Phantom Thread
Paul Thomas Anderson
2017
Filme
7 em 10
Fomos ver este filme ao cinema. Ao Corte Inglés, para ser mais precisa, pois já não havia sessões no nosso cinema comercial habitual (e ainda bem, porque o detesto D: )
Woodcock é um estilista famosíssimo, nuns anos cinquenta fantasiosos, plenos de senhoras muito ricas, princesas e realezas em geral. No entanto, este homem é um estranho na sua própria realidade. Cheio de manias, não suporta a mudança da sua rotina, abordando de forma violenta todos aqueles que interferem nos seus hábitos diários.
Quando leva para casa uma musa inspiradora encontrada, por coincidência, num café rural, a sua vida vai mudar: esta mulher não irá aceitar ser rejeitada em nome de uma rotina e fará de tudo para que Woodcock lhe seja totalmente dependente. Será que vai conseguir?
Este é um filme contido, calmo, mas ainda assim sempre pleno de uma tensão fulgurante, que se revela no trabalho dos actores e, mais tarde, no desenvolvimento desta linha temporal, desta linha cheia de fantasmas e segredos. As obsessões dos personagens sofrem uma caracterização que é tanto agressiva como cheia de realismo. Os fantasmas passados e presentes de cada um deles ajudam a que a sua relação interpessoal seja tanto fascinante como absolutamente conturbada em termos emocionais.
Pareceu-me, no entanto, que a edição do filme pode - por vezes - ser um pouco confusa e ter alguns erros. Por exemplo, se a irmã bebeu o chá, porque não lhe aconteceu nada? Também a localização das filmagens, aquela casa, tem uma anatomia um pouco estranha, sendo que o autor não consegue mostrar-nos de onde vêm as pessoas nem para onde elas vão.
Finalmente, uma referência para a banda sonora. Apesar de ser feito por membro de uma banda que detesto, não é nada menos que brilhante!
Um filme que vale, sem dúvida, a pena!
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