The Big Lebowski
Joel Coen
Filme
1998
8 em 10
Mais um daqueles filmes que para mim acontece associado a grande carga emocional. Mas o filme não tem carga emocional nenhuma.
Jeffrey Lebowski gosta de se conhecer como "The Dude". Então um dia um grupo de niilistas, confundindo-o com um Lebowski muito rico, faz-lhe chichi no tapete. Na saga para recuperar o seu tapete, Dude vê-se envolvido com uma mala cheia de dinheiro, que se perde e que toda a gente quer encontrar. E procede-se a uma série de desgraças e de grandes alucinações. E coisas com montes de piada.
Tudo corre mal, mas tudo corre mal devido à natureza dos personagens principais. The Dude é um gajo permanentemente broado (que faz coisas bonitas, como tomar banho de imersão a ouvir o canto das baleias). O seu amigo é um tarado do Vietname que está sempre a falar do Vietname. A mim deu-me a impressão de que ele na realidade nunca esteve no Vietname... Depois há uma feminista maluca, um milionário, o ajudante do milionário, o amigo do bowling que nunca pode falar, uma série de gente. Todos muitos bem definidos. The Dude sofre uma evolução na sua atitude à medida que as desgraças vão acontecendo, quase se entregando ao desespero mas nunca perdendo a sua personalidade perfeitamente pacifista, em que o diálogo é sempre preferível ao conflito.
Temos sequências muito interessantes quando The Dude sofre as suas alucinações (sofre? Não sofre. Grandes trips.), com técnicas que são bastante incomuns na época. Diga-se de passagem, são um delírio. E todas têm bowling.
Rimuito, é essa a conclusão. Vale a pena, porque é uma comédia diferente.
Sem comentários:
Enviar um comentário