Irmãos Catita
Concerto
A propósito do Festival Internacional de Teatro de Almada, inauguraram os Irmãos Catita, banda tão respeitada no círculo cultural, o espaço "café-concerto": concertos na esplanada de um dos palcos participantes neste festival.
Pois que chegámos na dúvida se o concerto seria à meia-noite ou uma hora antes: na agenda dizia uma coisa, depois eventos diversos na internet diziam coisas diferentes. Mas, pelos vistos, chegámos a tempo. Imediatamente constatámos que a maior parte do público presente era uma fila interminável para a obtenção de fontes de hidratação. Decidimos ir buscar as ditas cujas ao café do lado.
Mais tarde, começa o concerto. Percebe-se de imediato que algo errado se passa: a voz não se ouve. Mais especificamente, a voz do Vieira não se ouve. Tudo o resto se ouve, menos a voz do senhor. Felizmente, este consegue lidar com a situação que nem um lord, hidratando-se com coptios oferecidos por caridosos voluntários. Tantas vezes ignorados foram eles, mas sempre voltaram, sempre regressaram, com os copos necessários para a hidratação da banda.
As músicas eram sabidas de todos nós, de todos nós menos da própria banda. Vieira admite-o logo ao início, demonstrando soberbo talento na leitura da letra escrita num tablet. Claro que, de vez em quando, havia coisas que estavam mal escritas, pela ordem errada ou que não faziam sentido. Mas, que mal tem isso?
De resto, foi um concerto realmente divertido, porque estas letras, estas músicas, são tanto badalhocas como quase surrealistas. E é nesta falta de sentido que está a verdadeira diversão de ouvir esta banda.
As condições não terão sido as melhores, mas não teria escolhido outro programa para a noite.
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