Fuujin Monogatari
Nishimura Junji - Production I.G.
Anime - 13 Episódios
2004
6 em 10
Aviso já que estou doente a morrer com febres e a tossir a laringe. Estive ontem no hospital (aventura surreal que irei contar noutro dia) e dentro de meia hora tenho de ir para uma reunião sobre a minha tese. Há-de correr muito bem.
Enquanto desfaleço e não vi Fuujin Monogatari, também conhecido por Windy Tales (ou "Histórias do Vento", em bom PT-PT) É um anime bastante interessante. Não o vou recomendar, mas digo a quem tiver bastante tempo nas mãos que isto é uma boa coisa para experimentar.
Tudo começa quando duas moças do clube de fotografia digital vão ao telhado e vêm um gato a voar. Elas descobrem que um dos seus professores tem poderes para controlar o vento e, com ele, aprendem a utilizar esses poderes também. E então desenvolve-se um slice-of-life muito simples que explora a relação destas pessoas com o vento e com o céu. Não tendo personagens especialmente fortes para apoiar isto (as suas historiazinhas são o mesmo escola secundária de sempre) parece-me que o conceito tem qualidade suficiente para sobreviver por si só, na busca do belo e da união com a natureza do vento.
Mas agora vem aqui um busílis de questão muito relevante: a arte. Esta arte é diferente. É angulosa, é triangular. Para mim é absolutamente insuportável. Não há nuvens quadradas nem aqui nem no Japão nem em Júpiter! Por um lado esta arte funciona bem devido à transformação de formas, associada ao poder do vento que povoa toda a história. Mas por outro lado partiu-me os olhos aos bocados.
Apesar de a OP e ED não serem nada de invulgar, os sons do parênquima (continuo a amar esta palavra) transmitem calma e contemplação.
Seria um anime muito melhor se tivesse um céu sem quadrados. E se tivesse menos gatos, não percebo o fascínio de toda a gente com gatos.
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