Pedra-Pão
Circolando
2012
Teatro
7 em 10
Ganhei um bilhete duplo para esta peça no Facebook e lá fui eu com o meu amigo imaginário!
Isto é uma peça falada numa língua que não é língua, uma mistura de palavras que não precisam de ter sentido. A história é explicada pelas acções e pela metamorfose do cenário. Três pobres tristes, que parecem viver num lugar assolado pela guerra, têm fome. Querem comer uma pedra, mas não conseguem. Mas, por uma magia qualquer, a pedra transforma-se num pão. À medida que vai decorrendo vamos vendo que eles estão a fazer mal uns aos outros, mas que ainda assim precisam uns dos outros.
Mas por mais que eu tente descrever isto é uma coisa sem explicação. Os actores têm um trabalho físico e biomecânico perfeito, de uma leveza e elasticidade surpreendentes que tornam os personagens quase animais, aprofundando ainda mais o universo distópico para onde fomos levados. Todo o cenário está em permanente transformação, com coisas que deslizam, rodam, se abrem, se fecham e se desfazem. Assim passamos de casa a restaurante, de restaurante a quarto e muitos outros lugares.
É uma peça bizarra, mas muito divertida. Dizia a Joana que isto tem um
significado oculto. É capaz de ter, mas não pensei muito nisso.
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