Iberanime OPO 2018
Evento
A expectativa era alta. Apesar de ter havido uma mudança de agenda, o Iberanime também sofreu uma outra mudança: de espaço. Agora, passam a residir na Exponor, local da Comic Con original. Por isso, os sentimentos estavam ao de cima! O que sairia dali?
Acabou por ser um dos eventos mais desapontantes e frustrantes onde estive nos últimos tempos e, quiçá, ganhe o prémio de "desapontamento do ano". O meu objectivo, desta vez, era participar na preliminar do CWM (Cosplay World Masters) e ganhar um dos lugares na final. Talvez tenha sido esse o meu erro, mas já falaremos sobre isso. Portanto, era necessário estar no evento às 8:30 matinais, para ensaiar, para preparar, para tudo. E lá fomos.
Conhecido palco do meu azar, lá estava ele, aterrorizante e magnânimo. Mas, desta vez, senti a sala muito menor do que era anteriormente. Será que fui eu que cresci? Fiz o meu ensaio e pedi para não se enganarem nas minhas luzes. O meu skit, que eu havia preparado seguindo todos os conselhos desde o ECG, exigia que - numa secção de alguns segundos - as luzes estivessem todas apagadas. Mas no ensaio não se fez desenho de luz. Na verdade, indicaram-nos que deveríamos falar com o técnico que, cheio de sono, disse que compreendia as minhas indicações e que iria dar o seu melhor para as cumprir. Repito que não houve ensaio de luz. E, para a próxima, seria interessante e sábio fazer um ensaio de luz. Adiante.
Rapidamente encontrei um lugar para me vestir e troquei para o meu robe à la française Milady, que é uma complicação de vestir. Desta vez fui um passo mais à frente e anexei o manto ao corpete com alfinetes, tal como na época (apesar de os meus alfinetes não serem os adequados). Significa isto que não me podia sentar, sob o risco de saltarem todos do sítio. Como era a terceira concorrente (houve uma desistência), passou pouco tempo até ser chamada para o meu encontro fatal com os jurados.
Mas correu tudo bem! Eles mostraram-se muito interessados, sobretudo nos aspectos de recriação histórica que estão um pouco por todo este fato, tomando atenção a todos os detalhes e perguntando vários elementos. Fiquei mesmo até ao fim do tempo, apesar de ainda ter mais coisas para explicar e, parece-me, eles ainda quererem ouvir mais coisas! Correu lindamente!
Por isso, ia com a confiança toda em altas, uma confiança que não me é nada característica e que estava acelerada por uma motivação muito ilógica, como um estupefacciente estimulante que me estivesse correndo nas artérias. Aproximava-se a hora do meu skit e estava com um sorriso sardónico em todo o meu corpo. Papa doce, era o que era!
Mas, lá chegada, reparei que - por uma razão estranha qualquer - a luz eram focos redondos no chão. Fui para cima deles para ser iluminada, mas não estavam em sítios onde precisasse deles. E, no momento crucial, no momento para o qual tinha trabalhado, em que a Milady mascarada rouba a jóia e, sem a máscara, deixam de a reconhecer... LUZES POR TODO O LADO. Não escuridão, como eu tinha pedido. Nem sequer uma penumbra. TUDO ILUMINADO! Hesitei, sem saber o que fazer, corpete todo apertado e toda a gente a olhar para mim precisamente quando ninguém me devia ver... Continuei.
E, como é evidente, falhei. A minha fúria foi tão intensa que cheguei aos camarins com vontade de ter um acesso de psicopatia e destruir. Destruir tudo. Os meus colegas de concurso olhavam-me com espanto, imaginando o espectacular melão que se formava nas circunvalações do meu ´cérebro e diziam "calma" e eu dizia "EU ESTOU CALMA, ESTOU É POSSESSA". e lá fiquei eu, a comer a raiva, a frustração e o desejo pelo sangue de quem quer que eu pudesse morder primeiro. Evidentemente foi o Qui e, mais tarde, a Tatis e outros amigos.
Qual bovino embrutecido, galopei pelo evento sob a forma de Milady, aterrorizando todos os lugares e causando olhares de espanto. Era tão evidente a minha zanga que nem uma foto se atreveram a tirar, tal os arrepios de fatalidade e maldicência que irradiavam das minhas lentes de contacto verdes. Depois, voltei aos camarins e arranquei a personagem de dentro de mim, desfazendo-me das mil roupas e alfinetes que carregava para voltar a ser eu mesma, nos meus trapos de sempre, no cansaço de todos os dias.
E fui ver o evento a largar fumo.
Agora, o evento... O evento. Então é assim: a Exponor tem um grande corredor e hall de entrada e uma série de pavilhões. O Iberanime OPO do corrente ano de 2018, tinha uma dúzia de msas de artistas ao longo de toooooodo o corredor e o resto encaixadinho, bonitinho e microscópicozinho dentro do pavilhão do fundo. Portanto, não só mudaram o lugar, a data e o tipo de espaço, como ainda o fizeram menor, com menos actividades e com menos coisas para ver.
As lojinhas espanholas com bootlegs de valor acrescido estavam lá e também estava a exposição de consolas retro que quase nunca funcionam e também os cup noodles da Cigala, esse projecto alimentício que tanto delicia a criançada sobrenutrida. E também uns artistas que eram bons artistas e os convidados por aí algures.
Portanto, o mesmo de sempre, mas em formato miniatural.
Comprei apenas uns pins na Paccato (@paccato.pins no instagramo, idem ver), que a minha colega me tinha encomendado. Arrependi-me imenso, mais tarde, de não ter gasto todo o meu dinheiro nos sacos de pilas que estavam disponíveis. Se souberem como encomendar avisem, porque preciso delas para fazer o meu manifesto político! Pilas gordas, pilas magras, pilas escuras, pilas claras, pilas com pele e circuncisadas! Até tinha um tentáculo!
É simplesmente necessário e todos deveriam ter o seu próprio saco de pilas.
Enfim, as coisas para ver eram perto de nenhumas. Felizmente a representação das outras artes e ofícios do oriente estava bem concorrida, com a Embaixada do Japão, sessões gratuitas de reiki (eu já fiz e é muito agradável!) e várias associações desportivas.
Este era o auditório, e aqui estava a boneca jrtanjera a dizer coisas.
Existiam lutadores de cuecas de lutador, tentando cativar o público para a sua arte física.
Isto era um Pê.
Exposição de manga e cartazes. Pouquíssimas participações!
Um bonsai com frutinhas! E, nesta foto, parecem uma carinha! OWO
Era o traga-bolas com pessoas a serem os hipopótamos.
Quanto ao cosplay, queria deixar a nota para a excelência da maioria do público. Realmente, há uma grande quantidade de cosplays competitivos a andar no Porto! Ficam, portanto, algumas
AMOSTRAS DE PESSOECAS DE ALTA QUALIDADE
Mew Pudding a comer banani! =D
Double Trouble!
Esta coisa maléfica andava por ali a assustar as pessoas. Se algum dia num comboio CP me aparecer esta coisa leva com o martelinho da emergência na tola!
Estão a ver? Esta coisécula horrorosa FEZ PHOTOBOMBING NA MINHA FOTO!
Aqui está a merecida foto sem o emplastro :')
E assim fica concluído o meu relato. O Iberanime OPO será para sempre conhecido como "o dia em que deu um piripaque a uma senhora da nossa idade". Resta-me apenas o riso maléfico.
Coloquem a Sarabande e, lá no fundo, vão sempre ouvi-lo.
MUAHAHAHAHAHA
Sem comentários:
Enviar um comentário