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Spike Jonze
2013
Filme
7 em 10
Um ensaio sobre a solidão.
Num universo tecnológico, muito aproximado à nossa realidade, um recém-divorciado encontra problemas em relacionar-se. Tudo muda quando adquire um sistema operativo com inteligência artifical, que se revela com uma identidade quase humana. E, humano e máquina, apaixonam-se.
Este filme é muito curioso porque apresenta a possibilidade de combater a solidão através das máquinas, ao mesmo tempo que permite o debate sobre o que é a realidade humana e o significado do amor. Neste debate, chego à conclusão de que toda esta sociedade (quase distópica) sofre do mesmo problema do nosso personagem principal, o que nos remete para o nosso próprio momento. Estamos tão desesperados por interacção que aceitamos a interacção da máquina como se fosse humana?
Com cenários simples e limpos, e uma luminosidade igualmente limpa, este filme é tecnicamente competente e vale, sobretudo, pela apresentação deste debate. Os personagens são palpáveis e apaixonantes. Fica em falha a conclusão, que talvez pudesse ser mais contemplativa.
De resto, recomendo.
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