Chaparral Band
Festa na Aldeia (Claramente)
Pois que fui em retiro espiritual para a minha casa assombrada, com os planos de escrever uns contos e fazer uma espada para o meu novo cosplay. Acabei (acabámos?) por não fazer nada disso, mas em compensação vimos dois magníficos concertos nas festas em homenagem à Nossa Senhora da Penha da terrinha mais charmosa de Portugal: Moçarria.
Esta banda, a Chaparral Band, cantava um misto de covers e originais de um azeite virgem do melhor qualificado que anda por aí. Uma intensa animação que fazia o azeite que tenho a correr nas minhas veias fervilhar de emoção. Tão purificado ficou que depois cortei os pulsos para temperar a salada.
Com uma fascinante versatilidade, cantaram da kizomba ao funaná, passando pela Anca do Senhorio (ou Dança do Amor, eu é que vejo mal ao longe) , sem esquecer os sucessos zucas e as mais belas baladas. Toda a gente a dançar, mas talvez isso tenha sido devido a terem gasto cinquenta e cinco barris de cerveja logo na primeira noite das festas.
O que mais me impressionou foi o misto de espectáculo de ilusionismo que nos mostraram: os artistas (bons artistas) mudavam de roupa num ápice, aparecendo com outfits quase artísticos. E quantas pessoas tinha a banda? Continuo sem saber. Pois apareciam e desapareciam de música para música, sem se deixar apanhar. O único membro constante, e claramente o pilar da banda, era o guitarrista do metal, que se mantinha indiferente à magia que acontecia à sua volta e continuava a tocar com a devida concentração, provavelmente imaginando "estes acordes são quase os daquela música de Megadeth"
No dia seguinte apareceu uma banda com ainda maior produção: segundo o vice-presidente da junta, o Vitó, tinham o maior palco do país. Bem, eu não o quis desapontar, mas conheço pelo menos três palcos maiores. Esta banda passou por êxitos mais comerciais, ao contrário da Chaparral Band que nos apresentou uma variedade mais indie da música pimba. Alguns dos êxitos destes Hi 5 8 Low Energy Band - ou qualquer coisa do género - foram "É o Bicho", "Uma Casa Portuguesa", "Gangnam Style" entre outros que eu, na minha ignorância, não reconheci.
De resto, tínhamos vinho barato, o meu pai apareceu para jantar e era uma meia dose de grelhada mista bem servida, ganhei uma garrafa de coca-cola vintage numa rifa e assim por diante. Acho que vou passar a frequentar estas festas, pois apesar de serem no campo da bola têm um certo glamour pastoral. Não, não, estou mesmo a falar a sério.
Mas, na realidade, este mocho verde que é um vaso era o prémio que eu queria mesmo, mesmo ganhar na rifa.
Já agora, vejam a cena que nos atacou e que matámos à chinelada:
Alien? Fada? ... Kafka?
Ah, e vejam também o meu cão vintage:
O nome dele é Infeliz
Ganda cena...as festas na aldeia por norma são sempre boas e se a banda é boa ainda melhor, sou fã do grupo Chaparral Band já os conheço a algum tempo, pelo que sei esta sexta feira vão estar perto da Moçarria na aldeia de Assentiz e no sábado da semana seguinte vão estar em Arrouquelas, aparece :)
ResponderEliminarGostei do teu blog :)
Eu adorei! Estas festas são sempre divertidas! Acho que não vou poder ir (porque não é todos os dias que posso ir em retiro espiritual), mas nas próximas estou lá batida de certeza!
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