Aftersun
Charlotte Wells
2022
Filme
6 em 10
Um pai extremamente jovem e a sua filha de 11 anos passam férias num resort nos anos 90. A filha tem uma videocamera e está a fazer uma reportagem das suas férias, e o pai parece não se estar a divertir muito. Pelo meio aparecem estranhas cenas um pouco surreais da filha em adulta a dançar numa festa, enquanto o pai - ainda jovem - também dança loucamente e ela se tenta aproximar, sem nunca lhe chegar. O que se passa aqui?
Um filme pleno de simbolismo, que fala sobre a memória, sobre o que gostaríamos de guardar na memória, sobre o que desejaríamos que fosse a nossa memória. Apenas as coisas boas, ou gostaríamos de guardar também as discussões, os traumas, a morte?
Apesar do seu valor simbólico, penso que este filme - triste e melancólico - se perde um pouco na sua característica slice-of-life e se estende durante um tempo demasiado longo. Poderia ser mesmo uma curta para que compreendêssemos o seu significado profundo, sem nos perdermos em detalhes que pouco acrescentam à história, que não se trata de um coming of age, mas de um exercício de luto.
Assim, o filme acaba por empalidecer perante o que poderia ter sido.
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