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12.6.13

Até à Eternidade

Até à Eternidade
Fred Zinnemann
Filme
1953
7 em 10

O terceiro filme das Sessões Clássicas no Corte Inglés, depois de Taxi Driver e Lawrence da Arábia. Desta vez conseguimos, três de nós, ganhar os convites da Metropolis e ir à ante-estreia com um grupo jeitoso. Mais uma vez, estavam senhores a falar. São críticos de cinema, e eu até sigo o blogue de um, mas e saber os nomes deles? Explicaram que este foi um filme revolucionário por abordar o exército de outra forma e spoilaram o final sem querer... Bem, o senhor avisou que não gostava de falar de filmes antes de as pessoas o verem porque tinha sempre medo de contar alguma coisa. Isso também me acontece muito e às vezes eu faço spoilers fenomenais sem sequer perceber... Desculpem! Enfim, aqui está o poster que recebemos desta vez:



Pois bem, eu fui para este filme sem fazer ideia do que era. Como tinha o Frank Sinatra estava convencida de que era um musical. E pensava que era a cores. Afinal era a preto e branco e é um filme trágico sobre a vida na ilha de Pearl Harbour imediatamente antes do bombardeamento.

O filme foi baseado num livro que relata a vida dos soldados de um agrupamento e os maus tratos injustificáveis que um deles vive, sob o pretexto de o fazer juntar à equipa de boxe. Também tem duas histórias de amor paralelas, bastante avant-garde para a época. A cena do cartaz, o beijo na praia foi revolucionária e chegou a ser censurada pelo seu erotismo implícito.

A história é imprevisível e crua, caracterizando o exército americano de uma forma distinta da maioria dos filmes do género, nessa época ou na nossa. Em vez de colocar os soldados como heróis coloca-os como seres humanos, todos eles pejados de defeitos que seriam inconcebíveis para um soldado. A história não acaba bem, o que é uma variação muito grande, nem poderia acabar bem se quisermos ser realistas, coisa que o filme é.

Os actores fazem trabalhos muito bons, transportando os sentimentos diversos dos seus personagens até ao limite do final, inesperado. Apesar do oscar, não achei que Sinatra fosse o mais brilhante entre eles.

Temos muita música, mas ela é utilizada de forma sábia, nunca trazendo alegria mesmo nas situações que supostamente o são. É irónica.

No fundo, um grande clássico que não devem perder. A versão pareceu-me bem restaurada, sem os grânulos habituais nas nossas sessões a preto e branco do canal Hollywood (mais ainda assim com alguns). Segundo li, já havia cores nesta altura, mas o realizador optou pelo preto e branco ou o filme não seria levado a sério. E realmente é este monocromatismo que dá a intensidade trágica à história.

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