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15.7.13

Simoun

Simoun
Nishimura Junji - Studio Deen
Anime - 26 Episódios
2006
6 em 10

Demorei bastante tempo a ver este anime, o que me desregulou o esquema de visionamento de todos os outros, por causa do cosplay. E porque, por uma vez, quis ver o anime com atenção. Já há algum tempo que não apanhava um tão interessante. Estava com um certo receio pois o anime estava classificado como yuri, e eu sempre me mantive de pé-atrás com esse género. Mas, finalmente, decidi por de lado o meu preconceito, até porque é um preconceito que não faz qualquer tipo de sentido e é idiota. Valeu a pena.

Este anime passa-se num planeta com dois sóis que tem três países conhecidos. A narrativa passa-se em Simulacrum, uma teocracia que acredita em Tempus Spatium. Neste país existem sacerdotisas, sybillas, que conduzem os simouns, carruagens dos deuses. No entanto, o país entra em guerra com os países vizinhos e as sybillas vêem-se obrigadas a usar os seus simouns para fazer a guerra. Os simouns fazem desenhos no céu, que têm várias funções e alguns são altamente destrutivos.

A história acompanha a vida do Chorus Tempest, um grupo de doze sybillas. Pareceu-me que eram demasiadas personagens, sendo que algumas tinham muito pouco conteúdo e eram bastante desnecessárias. Existe uma história de amor que só se revela no final. Esperava que falassem mais sobre a guerra e suas causas, mas o anime preferiu focar-se nas aventuras e desventuras das meninas. Note-se que estas meninas não são realmente meninas, pelo que os frequentes beijos não farão assim tanta confusão a pessoas mais fóbicas: elas ainda não têm sexo definido. Em Simulacrum, as pessoas podem escolher o seu sexo aos dezassete anos, visitando uma fonte para esse efeito. Para mim a parte que mais me agradou foi precisamente o último episódio, que mostrou o que cada uma das personagens escolheu. Não é que as aventuras e desventuras sejam más, a verdade é que até são bastante interessantes. Mas como são muitas personagens é difícil manter o foco e por vezes perdi-me (sobretudo quando ainda não sabia o nome das raparigas todas)

O mundo está muito bem construído e, mais do que os dramas pessoais das moças, é isso o que torna este anime extremamente interessante.

A animação é inconsistente. Os designs estão bem concebidos, sobretudo para a maquinaria (que se baseia nos chamados "helical motors") mas esta é feita em CG. O CG integra-se bem na maior parte das vezes, mas cansa. Por outro lado, a animação das pessoas está um pouco descuidada em alguns momentos, o que corta o efeito de belo que poderia ter.

A banda sonora é muito completa e original, mas a sua aplicação é errónea e anti-climatiza imensos momentos, com uma ironia que não se aplica à história em causa.

Mas, no geral, um anime muito bom. O culminar da história (Aeru - A maior forma de amor) é uma maneira muito bonita de acabar. O universo é fantástico. Não lhe dei melhor nota por causa da animação e música, mas recomendo vivamente, sobretudo para quem  - como eu - se venha a iniciar neste universo do shoujo-ai.


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