J. Edgar
Clint Eastwood
Filme
2011
7 em 10
Por alguma razão a minha mãe achava que, por fazer de homem mais velho, o Leonardo DiCaprio estava nomeado para os óscares. Por isso fomos ver este filme.
Enfim, digamos que o Clint Eastwood pode ser um grande cowboy mas que os filmes dele são sempre a mesma coisa. São sempre uma seca. São lentos sem necessidade e sem serem contemplativos, insistem em detalhes irrelevantes que não adicionam nada à caracterização. Este filme peca pelo mesmo.
Uma pretensa biografia de J. Edgar Hoovers, primeiro e uno director do FBI, este filme foca-se no personagem em si e deixa de lado a envolvência política e factual da história. Leonardo DiCaprio faz um excelente papel caracterizando Hoovers, um homem obsessivo, paranóico e, no geral, uma má pessoa. Infelizmente Hoovers não deve ter sido muito mais do que obsessivo, paranóico e má pessoa, porque não há a menor inflexão destes factores para ilustrar melhor a personagem. Talvez seja culpa de DiCaprio. Talvez seja culpa do argumentista. Provavelmente culpa dos dois mais do Clint Eastwood, que olhou para isto tudo e deu OK.
A parte divertida deste filme é o segredo de Hoovers. Ele não deixa de ser mau mas, aparentemente, tem a capacidade de amar. E, spoiler, ele ama o seu adjunto e a modos que são os dois gays e a modos que isso proporciona cenas mega fofinhas entre os dois velhotes. Infelizmente a intensidade da sua relação acaba por não ser bem ilustrada e cai um pouco no ridículo em algumas partes. Também há a cena bonita do fulano a sair do armário, vestindo o armário da sua falecida mãe (com a qual tem uma relação um pouco estranha mas que também saiu um bocado mal definida).
É um bom filme, mas tem montes de defeitos. 7 porque o Leo é um bom actor e a sua caracterização e maquilhagem estão muito bem feitas.
O objectivo deste filme era o de focar-se na mais na pessoa íntima do que na pessoa pública, mas seja a verdade dita: não há muita informação sobre quem era mesmo o J. Edgar.
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