Thirst
Park Chan-wook
Filme
2009
6 em 10
Estava com o Qui cá em casa quando ele pega num livro da Anne Rice que tinha acabado de receber pelo correio. Depois de o folhear, enquanto eu punha a minha mais recente photoshoot de cosplay na net, teve a ideia de vermos este filme sobre vampiros. Mas um filme coreano. O que é sempre uma perspectiva diferente da nossa história clássica.
Um padre católico oferece-se para uma experiência científica em que, certamente, encontrará a sua morte. Acidentalmente, após uma transfusão de sangue, torna-se num... Vampiro! E assim começa a ganhar traços animalescos que lhe permitem estabelecer uma relação com a mulher do melhor amigo.
A história demora a arrancar, podendo mesmo ser um pouco confusa ao início. Só a partir do meio é que temos realmente a história de vampiros. Até lá, é uma narrativa de amores cruzados. Felizmente temos um conjunto de personagens fortes, com uma caracterização do "vampiro" enquanto criatura bastante original: estas pessoas perdem os seus traços iniciais, de pureza e de bondade, acabando por se transformar em verdadeiros animais selvagens, apenas importados com a caça, com o sangue e com a consumação dos prazeres mais directos.
As atitudes dos personagens vão sempre deixando algum tipo de dúvida sobre o que vai acontecer. No entanto, o melhor trabalho de actor vai para uma não-vampira: a mãe. Esta personagem emana um poder sobre as outras e está excelentemente interpretada.
De resto, há um certo exagero no sangue, um certo exagero no sexo, um certo exagero nos diálogos e, sobretudo, alguns efeitos especiais (sobretudo de perspectiva) com muito maus acabamentos. Felizmente o filme tem bastantes momentos de humor, algumas cenas à la "Destino Final" e uma secção que me pareceu hilariante, que foi a do morto com a pedra em cima.
Foi um filme diferente do que estava à espera, mas sempre é uma ideia interessante.
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