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20.7.15

Sailor Moon: Crystal

Sailor Moon: Crystal
Sakai Munehisa - Toei Animation
Anime - 26 Episódios
2014
10 em 10 

Sailor Moon foi o anime e manga que me convenceram. Nesses tempos idos, em que eu vi as repetições na televisão uma e outra e outra e outra vez, Sailor Moon salvou-me, levou-me a outros mundos, tornou-me na fã inveterada que sou hoje. Foi o primeiro manga que li, ainda em Francês. Foi a minha primeira fanfiction. Foi o meu primeiro muita coisa. Assim, quando foi anunciado o remake, fiquei mesmo muito feliz. E por isso é que é um 10 em 10. Esta série tem muitos defeitos de ordem técnica. Não é uma série perfeita. Está classificada muito mal em sites de reviews. Mas eu amo isto de todo o coração. E a nota 10, para mim, não é para coisas perfeitas. É para coisas que me dão um prazer do outro mundo quando as vejo. São para coisas que eu adoro. É para coisas que fazem pequenas explosões no meu cérebro, ou grandes explosões no meu coração. Para as coisas perfeitas há o 9. Para coisas do outro mundo há o 10. Sailor Moon é um deles e sempre será, por mais remakes ou antimakes que façam.

Este remake pega na história original do manga, sem a corruptela das séries dos anos 90. Todos sabemos a história: uma jovem taralhoca ganha o poder de se transformar na Sailor Moon e proteger o mundo contra males variados, lutando pelo amor e pela justiça. Apesar da origem ser a mesma, a narrativa toma um rumo bastante diferente. Esta é uma série mais negra, mais adulta, com mais seriedade, apesar de ainda manter toda a magia que recordávamos. Em "Crystal" são-nos apresentados os dois primeiros arcos da história. São-nos apresentadas as personagens e elas vivem aventuras diversas, contra entidades maléficas cada vez mais poderosas.

Tanto umas como outras levaram as minhas emoções aos píncaros. As nossas personagens, as Sailor Senshi, estão caracterizadas tal qual como eu me lembrava no manga, se calhar ainda melhores. Cada uma é única e estabelecem elas força motriz para serem exemplos, das quais outras personagens de outras séries foram copiadas. Há episódios dedicados a cada uma delas, mas a sua força revela-se quando há cenas em que realmente são precisos os seus poderes. Uma das maiores críticas foi dada a Usagi Tsukino: "tem sempre de ser salva pelo Mascarado". Se isso era real no anime do antigamente, aqui acontece exactamente o oposto: Sailor Moon salva Tuxedo Kamen cada vez mais frequentemente, já que ele é tão facilmente corrompido pelas entidades do mal. São adequadas e encantadoras as vozes, que dão muita personalidade (e muito específicas) a cada uma das personagens.

A arte é o ponto mais criticado. Creio que o mundo não estava preparado para estes designs. Pessoalmente, sendo fã inveterada do estilo de Naoko Takeuchi, achei-os lindíssimos. As expressões são perfeitas e há aqui um classissismo que faltava nos anos 90, que traz grande beleza a todas as imagens paradas. Os cenários não são muito detalhados, mas têm a densidade suficiente para se fazerem entender, com grande uso de cores pastel que dão um contexto muito interessante ao aspecto gráfico da série. Temos de admitir que por vezes, até mesmo frequentemente, há erros graves de animação e proporção, mas temos também de considerar que, enquanto série original para a internet, o valor de produção não está muito elevado. Pessoalmente, gostei imenso das cenas de transformação, inseridas como uma espécie de homenagem às séries originais. Apesar de serem em animação puramente digital, um CG com cell shading que tem vindo a ganhar popularidade ultimamente, achei-as bastante bem feitas para o que a produção exigia e estavam muito adequadas e fieis ao espírito inicial.

Musicalmente, senti um pouco falta do tema da caixa de música, que adorava de paixão, mas a banda sonora está bastante completa e adequada às cenas. A OP tem muita energia e transmite com exactidão o espírito da série, sendo que a ED, mais romântica, nos leva a viajar pelo mundo da lua.

E assim, é o mundo da lua. Feito um motel, onde os deuses e as deusas se abraçam e beijam no céu. Para mim, a série que marcou o ano e, quiçá, a década. De todos os remakes que têm feito ultimamente, este foi o que me marcou. Fielmente, de duas em duas semanas, largar tudo para ver o episódio do início ao fim, sem saltar uma única parte. Senti-me como se fosse outra vez uma miúda caixa de óculos, sentada em frente da televisão religiosamente, para ver a série preferida. Espero que todos vós tenham uma série como esta no vosso coração.

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