzida não contribui para a experiência, nomeadamente a cena na prisão que tinha cores demasiado quentes e sobrepostas umas nas outras.

Os personagens são encantadores, fortes e sofrem uma caracterização e desenvolvimento muito discretos mas, ainda assim, perfeitamente conjugados com as experiências que ocorrem durante a narrativa. Gostei tanto dos personagens que, deixem-me anunciar!, fiquei com vontade de fazer cosplay da Sheeta. Aliás, fiquei ainda com mais vontade de fazer da velhota, mas ainda não tenho rugas suficientes, hahaha. ;) Infelizmente, os designs dos personagens não acompanham a sua complexidade. Houvesse um maior cuidado no seu desenho e talvez nos conseguissem transmitir um pouco mais além da simplicidade inerente a todos os personagens de Miyazaki.

O conceito da ilha flutuante é concretizado da melhor maneira. A partir do momento em que entramos em Laputa, um novo mundo se nos revela. O detalhe dado a estas cenas é absolutamente fascinantes e, por esta última secção, vale a pena ver o filme. Existe também um discreto conceito ambientalista, caracterizado pelo robot jardineiro, o que demonstra a tendência bastante precoce do autor em abordar este tema.

Musicalmente, temos um tema recorrente mas que é interpretado de uma série de maneiras que po tornam sempre único. Os efeitos sonoros também estão muito adequados.

Um filme inspirador e a prova de um excelente começo para um estúdio que todos amamos!

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