Karneval
Suganama Eiji - Bandai Visual
Anime - 13 Episódios
2013
6 em 10
Continuando, estação da Primavera... Quem sou eu para recusar ver um anime cheio de entidades masculinas bonitas? Sou o eu de agora: a partir de Karneval vou passar este tipo de anime de agora em diante. Porque já não tenho vagar para estas coisas. E estas coisas são o chamado "fujoshi pandering". O que é este conceito? É quando um anime tem uma palete de gajos giros por onde escolher, que fazem coisas de gajos giros e têm uma certa tendência subliminar meio homoerótica (mas não completamente, muito discreto), mas que são giros e como são giros as gajas babam-se e as gajas gostam e as gajas papam. Pois que eu não seja gaja se vou papar isto! Porque depois de já ter passado toda a minha adolescência a papar isto e a delirar com isto e a babar-me para os gajos dos bonecos que são tão giros... Eu cresci e eu estou FARTA. Eu quero anime BOM. Se o anime for BOM e tiver gajos giros: ÓPTIMO. Yang Wenli todos os dias da minha vida. Kusuriuri aos fins de semana.
Mas vamos ver, porque é que eu tenho esta opinião sobre Karneval se todas as reviews que tenho lido, com excepção de uma ou outra, lhe dão um retumbante dez em dez?
Comecemos pela história. Confesso que me perdi, porque ela realmente não faz muito sentido. Então temos um gajo (giro) que está preso e outro gajo (giro) que o liberta, então vão juntos e são perseguidos, então vão parar a um sítio que os defende que é um circo e que tem coelhos e então eles lutam e procuram um outro gajo (que deverá ser giro) que está perdido, mas lutam contra o mal de qualquer forma, porque se são os personagens principais (e são giros) é porque devem ser boas pessoas. Não, sentido está em falta, cadê sentido? Alô?
Claro que isto poderia ser compensado com personagens fortes, que estariam no meio de uma história tão circense por mero acaso do destino. Não. Não é o caso. Todos os personagens, sem excepção, são uns coitadinhos. O das orelhas é um coitadinho, o ladrão é um coitadinho, as gajas são muita carismáticas mas continuam todas a ser umas coitadinhas, o médico é um coitadinho, toda a gente é coitadinha. Tenho tanta pena deles. Tanta. Imensa. Assim deste tamanho: (...)
No parênquima sonoro nada que se distinga da normalidade. Vamos admitir que a OP está interessante e que se o anime correspondesse à animação da OP teríamos algo muito mais fascinante. E vamos admitir, vamos mesmo, porque é verdade, que a arte está bastante boa. É colorida, é vívida, os designs dos monstros e das roupas estão muito interessantes. E reparo com este anime que os 10s têm uma nova tendência no design shoujo. Observemos:
Um coitadinho qualquer
Cabelos separados em madeixas, cada uma com a sua sombra, pestanas longas (back to the 70s?) e olhos mais apertados em personagens adultas, nariz comprido e linha do maxilar longa e forte. Mãos típicas de BL, grandes e poderosas (ler com sotaque brasileiro).
Não desgosto desta tendência, por acaso, só achei curioso e achei por bem reparar nela neste post.
Enfim, Karneval pode ser medíocre, mas aprendi uma grande lição com ele: não mais ver anime quando a única razão para o ver é "tem gajos giros". Vamos ser um pouco mais selectivas, não vamos Lady? Afinal, se quiseres ver um gajo giro já não precisas de ver anime!
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