Festas de Corroios
Já estava convencida de que este ano iria quebrar a minha tradição de ir às Festas de Corroios. Pode não ser há muito tempo, mas já vou desde que entrei na faculdade. E para quem vive em Lisboa isso significa bastante, creio eu de que.
A feira é sempre igual a si própria, com as suas banquinhas de comidas e bebidas e passarinhos e roupas e jogos diversos. As aquisições deste ano distinguiram-se por, principalmente, ter adquirido alguma coisa. A primeira foi uma sangria mágica que deitava fumo. Era gelada e deitava fumo! Não pude deixar de a experimentar! Mas além de deitar fumo, não fazia mais nada de especial, era igual a todas as outras sangrias. A segunda aquisição foi um jogo de roleta de uma banca de peluches gigantes. Ganhei uma flor vermelha que, além de se rir, enrola-se toda sobre si própria.
Um dos membros do grupo resistente manifestou grande desejo de andar numa brincadeira chamada MONSTER. Só de olhar para ela fiquei cheia de medo. Era um pêndulo enorme, gigante, para oito pessoas de cada vez, que andava à roda e as cadeiras onde as pessoas estavam andavam à roda também, por forma a toda a gente balançar a ponto de ficar de cabeça para baixo. Só de a observar durante uns minutos fiquei com elevadíssima cefaleia.
No final parámos na política. Interessante que o PSD e o CDS estavam encaixados entre o Bloco de Esquerda e o PCP, o que lhes devia causar certo pânico. O que é certo é que os partidos de esquerda eram a última coisa a fechar.
Mas... E a música? Desde logo, ainda antes de irmos, manifestei o meu desinteresse pela banca convidada desse dia sabático. Mas afinal revelou-se uma surpresa agradável, se bem que nada de genial.
Eram eles
Os Azeitonas
Pouco conhecia desta banda e o que é verdade é verdade: sabem dar um belo espectáculo. É realmente muito animado.
As músicas são muito simples, com letras ligeiramente ilógicas. Apresenta-se uma tara quase infantil pelo imaginário do cinema americano, quer na sonoridade quer nas letras (muito desejo têm estas pessoas de ir a Hollywood). Não se percebia bem o que fazia a rapariga da pandeireta, além de tocar pandeireta e cantar em francês.
Mas o que é certo que até eu, que nutria enorme aversão por esta banda com nome de baga gordurosa, acabei o concerto dançando e fazendo pripripri (que é a minha maneira de cantar e dançar). É uma banda cheia de energia e, sendo grátis, se calhar vale a pena ver.
No palco apresentava-se um grande "Az", pelo que esta banda também poderá - não oficialmente - ser chamada de Azoto.
No dia seguinte dormi até ao infinito.
Fim.
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