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22.7.16

22º Super Bock Super Rock

22º Super Bock Super Rock
(Sábado)
Festival de Música
 
Depois de todas as actividades que tinham acontecido ao longo da semana, o culminar foi visitar, mais uma vez, este festival de música, por forma a assistir a um pouco de hip-hop.
 
História curiosa se passou com o processo de adquirir os bilhetes. Sendo o dia do hip-hop, estávamos calmos e pouco concentrados, pois nunca perspectivámos que os bilhetes esgotassem. No entanto, no dia anterior ao que havíamos combinado para os ir comprar, o Qui envia-me uma mensagem muito triste, dizendo que esgotaram! D: Mas como? O quê? Quando? Porquê? Nooon ;_____; Já ia eu a correr para casa para ver os sites e páginas de compra e venda de bilhetes, quando me lembro de passar na Fnac mais próxima a ver se ainda conseguia arranjar um. E aí, o Qui liga-me de novo: afinal os Correios ainda tinham bilhetes! E eu na Fnac, a ver todas as pessoas à minha frente a comprarem as suas entradas para o festival e a pensar... "É desta que vão comprar o último!". Mas não. Consegui um para mim também :)
 
Mas regressemos à nossa aventura!
 
Depois de me transportar da Quinta das Conchas, onde tinha estado no Picnic Bookcrossing (tinha torcado de roupa lá, pela t-shirt que comprei no picnic e leggings e sapatos confortáveis), comecei a reparar que o metro ia cheio de pessoas que claramente iam para o festival. Mas estranhavam-me essas pessoas. Estavam todas tão bem arranjadas, cheias de saltos altos e colares. Havia uma rapariga toda borbulhosa que ia com os pés em cima do banco da frente, como se fosse mais especial que as outras pessoas. As pessoas, no geral, começaram a perturbar-me. Isso acabou por ter consequências, que veremos de seguida.
 
Depois de me transportar até ao Parque das Nações, encontrei-me com o Qui e amigos, sendo que depois fizemos uma caminhada heróica até ao carro, onde deixei a minha mochila e preparei uma sub-mochila apenas com os objectos essenciais. Chegando ao recito, começamos a procurar outros amigos, que encontramos imediatamente olhando para uma banca de comida. Achamos boa ideia apostar num kebab vegetariano e ficamos logo por ali. Infelizmente, o kebab saiu frustrado pois, por um exorbitante preço de 4,5€, nos forneceram um wrap com alface, tomate, cenoura e queijo ralado. Nem um falafel para amostra!

Atrasei-me tanto que não pudemos ver dois concertos que queríamos, Kelala e Capicua. Na verdade, nem sequer vimos nada do recinto este ano, porque fomos logo para dentro do pavilhão, onde iriam começar os concertos mais importantes da noite.

Entretanto, fomos adquirir cervejas diversas. Descobrimos que teríamos de pagar uma caução de dois euros para obter um copo de plástico que poderia ser reutilizado todas as vezes que quiséssemos. De certa forma, isto é uma boa ideia, porque nos devolveriam o dinheiro no fim (no nosso caso, ficámos com os copos) e porque é amigo do planeta, sendo que se produz muito menos lixo e resíduos. No entanto, teria sido boa ideia avisarem disto com antecedência, para uma pessoa ir correctamente preparada e motivada... Zanguei-me com o Qui porque ele me trouxe um copo miniatura, quando eu queria um grande como as outras pessoas. O preço era o mesmo e, afinal, foi fácil bastante pedir para trocarem o meu copo bebé por um copo crescido. :)

Mas comecemos os concertos. Acabámos por ver apenas três, mas foram todos excelentes! O primeiro foi

Orelha Negra
 
Sam the Kid apresenta um novo projecto: uma banda e dois DJs. Porque não? Com uma batida poderosa e um baixo muito melódico, ouvimos uma remistura de samples improváveis, muitos dos quais aparentavamaté ter sido gravados propositadamente para que estes sons fossem criados. Eu já conhecia bem a banda, mas o concerto nunca deixou de me surpreender pela energia que transmitiu, muito positiva.

De La Soul
 
Contextualizando esta banda, digamos que aparecem em oposição a todo aquele hip hop agressivo de pessoas com armas. São um hip hop feliz e bem antigo. Não os conhecia e, antes do concerto, decidi explorar um pouco os seus álbums para ficar a saber melhor. No entanto, só encontrei disponível para download o álbum de 1989, 3 Feet High and Rising. Que adorei, sendo que estava mesmo ansiosa por este concerto para ouvir alguns sons deliciosos deste disco.
Mas, para meu grande azar, o trio decidiu-se por tocar todo o tipo de coisas menos aquelas que eu sabia. Foi um grande desapontamento. Para além disso, pareciam estar bastante aborrecidos com o público, sempre dizendo coisas relativas à sua juventude, aos telemóveis em pé e outros elementos que devem chatear uma pessoa quando está num palco. Na verdade, até tinham uma certa razão: quando a camera se focava na fila da frente, era só pitas todas arranjadas e maquilhadas com ar de que iam cair de aborrecimento a qualquer momento. Só faltava adormecerem e babarem-se.
 
Percebo que os De La Soul se tenham chateado.
 
Outro assunto relativo a este concerto foi a qualidade do som. Os vocais nas músicas eram muito pouco claros e a produção do espectáculo parecia muito mal cuidada. Assim, foi um concerto que ficou muito imperceptível.


Kendrick Lamar
 
No intervalo, aproveitámos para ir ao banheiro e comprar mais bebidas diversas. Estávamos a ir para o local original onde estávamos, do lado direito, tudo muito calmo, quando um dos nossos amigos se lança em passo rápido para o lado oposto, para ir ter com outras pessoas. E fomos atrás dele. De repente, eu e o Qui estamos perdidos de toda a gente, rodeados de pessoas por todos os lados. E eu devo ter um atractivo qualquer, porque num concerto toda a gente (toda a gente!) decide que é por mim que têm de passar para ri em qualquer direcção. Então, toda a gente (toda a gente!) me estava a dar encontrões. Tentamos ir até à régie, porque é um lugar um pouco mais calmo, mas sem sucesso. Quando concerto começa e se acendem as luzes... Pânico. Entro em pânico. Não consigo estar ali, começo a ficar com falta de ar, e no meio da confusão nem conseguia dizer ao Qui que precisava sair daquele local. Mas conseguimos.

No entanto, no novo local em que estamos, não consigo ver nem o palco nem o ecrã. Apesar de estarmos encostados à parede e eu ter o Qui a proteger-me, continuo a levar encontrões e fortes pisadelas. A qualidade do som era tal que, sem associação à imagem (que não conseguia ver) só consegui identificar uma única música. E eu conheço bem o artista! À minha volta, só ruído. Cada vez que havia uma pausa, gritavam todos PORTUGAL ou CRISTIANO RONALDO e eu não estava a perceber porquê, nem o que tinha aquilo a ver com o concerto que deveríamos estar a ver.

Não conseguia ouvir as letras decentemente, o beat estava todo baralhado. Não vi nada do concerto e só gritava quando os outros gritavam. Ter visto o concerto de frente ou de costas teria sido exactamente a mesma coisa. Foi completamente incompreensível para mim, apesar de a maioria das pessoas ter percebido tudo (talvez porque não tivessem milhões de cabeças altamente penteadas a tapar a vista)

Fiquei muito triste, porque de todos este era o concerto que queria ver mais e não consegui perceber nada. :( Restam os vídeos do concerto, mas não é a mesma coisa. Senti que o dinheiro do bilhete foi, essencialmente, deitado ao lixo.


Depois, saímos do recinto e descobrimos que, mais uma vez, nos havíamos perdido das pessoas. Quando os reencontrámos, caminhámos até ao carro e, nele, adormeci.

Conclusão: espero que o Kendrick volte a Portugal um dia destes, para eu poder ir ver. Já que não vi.

Uma tristeza para mim.

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