Kemono no Souja Erin
Hamana Takayuki - Production I.G.
Anime - 50 Episódios
2009
8 em 10
Vou a ver os dados sobre isto e descubro que afinal é um anime para crianças. Pensando nisso, certamente eu veria este anime com a minha irmã-macaca ou com o meu afilhado-babe.
"Erin, a Rapariga dos Animais" (ou "Beast Player Erin", como traduziram em inglês). Série longa, apresentada por uma miudinha de cabelo verde. Nada apelativo para o fã de anime normal, não é? Mas as coisas não são o que parecem. Neste anime acompanhamos a vida de Erin, o seu crescimento, a sua maturação e a sua relação com os outros, que encontra ao longo do tempo, que se tornam seus amigos, companheiros e protectores, fascinados pela sua paixão por aprender.
Esta personagem é algo de absolutamente fenomenal. De criança a mulher, vida pontuada por certos eventos traumáticos (spoiler 1, sobretudo), vemos um progresso notável, suportado por uma personalidade forte, marcada pela sua capacidade de aprendizagem, de reparar nos detalhes e, sobretudo, de gostar das bestas. Nisto este anime ensina-nos grandes lições sobre a nossa relação com os animais e com a natureza em geral. Trata bem os teus animais e eles vão tratar-te bem a ti. No fundo, isto é um anime sobre veterinários. Não concordo muito com os métodos de diagnóstico deles, muito menos com os tratamentos de urgência, mas imagino que na "época" em que isto é passado talvez fosse complicado fazer as minhas primeiras opções.
Outra coisa em que este anime se excede: na criação do universo. Isto é um universo fantástico, simples mas muito sólido, com a sua própria língua (evidenciada pela escrita), com os seus próprios mitos e folclore, com os seus padrões, as suas tribos e a sua música. A fauna fantástica, Toudas (os lagartões) e os "beast-lords" (os lobos gigantes com asas), está extremamente bem concebida, indo ao detalhe dos hábitos sociais e de procriação. O anime não mente às crianças: mostra-lhes o mundo natural tal como ele é, desde o nascimento até à morte.
No entanto a arte deixa-me dividida. Se por um lado temos sequências muito originais com recurso a outro tipo de animação, mais pictórica e conceptual, e cenas de animação extremamente bem concebidas (especialmente no voo de Lilan), por outro lado há um recurso exagerado a flashbacks, sobretudo do spoiler 1. É interessante reparar que, não omitindo nada, este anime não é gráfico. Sim, mostra sangue. Pessoas mortas. Toudas a comerem e a serem comidos. Mas não é nada que cause pesadelos. Acho eu?
Em termos de música, toda ela é bastante bonita, mas um pouco repetitiva devido ao uso frequente ao longo da série. Gostei especialmente da ED1 e da OP2, cantada num estilo de enka muito apropriado ao sentido de maturidade da segunda parte do anime.
Em resumo, belíssimo anime, adorei. Vou definitivamente fazer cosplay de Erin. Já comecei a procurar perucas, mas não estou com muita sorte.
Atenção
Os vencedores do Dar-Embora! Por favor contactem-me que não estou a conseguir contactar-vos. São eles:
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