Starship Troopers
Robert A. Heinlein
1959
Ficção Científica
Há quanto tempo não pegava no meu Kobo? Foi tempo de lhe dar uma ensaboadela e começar a ler um pouco de ficção-científica, para variar ligeiramente da literatura clássica. :)
Tudo o que eu sabia sobre Starship Troopers é que deu um filme de Série B e que tinha baratas gigantes. Será que eu ia conseguir ler o livro até ao fim? Na verdade, tornou-se uma experiência bastante diferente daquilo que estava à espera. De certo modo, a parte me que mais me surpreendeu foi o facto de ter sido escrito em 59 e ter tantos conceitos revolucionários para a época.
Mas no fundo, podemos encarar este livro como uma espécie de spot publicitário para o recrutamento militar. Num universo futuro, em que as pessoas não são livres de votar se não tiverem servido no exército e em que se lutam frequentes guerras espaciais, um jovem recruta-se por mero acidente. O livro relata o seu caminho enquanto cadete e, depois, como soldado e a forma como acaba por encontrar sucesso. Tudo isto povoado por grandes diálogos e debates com professores que demonstram o quanto a guerra é uma coisa excelente.
O que não me parece ser uma coisa muito moralizante para qualquer época.
No fundo, o livro é um retrato das opiniões do autor sobre aquilo que seria o seu mundo utópico. São ideias extraordinárias para a época, mas ainda assim não posso dizer que concorde com elas. O tema da ficção científica acaba por ser um pouco paralelo, já que as partes que nutrem mais interesse são aquelas passadas no universo dito "normal", enquanto que todas as cenas relativas aos aracnídeos (as tais baratas gigantes) acabam por se tornar desnecessárias e um pouco cansativas.
No entanto, é um livro extraordinário para a sua época e para qualquer pessoa que aprecie o facto de se matarem outras pessoas de forma legal e organizada.
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