Viúva Por Um Ano
John Irving
1998
Romance
Após livros sem fim de John Irving, chega a altura de, mais uma vez, ler este autor. E, mais uma vez, foi um livro que me causou uma irritação sem precedentes.
O livro chama-se "Viúva por um ano", mas não fala de viúva alguma até ao capítulo final. Vinte páginas de seiscentas e muitas, aí está o mote do livro. De resto, o livro fala de como todos (todos) os seus personagens são escritores e como se tornaram (todos) escritores. Fala das conquistas sexuais maiores e menores de todos, entrando em detalhes muito, mas mesmo muito importantes, sobre todos/as amantes de todos/as personagens, nomeadamente os seus nomes, quem são, o que fizeram e o que farão, mesmo que isso não contribua em nada para o desenvolvimento da história.
Aliás, durante este tempo todo não sabemos exactamente o que é que o autor nos quer contar. Penso que ele nos quer contar que é escritor e que, por isso, todas as suas personagens são escritoras. Referi que o autor é escritor e um muito popular escritor? É que ele escreve e faz questão de o transmitir através das personagens todas, que não passam de reflexos dele mesmo, daquilo que ele gostaria de ser e daquilo que ele gostava que os outros personagens fossem.
Repetem-se temas dos seus livros anteriores (uma perna com um sapato, etc.) e repetem-se os conceitos, uma e outra vez.
Este monstruoso romance não passa de mais um exercício de auto-contemplação e masturbação intelectual do autor.
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