RAINBOW: Nisha Rokubou no Shichinin
Koujina Hiroshi - Madhouse Studios
Anime - 26 Episódios
2010
6 em 10
Existiram várias razões para eu começar a ver este anime. Além da obrigação dos críticos e tal, a principal razão foi a de ser slashable, cheio de homossexualidade latente para alimentar a minha esfomeada goela de fujoshi. Mas acabou por ser uma série aborrecida, longa, inútil e apenas mais um número para a minha lista.
RAINBOW são sete cores, e RAINBOW são os sete rapazinhos trancados por injustas razões numa prisão juvenil do Japão pós-segunda guerra, anos 50. Este conceito demonstra um enorme potencial. Podiam ter analisado as condições das prisões juvenis, podiam ter caracterizado uma era, podiam ter analisado histórias sobre a condição humana e sobre o que leva as pessoas a cometerem crimes hediondos e impensáveis. Mas não fizeram nada disso. A história acaba por se tornar numa fábula de violência injustificada contra os pobres rapazinhos que, inocentes, só desejam cumprir com os seus sonhos. E, depois de libertos, torna-se num conto de provações impossíveis em que os rapazinhos são, efectivamente, incapazes de cumprir os seus sonhos da maneira mais lógica. Tudo se torna num entrave e, no fundo, são 26 episódios de gente a ser miserável e a ser tratada abaixo de cão.
Os personagens principais não são sólidos. Cada um tem um passado e espera ter um futuro, mas no fundo acabam por ser de cartão, sem qualquer tipo de densidade. Os antagonistas não têm qualquer razão para as suas acções sem ser o puro sadismo e as metanfetaminas. Passe a palavra que as metanfetaminas não tornam as pessoas más. Ou então haveria muito estudante de medicina a lançar-se em sagas homicidas pelas ruas de Lisboa...
Música pouco memorável, excepto a OP que é bastante interessante e muito bem aplicada ao tema da história.
A arte é boa, com uma animação regular e aceitável. Gostei da utilização de stills em aquarela, que dão sempre um charme muito próprio a qualquer anime. Toda a arte caracterizou perfeitamente a época em que a história se passa: sendo moderna, faz parecer a produção antiga. Isso é um aspecto muito positivo.
Em resumo, 26 episódios de rapazes com olheiras a serem maltratados, estropiados e violados. Só o An-chan os pode salvar e ainda bem, porque o An-chan é o mais giro deles todos.
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