pink
Okazaki Kyoko
Manga - 20 Capítulos / 1 Volume
1989
6 em 10
Este manga foi-me recomendado na Roleta da Geringonça.
Ao início fiquei muito contente por poder ler este manga, Pink, porque parecia mesmo a minha onda. Papei todo à hora de almoço do trabalho.
Se este manga aparece como uma espécie de crítica pessoal à rapariga "moderna", a gal que dedica o seu tempo ao aspecto e a coisas bizarras, a personagem que a autora escolheu para caracterizar as gals é tão oca, tão vazia e tão destituída de conteúdo que é impossível encontrar qualquer ponto de identificação com ela. Ela na verdade não ama, não gosta, não faz nada. Só faz porque pode. E porque pode, será que quer? Esta dicotomia também é uma crítica, mas é muito difícil de compreender uma personagem que não tem nada onde pegar.
Achei curiosa também a "patada" que a autora dá aos escritores literários: afinal aquele rapaz não faz um livro, ele junta bocados de outros e acaba por ganhar o prémio. No fundo, é uma maneira muito ácida e picante de dizer ao mundo que a grande cidade está toda ao contrário.
Apesar de tudo isso, aliado à transparência de Yumi, a autora usa referências sexuais estranhas e perturbadoras, que não parecem corresponder a uma realidade física.
Assim, todo o manga passa como se nada estivesse a acontecer, como se tudo fosse um género de fantasia. O recurso do crocodilo perde-se no vazio de Yumi.
Apesar de ser um manga muito curioso pelos temas que apresenta, a forma como está construído dá-lhe a montra final de 6/10. Obrigada!
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