Lawrence Durrell
1982
Romance
Passamos ao terceiro livro do Quinteto de Avignon. Aqui falamos mais sobre a personagem de Constance, tendo como ponto de partida os dois escritores, que são um e o mesmo e parte um do outro. Neste volume os personagens entram num ponto de não retorno: a guerra. E, devo dizer, aqui está a forma mais original de falar da guerra que alguma vez encontrei.
A guerra está presente e afecta todos os personagens de uma ou de outra maneira, mas aparece como um cenário de fundo. Isto é, os personagens não são integrantes dos horrores da guerra e estão a viver as suas vidas normais, ajustadas a esta nova realidade. Isto faz com que o fim da guerra pareça mais horrendo que a própria guerra, o que é impressionante e muito diferente do habitual.
A escrita mantém-se erudita, mas com uma simplicidade narrativa que nos permite entrar no âmago de cada uma destas pessoas e conhecê-las, assim como aos seus anseios e vontades. É, verdadeiramente, uma escrita de mestre.
Sem comentários:
Enviar um comentário