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5.9.12

Tales of the Abyss

Tales of the Abyss
Kodama Kenji - Sunrise
Anime - 26 Episódios
2009
6 em 10

Devo, antes de mais nada, fazer notar que eu nunca joguei este jogo, e provavelmente nunca o irei jogar. Assim sendo, a minha impressão do anime limita-se a isso: ao anime.

Houve uma época da minha vida em que eu meti na cabeça que havia de ver toda a série Tales. E assim fui vendo todos os Tales, incluindo os Ef~Tales, que nem sequer têm nada a haver. Finalmente chegou a vez dos the Abyss. De entre todos, possivelmente foi o que me agradou mais.

A história é complexa e envolve muitos detalhes mágicos que terão que ver com uns "fonistas" (eu vi isto com subs  espanholas). No fundo, há uma relação com o som e com a música, que me pareceu bastante mal explorada (a Tear, uma das fulanas, tem um ataque em que canta, mas é um ataque muito parvo. Porque põe toda a gente a dormir e ela só o usa quando já estão quase a perder) O universo está bastante bem construído, com uma fauna própria composta de criaturas monstruosas e de uma mascote de voz kawaii que, como todas as mascotes, não serve para absolutamente nada. A história vive das relações entre os personagens, mesmo coisas tão importantes como declarar guerra a outro país. Estes... São muitos. Mais do que suficientes. Demasiados. Eles têm um passado que os atormenta, ou promessas ou coisas que os fazem sentir mal, mas não têm um futuro. Excepto o personagem principal, que tem um crescimento evidente desde os primeiros episódios, em que passa de principezinho mimado a adulto após confrontação com revelações sobre a sua existência. Os maus são sempre maus, as querelas baseiam-se em ideiais de vida que dependem dos conceitos mitológicos apresentados ao longo do anime.

Temos uma arte colorida e fofa, com designs de personagens interessantes (e cosplayáveis. Se mudassem de roupa. E se desse para fazer um skit de jeito com eles). Cabelos e olhos brilhantes, um ambiente muito vivo. Temos cenas de animação bastante boas, lutas intensas e por vezes complexas. Em vez de um mano-a-mano podemos encontrar vários aliados contra um único inimigo. Mas estes inimigos são irónicamente fracos, estão a lutar com eles durante 10 minutos em que parece que nunca enfraquecem e depois basta um golpe para os destruir. Um erro, aliás, bastante comum no anime.

Em termos de música, todas as peças são bastante vulgares, excepto uma melodia em piano inserida em episódios mais tardios que trás bastante intensidade aos momentos. Gostei da OP, nem tanto da ED. As vozes começam por ser bastante irritantes mas evoluem com os personagens. No entanto, nesta evolução, não se distinguem nem se fazem distinguir.

Um anime que se vê e que até é agradável sem fugir ao cliché. Deu-me vontade de jogar o jogo, o que significa que cumpriu com o seu objectivo publicitário.

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