Aura
Carlos Fuentes
1962
Novela
Quase um conto, com apenas oitenta páginas, um livrinho diminuto que se lê em meia hora no café.
O aspecto mais curioso será o facto de que está narrado na segunda pessoa do singular, coisa que vejo muito raramente. Isto acaba por tornar a identificação com a situação, pela parte do leitor, muito mais directa e simples, como se Felipe - o personagem - pudesse ser qualquer um de nós. Como se qualquer um de nós reagisse daquela forma à situação relatada.
Esta, para não revelar o mistério, é simples e já muitas vezes vista, acabando também por ser um pouco previsível. No entanto, a forma como tudo está narrado torna tudo muito mais denso do que seria de outra forma, transmitindo a estranheza do surreal e a variedade de emoções dos intervenientes.
Um pequeno exercício de surrealismo, sem dúvida muito bem montado.
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