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22.6.16

Anicomics Lisboa 2016

Anicomics Lisboa 2016
Evento

Já vou atrasada a escrever este portentoso comentário. Aliás, começo a escrevê-lo hoje, Segunda-Feira, e não tenho a certeza de que o consiga terminar em tempo coerente por motivos de cansaço. Na verdade, termino-o agora, Quarta-Feira. Ontem cheguei a casa e não me mantinha em pé, porque realmente foi um evento muito agitado para mim. Mas, falemos aqui de toda esta situação!
Ora, tudo começou muito antes do evento propriamente dito. Começou no início do ano, quando decidi fazer um novo fato para participar no concurso normal do Anicomics. Subitamente, a minha colega marca férias para o Sábado do evento! Não! Mas eu pensei... "Ainda posso ir ao ECG!" Porque tudo o que eu queria, queria mesmo, era fazer um sukito. Qual o meu horror quando soube que o ECG também ia ser no Sábado! Ora, em casual conversa na zona de fumantes do Iberanime, encontrei a mente que ordena e manipula os acontecimentos deste evento, o Mário. E disse-lhe isto e ele disse "olha, mas podes ir ao show :)" E eu fiquei... Yay! Passado um tempo, confirmei que realmente a situação era verdadeira e podia efectivamente ir ao show: como se uma pessoa mediocremente miserável como eu, mero insecto na grande escala divina da humanidade, tivesse realmente a importância devida para participar em coisa de tal importância! Portanto, preparei-me da melhor forma possível para fazer um sukito que tinha planeado há séculos, anos talvez!
Assim, terminei o meu fato (embora tenha ocorrido um acidente com as orelhas) e na Sexta-Feira fui ao local ensaiar. Infelizmente, o meu cérebro é do tamanho de um tremoço e fui estacionar na Alameda. De lá, vim carregada com um malão com o fato, um escadote e uma cesta com uma maçã... Para chegar ao local e ver lá escrito, em grandes letras "Assembleia Municipal". E o meu cérebro diminuto pensou... "isto não deve ser aqui, aqui eles devem estar a debater o aborto ou outra coisa qualquer". Felizmente, encontrei a Leonor (Grácias) a meio do caminho e ela disse-me que era realmente ali, que eles só debatiam as coisas uma vez por semana.
Lá chegada, reparei logo que o espaço era bem diferente do que o Anicomics sempre nos habituou. A própria estrutura aparentava ter capacidade para muito mais pessoas, o que seria uma coisa boa: afinal, a crítica principal nos anos anteriores era a falta de espaço. Entrando no auditório, vi que havia muito mais lugares sentados e que o palco era muito maior do que o habitual. Infelizmente, o palco - sendo maior - não era melhor que o anterior. Não sei, sempre nutri um carinho muito especial pelo palco da Biblioteca Orlando Ribeiro, que era acolhedor, simpático e, na realidade, excelente. Este novo palco tem muito potencial para muitos feitos, mas vi desde logo que o meu skit era muito pouco elaborado para o seu tamanho. Enfim, lá entreguei o meu audio ao Nhocas, que como sempre é o dominador do campo sonoro :) História curiosa, esta do audio: tinha ido almoçar com o meu pai e, quando me estava a ir embora, ocorreu-se-me que não tinha levado uma pen com o ficheiro. Assim, pedi à unidade parental masculina que me emprestasse uma pen e me deixasse ir ao seu computador sacar o ficheiro de um e-mail. A pen está cheia de discursos políticos destilando ódio, o que me parece algo excelente e merecido de ser partilhado. Talvez numa outra ocasião! =D
Tinha planeado ser a primeiríssima a chegar, mas tinha um grupo e um rapaz à minha frente, devido ao percalço da Alameda. Mas fiz a minha cena duas vezes, sendo que a dúzia de pessoas que estava a assistir pareceu achar-lhe graça. A Fátima (coração do Anicomics) deixou que eu abandonasse o meu escadote aos cuidados dos voluntários, sendo que o deixei disponível caso fosse necessário subir para algum local moderadamente alto.
Depois fui sair um bocadinho com o Qui e fui dormir para casa.
Sábado acordei com dores pavorosas no corpo todo e fui trabalhar. Provavelmente devido ao facto de ter carregado um escadote ao ombro. Depois o Qui deu-me um banho de Voltaren, para que eu me sentisse melhor e funcionou mais ou menos.

E assim chegamos ao

Evento Propriamente Dito

Cheguei por volta do meio-dia e fazia-se sentir um calor atroz. Desta feita, estacionei por debaixo do Fórum Lisboa. Pela primeira vez, reparei que havia um jardim, pleno de pessoas caninas que brincavam umas com as outras. Isso relaxou-me logo, pois amo estas criaturas inanas. Fui deixar a minha maleta pesada nos camarins e recuperar o meu escadote, que foi transferido para uma sala cheia de adereços, props, cenários e outros objectos fascinantes. Comentei que as pessoas, no geral, levam sempre coisas muito grandes, já que eu sou apreciadora do minimalismo cénico. No entanto, quem sou eu para falar o que quer que seja?! Eu tinha um motherfucking escadote! Um escadote inútil! Pesado e inútil!

Depois vagueei por aqui e por ali, em busca de pessoas para tirar fotos e com quem trocar dois ou três dedos (dedos a sério, não de conversa!). Assim, obtive um lamiré do espaço, agora com habitantes. Estava, sem dúvida, bem estruturado. Na entrada, podíamos partir para dois lados. Num deles estavam jogos, coisa que não me cativou de sobremaneira. Para o outro lado, encontrávamos imediatamente uma loja com belas t-shirts e,de seguida, um bar com comidas e bebidas. Depois, de um dos lados, uma imensa banca da Kingpin, recheada de BD e bonecos de grandes cabeças (Pops é o nome?), enquanto que do outro lado ilustradores e artistas (que são bons artistas). A grande vantagem deste espaço é que estava relativamente fresco, perante o calor que se sentia, e tinha lugar suficiente para todos nós.

Espaço por dentro 

 Espaço por fora

Apenas mais tarde, depois de ter encontrado a Ana-san (tínhamos combinado que eu lhe emprestaria o meu computador portátil, de nome Asimov, para ela dar o seu workshop de Japonês), descobri que no andar de cima também havia artistas (que são bons artistas). Tinha na minha posse um cartão multibanco e cinco euros em moedas, que gastei nos seguintes artigos:

  • Um livro chamado "Vampiros", BD tuga
  • Uma rifa da Bubble Tea que me deu direito a umas bolachas de koala
  • Uma rifa em que ganhei um marcador da Haruhi e um ceno para o telefone (o gato)
  • Um porta-chaves com uma disquete, já que o Qui havia pedido um subenire
  • Diversos cartões de pessoas giras
  • O booklet do evento
  • Algures no tempo e no espaço perdi a minha credencial :(
Ainda arrisquei perguntar a uma artista (que é boa artista) se tinha multibanco, já que lhe queria comprar a banca toda, mas ela olhou para mim como se eu fosse um tremoço com olhos. Era a moça que tem trajes típicos portugueses desenhados em estilo mega fixe.

Ora, tanto gastei os meus cinco euros em moedas que fiquei sem dinheiro para comprar água e lanche. O que revela a minha inteligência superior, um perfeito exemplo de Mulher Sapiens... Entretanto encontrei uma série de pessoas amorosas, com as quais estive conversando e actualizando as actualidades do universo cosplaico. Conheci as mocinhas que ganharam o ECG, que eram do Porto e que, como corresponde às pessoas do Porto, eram extremamente simpáticas e fofinhas e bem vestidas. No entretempo apoderei-me de uma garrafa de água que havia ficado abandonada perto destas pessoas benevolentes, afirmando para mim mesma que "o dono desta garrafa certamente que não tem herpes!" Encontrei as minhas amiguinhas piriri (que tenho a certeza que nunca sabem quem é que eu sou, porque estou sempre de fatos diferentes xD ) e estivemos a debater quem venceria num combate mortal, se a Elsa ou a Sailor Rita. Mais tarde, divertiram-se a puxar-me a cauda: fiquei muito feliz por esta ter sido um sucesso junto das pessoas baixinhas! =D

Pelas três horas da tarde fui-me vestir e saber quando deveria estar no backstage para o show. Disseram-me às quatro, sendo que depois me disseram às cinco (pois houve um atraso, o que é natural). Mas enfim, fui vestir-me.

E ia morrendo.

O meu fato, Holo de Spice and Wolf, consiste em três a quatro camadas de tecido. De lã, para ser mais exacta. Felizmente que a camisola era malha e tinha uns buraquinhos por onde entrava uma ligeira brisa. Achei por bem não por as orelhas, porque ficaram pavorosas (experimentei uma técnica nova, que não funcionou nada bem), mas o resto da construção do fato poderão analisar no meu Cosplay Portfolio, que actualizarei um dia destes. :)

Suando que nem uma lula gigante do oceano pacífico, mantive-me conversando com as pessoas simpáticas, que aturam a minha incapacidade social com toda a mestria (tomem um coração <3 ) e tirando fotografias diversas a pessoas diversas. O desapontamento despontava quando progressivamente constatei que ninguém me iria tirar uma foto. O que me deixa sempre um pouco triste, porque este cosplay deu uma trabalheira medonha e porque todos deviam ver esta série e ler as novels porque é uma série fixe. Mas olhem, faz parte da vida e assim ela continua. Se uma pessoa se for importar demasiado com estas coisas, acaba por não se divertir nada e ficar demasiado frustrada para continuar a progredir nos objectivos em que acredita. :)

Finalmente, fui para os camarins, onde um ar condicionado mantinha o ambiente minimamente habitável. Lá, diverti-me com as outras participantes a aparvalhar solenemente com o universo ao redor, partilhando canções memoráveis, como o techno cristão que um amigo descobriu no SoundCloud. Chegou perto de nós uma gaja mesmo linda vestida de WonderWoman e só muito mais tarde (para aí uns dez minutos depois de estar a falar com ela) é que percebi que era a Fátima e fiquei passada porque o fato lhe ficava belíssimo e eu não estava à espera e wow! Depois entrámos e a coisa foi mais ou menos assim:



Ora bem, foi a Ana-san que gravou e quando ela chegou ao backstage para me devolver a câmera disse que não tinha percebido nada. Fiquei horrorizada! Para começar, fiquei horrorizada porque os meus objectos não estavam nas posições facilitadas que tinha planeado e fiquei cheia de medo de ter feito figura de palerma no palco, ainda por cima numa situação tão importante como o show... Isto porque, por maior que seja a boa vontade dos voluntários (que merecem um forte abraço na cabeça <3 ), o cenário nunca fica exactamente montado como nós idealizamos em casa. Daí ser importante ter cenários minimalistas, o que não foi o caso. No entanto, depois de ver o vídeo, fiquei mais aliviada porque afinal até está com bom ar :) Agora, o facto de não se ter percebido é que me estranha, porque realmente não havia nada que perceber. Era apenas uma música sobre lobisomens (que é quase o caso da Holo, não fosse ela um lobo transformado em rapariga) para as pessoas baterem palminhas e dançarem com seus rabos nas cadeiras. Infelizmente, aconteceu algo que eu havia previsto mas que, de qualquer forma, não queria: não houve adesão e não houve palminhas nem rabos dançantes. Isto é, não houve o efeito multidão que se tinha no espacinho antigo: era tudo tão aconchegado que se uma pessoa se ria, toda a gente começava a rir também. Aqui, era tudo tão grande que, me parece, os números ficaram diluídos. Quero dizer que, apesar de ter a certeza de que o público foi tão vasto como em anos anteriores, o local era enorme o suficiente para parecer que não estava quase ninguém no evento... Algo a pensar para o futuro, talvez :)

De resto, a Ana-san cometeu a loucura simpática de gravar os skits todos do Show :) Portanto, deixo-vos aqui para os observarem! =D

Eu vi este sukito das laterais e vi o pânico que ocorreu. Portanto, gostaria de deixar a mensagem às meninas que o resultado final está maravilhoso, apesar do senão! :)

O meu foi o segundo e estaria aqui se eu não tivesse posto antes

 Sukito estreante para muitos participantes, que fixe! =D


 

 Quando ouvi os estrondosos gritos do público perante este sukito, percebi que a minha ideia do efeito multidão talvez fosse absolutamente despropositada... Confesso que me senti um pouco injustiçada, mas como pode o Ney vencer uma música como o LERIGOO? lool De resto, adorei ver estes vídeos e adoro aquele Olaf, só dá vontade de o comer!

Depois, procedi a tirar toda a minha roupa e ficar de roupa interior a apanhar fresco. Contemplei ir assim para a rua e dizer que era um cosplay de pepino. Preparei tudo para me ir embora, recuperei o escadote e carreguei-o por ali abaixo até ao parque de estacionamento (cuja conta final foi exorbitante!)

Cheguei a casa, tomei banho e dormi que nem um pedregulho com mil anos.

Só depois vi as fotos que tirei. Fotos? Ela disse fotos?

Sim.

VIVA A FOTOFOTO!!





















E assim vos deixo, com mais um pedido de desculpas pelo atraso na composição desta missiva. Foi um evento muito interessante e uma excelente experiência num novo palco! Espero que tenham todos apreciado, desde os participantes aos voluntários, passando por qualquer eventual plantelminte foliácio! =D Para o ano há mais e espero poder voltar a participar de alguma forma!

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