Boogie Nights
Paul Thomas Anderson
1997
Filme
6 em 10
Dizia-me o Qui que este filme é uma grande lição em cinema. Na verdade, sim, é. E eu gostei imenso do filme, que até agora me estou a rir com ele. No entanto, alguns detalhes impedem-me de dar uma nota superior. Vejamos.
Este filme fala sobre o início da indústria da pornografia tal como a conhecemos (será que conhecemos?). Um realizador de filmes pornográficos descobre um rapaz, que se passará a chamar Dirk Diggler, que tem um pénis gigantesco. Logo, ganha a fama e o poder. No entanto, a fata de formação aparente neste grupo de rejeitados e um consumo de drogas desenfreado, leva à quebra das relações entre eles e a um lugar do género fundo do poço. Felizmente, temos um final essperançoso e agradável.
Apesar da relação entre os personagens ser o foco principal da história, como se tivéssemos aqui uma família de pessoas altamente perturbadas que se unem na causa comum de fazer pornografia, e de termos algumas revelações bastante fortes no contexto da narrativa, penso que o autor poderia ter utilizado menos este filme como uma diversão e estudo de personagem e mais como forma de demarcar uma posição e lançar para o ar algumas dúvidas e opiniões que, sem dúvida, assolam o mundo retratado. Falo, por exemplo, da prostituição, das doenças sexualmente transmissíveis, do tráfico humano, etc. O autor parece evitar propositadamente estes assuntos, de forma a fazer um filme contente em que acaba tudo pelo melhor, mas isso, para mim, parece-me menos um erro do que uma irresponsabilidade social.
De resto, temos algumas cenas de grande qualidade cinematográfica, com uma banda sonora inesquecível, e uma sucessão de cenas altamente divertidas que certamente nos ficarão guardadas na memória!
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