Winter Masquerade Ball II
Evento
No seu segundo ano, talvez já se possa considerar tradição de que em Janeiro há festa de arromba organizada pela Associação Portuguesa de Cosplay. Como no ano passado não pude ir, por motivos de estudos, estava extremamente curiosa em relação ao que a noite nos reservava.
Começam os preparativos. Considerava levar o meu cosplay de Utena e apanhar a primeira piela do ano em companhia de pessoas mascaradas. Mas depois colocou-se uma questão retumbante dentro da minha vida pessoal. Ocorrem diálogos e chego à conclusão de que um baile é também um sítio onde as pessoas praticam a milenar arte do engate. Não que alguém me queira engatar, pois sou uma velha horrível, cansada e acabada. Mas tem de se chegar a um acordo consensual entre duas partes tão importantes. Ficou combinado que estaria em Almada pelas dez da noite, mais coisa menos coisa.
Por isso, não seria prático levar cosplay. Assim, decidi por uma farpela condizente com o código de vestuário "semi-formal", com uma estranha temática canídea. Dirigi-me ao local fazendo uso da minha aplicação de GPS no telefone, que continua sendo um pouco inútil pois eu não sei distinguir a direita da esquerda. Após um quilómetro de caminho entre o metro e a rua do bar em causa (pois, enganei-me logo na primeira volta), encontro um local cheio, apinhado, de pessoal dumaw. Metaleiros, sim. A fumá-las à porta do sítio onde era suposto eu ir, a Fábrica 22.
Cheguei um pouco cedo de mais, mas assim que bateram as sete horas obriguei a portaria a vender-me um bilhete, apesar de ainda não terem troco. Vieram dar-mo depois. E assim estreei o bar com uma bela mini.
O bar, diga-se de passagem, estava claramente planeado com um objectivo em mente: colocar o pessoal todo bezano. Shots a um euro é demasiado barato. A mini tassbem. Mas podiam ter oferecido um coquetel pelo preço do bilhete, em vez do copo de sangria. Diziam que estava boa, mas não provei porque hoje em dia os binhos caem um pouco mal quando tenho o estômago vazio.
Em termos espaciais, é um local agradável, com muitas salinhas que poderiam ter sido melhor aproveitadas. Segundo as fotografias, a coisa estava à pinha. Um terraço exterior com palmeiras luminosas e um baloiço: era o sítio onde se estava melhor. Um palco. Durante o tempo em que lá estive, muitas pessoas jogaram um jogo de dançar, em que tinham de repetir movimentos de uns bonecos no ecrã. Parecia muito giro.
Conversando por aqui e por ali, actualizando coisas sobre coisas, comentando isto e aquilo, passou-se muito bem o tempo. Quatro mines e uma garrafa de água depois, chegou-se à conclusão de que a casa de banho existente no espaço era em número insuficiente para a quantidade de xixi que uma cerveja produz.
E lá fui embora, sem tirar uma única foto, mas com muita pena de não ter ficado para ver a parte mais agressiva da festa. Que seria o momento em que a música que eu requestei, "azinimagas" da sagrada Valesca Popozuda, começaria a tocar e toda a genta partilharia bactérias naquilo que seria considerado o mosh do seculorum.
Fica para a próxima. Até lá!
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