p.s. - Eu Amo-te
Cecilia Ahern
2004
Romance
O título parecia fofinho. Eu vou muito aos livros pelos títulos, apesar de tudo (e apesar de ser errado). Ora bem, o que é que se passa neste livro: existem duas almas gémas, Gerry e Holly. E vivem muito felizes até ao dia em que Gerry tem um tumor no cérebro e morre. Triste. Holly fica despedaçada, até que descobre que ele deixou um souvenir: uma carta por cada mês do ano, a dizer-lhe o que fazer. Coisas muito variadas.
Variadas mas muito pouco, digamos... Complexas. A maioria são coisas triviais, o que me parece um pouco estranho como desejo de pessoa que está prestes a morrer.
O livro tem muita comédia, a pândega de Holly com as suas amigas malucas, intercalada com muitos momentos tristes de reflexão e depressão. No entanto as brincadeiras das amigas pareceram-me tão pouco providas de sentido que não lhes achei piada nenhuma. Além disso, esses momentos quebram com os de depressão e, assim, foi difícil de me identificar com a personagem e com os seus sentimentos. Também não ajuda nada que a personagem principal não tenha qualquer resquício de personalidade. É uma personagem totalmente vulgar, sem nada que goste de fazer, sem nenhum passatempo, sem nenhum nada, a vida dela era o marido. E isso é triste e dificulta o processo de viver sem ele.
No entanto, o livro pôs-me a pensar... E se me acontecesse o mesmo? Os maridos e as esposas, morre sempre um primeiro, se morresse eu primeiro ele ia ficar triste, se ele morresse primeiro... A vida tinha de continuar? O meu avô morreu muito jovem e a minha avó nunca se voltou a casar. Acho que é precisa muita paixão.
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