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14.10.16

O Último Dia de Um Condenado

O Último Dia de Um Condenado
Victor Hugo
1829
Romance

No mesmo dia em que encontrei aqueles livrinhos abandonados que falei antes, fui passear com o Qui a um jardim em Lisboa. Subitamente... "Achei um livro, este é meu!", diz o Qui! E à medida que fomos vendo o jardim... Fui encontrando cada vez mais livros! Trouxe quase todos, até que descobri que fazia tudo parte de uma libertação em massa ao estilo BookCrossing, mas organizado pela biblioteca da zona :)

Li este primeiro e devo dizer que gostei bastante.

Trata-se de uma reflexão sobre a pena de morte e o desespero que pode daí advir, narrada pelo próprio condenado nos momentos que precedem a sua execução. O autor narra, através deste personagem anónimo, os horrores da prisão para trabalhos forçados e a serenidade que um homem pode manter perante semelhante situação, que se vai desfazendo à medida que o momento fatal se aproxima. É interessante e belo ler os sentimentos do personagem em constante mutação, desde a aceitação inicial, ao pensamento da fuga, passando pelo desespero final em que há um último pedido de absolvição.

A situação que mais me tocou terá sido, sem dúvida, o momento em que o narrador se encontra com a sua filha de três anos, que não o reconhece, estabelecendo assim uma divisão profunda entre o condenado e aquilo que lhe resta da humanidade do seu passado.

Como extra, temos um conto curto chamado "Claude Gueux", em que o autor faz um breve manifesto sobre a necessidade actual (dentro da época) de educar as populações de forma a evitar crimes, estabelecendo a realidade num personagem que deita tudo a perder devido à sua própria simplicidade. De certa forma, semelhantes palavras ainda se mantém actuais: se educarmos, reduziremos certamente todos os crimes. Não poderei é concordar na bíblia como livro essencial, mas prontes, deixa estar, é o século XIX em França.

Agora não sei o que fazer com o livro, se o hei-de por a circular, se o devolvo à biblioteca, se o liberto no mesmo sítio... Ideias? :)

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