A Cor do Céu
James Runcie
2003
Romance Histórico
Livro que recebi de presente no BookCrossing, a propósito de um RABCK. Pedi-o porque me pareceu que a história poderia ser muito bonita, e não me enganei.
Um rapaz adoptado, na Itália do século XIV, tem de aprender a ser vidreiro. O problema é que ele não vê nada ao longe! Sendo pitosga (facto com o qual me identifico bastante), não pode seguir essa profissão. No entanto, isso dá-lhe uma outra capacidade: a de apreciar e distinguir a cor como ninguém. Assim, é contratado como aprendiz de um pintor. Passado algum tempo, é-lhe dada a missão de ir até terras distantes procurar lápis-lazuli, a pedra que dará a verdadeira cor do céu, um azul tão maravilhoso que pensaremos estar perto de Deus.
O livro começa de forma muito confusa e apressada, com uma sucessão de nomes e conceitos que me pareceram inúteis. Esta enumeração de objectos mantém-se, mais ou menos, por todo o livro. Está claro que o autor fez uma grande pesquisa, mas pareceu-me de todo desnecessário forçar os frutos disso na narrativa. No entanto, isto dilui-se pela excelente história, romântica e espiritual, encontrada na viagem de Paolo, o nosso personagem principal.
Através das suas descobertas, vemos o rapaz a crescer como ser humano e a tornar-se num homem. Na sua viagem conhece muitos elementos importantes naquilo a que se poderia chamar a "fórmula da felicidade", optando por os usar para se dedicar ao "amor". A partir do momento em que a caravana sai das cidades e entra no deserto, o livro obtém um ritmo muito mais calmo e contemplativo, o que torna a sua leitura muito agradável.
é um livro interessante e bonito, mas talvez defina o que eu chamaria de "literatura da nova vaga secular": parece que todos os livros agora têm uma revelação budista algures no meio... Será?
Vou agora emprestá-lo à minha mãe, que é capaz de gostar. :)
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