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3.12.15

Battle Royale

Battle Royale
Kinji Fukasaku
2000
Filme
6 em 10

Assistimos a este filme no passado Sábado. Inspirado numa Light Novel com o mesmo nome, é um filme muito animesco que me deixou entusiasmada por essa razão. Apesar de ter muitas mortes e sangue, não me assutou nem perturbou (o que é costume neste tipo de filme) porque está feito de uma forma que me é muito familiar: uma forma pop.

Uma turma de 40 estudantes é levada para jogar o "Battle Royale": deixados numa ilha, cada um com uma arma, têm de se matar uns aos outros até sobrar apenas um. Acompanhamos momentos da vida, com recuso a flashbacks, e as mortes de quase todos os estudantes, cada uma com as suas características e com o interregno das variadas armas que são apresentadas. Curiosamente, todos eles sabem usar as armas perfeitamente, o que me deixou um pouco duvidosa. Apesar de, logo ao início, se estabelecer que todos pertencem a uma espécie de gang, a sua destreza com o armamento pareceu-me um pouco improvável.

Numa espécie de interpretação de um "Deus das Moscas" modernizado, podemos ver os estudantes a regredir na sua humanidade até se tornarem simples máquinas que destroem sob o jugo de uma pressuposta sobrevivência. As lutas estão muito bem conseguidas e mantêm o visionante sempre concentrado, à espera da próxima morte. Existem cenas muito bonitas, com recurso a cenários naturais muito belos, mas o foco essencial é dado à forma como cada um se despede da vida, com mais ou menos violência.

No entanto, a narrativa acaba por se tornar confusa. Como numa novela, todos os personagens estão relacionados uns com os outros, amizades, amores, coisas de adolescentes. Assim, formam-se grandes poliedros amorosos que levam a vinganças e alianças, mas que - devido à falta de caracterização dos personagens - acabam por se tornar numa grande amálgama e é difícil seguir as relações entre eles.

Achei também curioso um aspecto nos actores: pela primeira vez reparei como nos filmes japoneses parece haver uma imensa influência da biomecânica teatral. Talvez seja por isso que os filmes nipónicos e as suas telenovelas nos parecem tão exageradas e fora do contexto. Com este elemento em conta, talvez experimente ver uma dessas novelas (vocês chamam-lhes doramas, pois...) e talvez... Até a aprecie. :)

De resto, um filme cheio de acção que se acompanha bem com uma jola.

Nota: fiquei com vontade de ler a novel e ver o anime, diga-se de passagem

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