Enter the Void
Gaspar Noé
Filme
2009
5 em 10
Se o primeiro filme até foi bastante simpático, este segundo foi uma experiência terrível. Gosto de filmes dignos de tripanário, mas parece-me que neste dia em que o vi... Bem, não foi o melhor dia. Não me encontrava mentalmente preparada.
Tudo começa com um conjunto de créditos altamente epilépticos. Depois, tudo começa. Com Oscar, um dealer e adicto às mais variadas drogas, a fumar um poucochinho de DMT. Rapidamente entramos num conjunto de animações alucinadas. Mas depois Oscar morre. Mas a trip dele continua. Conhecemos a sua vida passada, os eventos traumáticos e tudo o mais, e ficamos a saber o que acontece à sua família e amigos.
Tudo isto com muitos momentos de animação colorida e muitas cenas de sexo explícito. E muitas cenas do evento traumático, repetidas, repetidas. Música atemorizante. Grandes vistas da cidade de Tóquio por cima, pois isto se passa tudo numa Tóquio negra, neon e exasperante. E, o pior disto tudo, um truque de câmara recorrente em que ela anda à volta, gira, giratória, não para de girar.
Todo o filme se passa na primeira pessoa. Isto é, nunca vemos o personagem principal, excepto num espelho. De resto está sempre de costas. Isto é interessante ao início, mas - misturado com o psicadelismo constante e a música tensa - acaba por ser muito cansativo. Confesso que isto girava tanto que eu já estava cheia de dores de cabeça.
De resto, é altamente explícito em todos os temas sexuais. Como eu não tenho necessidade de ver estas coisas, acabei por me virar para o outro lado quase no fim do filme e perder estas partes essenciais. Já estava fartíssima. Porque na verdade, o filme nunca mais acaba. São quase três horas de trip, mas nem sequer é uma boa trip.
Só lhe dou cinco porque algumas animações estão muito bem feitas. De resto, foi uma experiência para esquecer (e tinha quase a certeza que ia ter pesadelos, mas ainda bem que não tive)
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