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26.9.17

The Books of Magic

The Books of Magic
Neil Gaiman
1990
Banda Desenhada

Comprei este livro na Spring It Con 2017, pois tinha lido um comentário no blog Ler BD em que falavam de recente edição portuguesa deste volume. Comprei a versão original, que era a que estava disponível. Além disso, tinha bastante curiosidade em experimentar este autor, do qual já tinha ouvido falar muito!

Foi-me dito que este livro era uma inspiração muito profunda para o universo e personagem de Harry Potter, mas penso que, para além do design do personagem principal, não existe muito em comum.

Timothy Hunter é um rapaz que anda de skate. Um dia é abordado por quatro misteriosas figuras de gabardine, que lhe revelam a opção de entrar no mundo da magia e se tornar um dos mais poderosos feiticeiros de que há memória. Para o ensinar, levam-no a vários lugares mágicos. Primeiro, mostram-lhe o passado, o início da magia. A arte é difusa, misteriosa, como se de um sonho se tratasse, sendo que nos são mostradas uma série de coisas que podem ter passado desapercebidas ao resto da humanidade mas que foram de suma importância para o mundo da magia. Depois, mostram-nos duas vertentes do presente. Numa arte pop e contemporânea, vemos os feiticeiros que vivem neste mundo, as criaturas e os magos, percebendo um pouco do que cada um tem para dizer e qual a sua posição nesta realidade. Por outro lado, com um tema clássico e quase infantil, viajamos até ao mundo das fadas, onde a magia tem todo um outro significado. Finalmente, vamos até ao futuro. E o que será que o futuro nos reserva?

Este livro é uma fascinante perspectiva da magia no universo DC, sendo que em muitos painéis nos são mostradas personagens desta equipa, que continuam sempre tendo influência tanto no mundo real como no mundo mágico. O autor faz também referência a outras das suas obras, de forma bastante discreta mas ainda assim fulcral para o desenvolvimento da história.

Para mim, o principal defeito deste álbum é que ficam muitas coisas por explicar que gostaríamos de ver explicadas. Ficarei morta de curiosidade em saber para que serve aquela chave, por exemplo.

De resto, uma história épica e filosófica cimentada por uma arte brilhante.

25.9.17

As Lojas de Canela

As Lojas de Canela
Bruno Schulz
1934
Contos

Ainda no outro dia falava eu de autores que se remetem a uma infância perdida. Este senhor, que originalmente era pintor, fá-lo de uma forma surpreendente!

Revelando-nos as suas perspectivas sobre a infância, Schulz conta-nos histórias improváveis e altamente estranhas protagonizadas por ele próprio e pela sua família. Assim, temos bizarras aventuras com pássaros tropicais e manequins de costura, sem falar de todas as misteriosas ruas por onde este jovem passa.

O autor não se admite como um "rapaz cheio de imaginação": durante todos os contos acreditamos plenamente que esta criança está realmente a viver estes fenómenos e que eles fazem parte de um universo surrealista altamente detalhado, que não é de todo inocente. Só num dos contos finais nos é revelado que afinal nem tudo é tão onírico como poderíamos pensar.

Escrito de forma directa, mas fazendo uso de uma imagética muito visual e detalhada, é um conjunto de histórias que nos faz sonhar.

Adorei!

Gloria In Excelsis - Histórias Portuguesas de Natal

Gloria In Excelsis - Histórias Portuguesas de Natal
 Antologia de Vasco Graça Moura
2003
Contos

Apesar de estar um pouco fora de época, li esta antologia de contos de Natal. 

É uma antologia curiosa, pois reúne alguns dos raros exemplos que a literatura portuguesa tem para oferecer sobre este tema a partir do século XIX. Conforme explicado pelo redactor da antologia no seu prefácio, antes disto a ficção narrativa com o tema natalício era muito incomum, devido à conotação altamente religiosa da data.

São histórias muito interessantes que nos revelam muito sobre a vida e tradição da época ao longo dos tempos. Os temas são recorrentes: a solidão, a família, o encontro, o milagre. Muitas delas são tristes, mas há outras muito engraçadas. Cada uma conta uma pequena aventura no dia de Natal, umas muito importantes, outras corriqueiras.

Acho curioso ver que nas histórias mais antigas há muito a noção da pobreza e do miserável enquanto sofredor, enquanto que nas mais modernas há mais uma celebração da festa enquanto dia normal que possui, por acaso, uma tradição.

É um livro muito interessante e achei a escolha dos contos brilhante!

Panda-Z: The Robonimation

Panda-Z: The Robonimation
Kanbe Mamoru - Bandai Entertainment
Anime - 30 Episódios
2004
4 em 10

Na tradição dos animes de mecha, surge uma comédia para crianças de três anos protagonizada por pandas e outros bicharocos amorosos. Cada episódio é uma aventura de dois minutos: a OP e a ED totalizam mais tempo que o episódio em si.

Este é o tipo de anime feito para entreter criancinhas que ainda não têm noção de profundidade. Assim sendo, não há nada de muito bom a apontar neste anime. Os diálogos estão feitos com kanjis difíceis, a animação é pouco surpreendente... Personagens não existem.

A verdade é que o único ponto forte deste anime é a banda sonora, mas muito rápido percebemos que a mesma guitarrada é utilizada exactamente da mesma forma em todos os episódios.

Felizmente, demora-se duas horas e meia a ver isto.


Tasquinhas e Burricadas 2017

Tasquinhas e Burricadas 2017
Feira

Depois de termos ido à feira dos legumes comprar uns pézinhos para plantar, fomos a Cacilhas para ver as Tasquinhas e Burricadas, um evento anual em que se celebra o burrinho enquanto símbolo da zona de Cacilhas.

Ora, eu já tinha ido a algumas burricadas, mas não gostei nada desta!

Para começar, a rua era estreita para tanta gente que lá estava. E ainda estavam os parvos dos escuteiros a expulsar pessoas para abrir espaço para a corrida de burros! Questiono-me como terão feito para liberar a rua...

As bancas de artesanato não eram muito diferentes das que vemos em todos os eventos de Cacilhas. Senti, mais uma vez, que eu própria poderia abrir uma banca de artesanato e vender tralhinhas. Estavam à beira da rua principal e a gente era tanta que nem dava para ver nada.

Finalmente, encontrámos os burros. Detestei ver os pobrezinhos. Amarrados num sítio quase sem sombra, magríssimos, cheios de moscas, tudo cheio de manure em volta deles (ninguém se deui ao trabalho de limpar?), sem água, com umas palhitas a fazer de comida, com seus cuidadores a assustá-los, a mandar bafos para cima deles... Nem arreios em condições tinham! Sinceramente, parecia que tinham contratado um grupo de nómadas e pedido os burros emprestados. Deprimente!

Cacilhas, isto não é boa onda!

Ficam fotos:







Os Homens que Amaram Evelyn Cotton

Os Homens que Amaram Evelyn Cotton
Frank Ronan
1989
Romance

Romance de estreia de Frank Ronan, que se estabelece como um pouco diferente da sua habitual veia queer. No entanto, é um livro muito divertido e mordaz que irá encantar o leitor sarcástico.

O nosso narrador está obcecado com Evelyn Cotton. Ama-a profundamente, quer esta pessoa só para ele. Mas esta pessoa não o quer, apenas o acha amoroso. Portanto o narrador discorre sobre todos os homens que tomaram o seu lugar ao longo de 21 anos, não entendendo como Evelyn Cotton pode ficar com eles, já que são tão insuportáveis.

É um romance muito divertido que nos mostra um conjunto de personagens tão realista como estranho, caracterizando o final dos anos 80 com um sarcasmo ácido e acutilante. Cada situalão é capaz de nos trazer aquele sorriso maléfico aos lábios e pensar o quão improváveis são todas estas situações. Ou será que está tudo no filtro do narrador.

Quanto a este, o facto da sua caracterização se limitar a amar Evelyn Cotton acaba por o tornar pouco acreditável, o que de certa forma contribui um pouco para o ambiente do livro.

Gostei bastante!


Tales from Earthsea

Tales from Earthsea
Miyazaki Gorou - Studio Ghibli
Anime - Filme
2006
7 em 10

Finalmente altura de ver um filme de anime! Este foi surpreendentemente bom e um amor de água fresca. Já há muito tempo que não apanhava um sólido filme de fantasia!

Neste universo, a vida e a morte, a luz e as trevas, tudo isto vive num delicado equilíbrio. Mas algo (ou alguém) está a quebrá-lo e coisas estranhas acontecem: dragões guerreiam nos ares, feiticeiros perdem os seus poderes. Um rapaz com um segredo maléfico une-se com um misterioso viajante e, juntos, irão descobrir como solucionar estes problemas.

Para mim, o principal ponto forte deste filme é a caracterização do universo. Apesar de haver um sistema de crenças bastante simples, existe um detalhe atento à geografia, economia e sociologia, revelado em pequenos momentos que nada significam em termos narrativos mas que tornam a própria narrativa extremamente rica. Este detalhe é exacerbado por uma arte cénica profundamente cuidada e detalhada, que não perde a atenção ao menor elemento, acabando por nos mostrar um mundo muito completo e, sobretudo, extremamente realista.

Temos um conjunto de heróis que possui uma caracterização forte mas que, no entanto, acaba por ver mal explicados alguns detalhes sobre o seu passado e evolução, o que nos deixa aquém das expectativas. Para além disso, os seus designs extremamente simples não se coadunam com a exuberância dos cenários. Já o vilão é absolutamente fascinante, embora também peque por falta de detalhe na sua história pregressa e, por isso, seja um pouco difícil compreender a sua motivação.

A banda sonora é muito adequada e cria todo um ambiente medieval e fantástico, acrescentando muito a cenas que, em detrimento da animação, se focam mais nos cenários da natureza.

Um filme que gostei muito de ver e, talvez, o melhor que vi deste autor.

24.9.17

Poesia Española - Antologia 1915-1931

Poesia Española - Antologia 1915-1931
Gerardo Diego
1936
Poesia

Um livro interessantíssimo que me veio parar às mãos. Uma antologia de poetas espanhóis do início do século XX, incluindo alguns que já me eram queridos e outros em que me estreei.

A parte mais curiosa é que, na época da publicação deste livro, a maior parte dos autores ainda estava vivo, o que dá uma outra espécie de inocência a estes poemas. A maior parte deles relata situações da vida, muito ligados à terra e à tradição.

Para além disso, fiquei fascinada com a capacidade narrativa da língua espanhola, que raramente experimentei. Afinal, não é apenas uma língua que enquanto tugas compreendemos, mas uma linguagem em si própria que é totalmente imersiva.

A quem tiver oportunidade de ler este livro, por favor pegue nele já!

Até Onde se Pode Ir?

Até Onde se Pode Ir?
David Lodge
1980
Romance

Um romance curioso sobre a perspectiva católica dos metodos contraceptivos no final dos anos 50 e início dos anos 60.

Este livro segue a história de nove pessoas que se conheciam de uma missa matinal para a qual faziam grandes sacrifícios para ir. à medida que passam as décadas, começam a compreender que a fé em deus é ligeiramente incompatível com o seu modo de vida. Aliás, que teriakm tido uma vida muito mais satisfatória se tivessem podido usar métodos contraceptivos e evitado ter uma série de crianças que não lhes trouxeram qualquer alegria.

É uma história bem documentada da evolução da perspectiva da igreja sobre estes temas modernos e a forma como os crentes foram obrigados a reagir quando apresentados com esta situação.

Infelizmente, existem simplesmente demasiados personagens para que consigamos distingui-los uns dos outros e saber realmente de que forma cada um deles evoluiu.

De resto, foi um livro que me colocou um certo debate filosófico na cabeça, o que é muito bom e interessante!

O Jardim de Cimento

O Jardim de Cimento
Ian McEwan
1978
Romance

Este é o rpimeiro romance do celebrado autor Ian McEwan. De certa forma esta história, curta e simples, acaba por caracterizar toda a temática recorrente do autor, o que é muito curioso.

Esta é a história de quatro irmãos que, vendo-se órfãos, encontram uma liberdade que qualquer adolescente sempre sonhou. Mas nem tudo é perfeito: a apatia, a falta de regras, a falta de horários, tudo isto faz com que estes irmãos comecem uma vida quase sonâmbula, de puro lazer e preguiça entremeada por pesadelos, memórias e pequenos terrores da infância.

Um jardim de cimento é um jardim em que nada pode florescer. Esta analogia pode ser aplicada a esta família: estes irmãos cimentaram-se numa casa suja, fedorenta, são eles próprios sujos e selvagens, sendo que a própria casa e a presença constante dos pais desaparecidos não lhes permitem nunca tomar qualquer tipo de atitude para saírem desta situação de moleza dissecante.

A apoteose final está muito bem estabelecida e o livro acaba com o fim do sonho desagradável e o início do verdadeiro pesadelo.

Um romance muito bem conseguido e que define muito bem o autor.

Sakurada Reset

Sakurada Reset
Kawatsura Shinya - David Production
Anime - 24 Episódios
2017
5 em 10

Mais um anime sobejante da season passada.

Existe uma ilha onde toda a gente, mais ou menos, tem uma espécie de poder. Estes poderesestão documentados por uma associação e toda a gente vive, mais ou menos, feliz com eles. Até ao dia em que dois jovens são contratados pela associação para usarem os seus poderes em conjunto para resolver mistérios e ajudar as pessoas que usam mal as suas capacidades. Os poderes dos jovens são: fazer um reset no tempo (por exemplo, voltar atrás uns dias), conjugado com a capacidade de recordar o que aconteceu durante o tempo eliminado.

Este anime tinha tudo para ser muito interessante, mas existem demasiadas coisas que o tornam numa amálgama de conceitos que fica sem ponta por onde se lhe pegue. Para começar, os poderes acabam por ser pouco claros, sendo que existem muitos buracos narrativos que não são explicados ou nos quais simplesmente ninguém pensou. Para além disso, há linhas narrativas que se iniciam e depois são esquecidas, havendo personagens aos quais é dada muita atenção para depois serem vetados ao esquecimento.

Os personagens, esses, são pessoas normais. Isto é bastante refrescante dentro do contexto, mas o facto de acabarem por não sofrer qualquer tipo de caracterização acaba por os tornar aborrecidos, insossos e demasiado planos.

Ao início, a animação - apesar de não fazer uso de nenhuma técnica especial - está bastante bonita, com uma boa utilização de cenários e elementos para além dos personagens. Também no final tempos algumas fantasias de estruturas épicas. Mas, de resto, este mundo é tão aborrecido como as pessoas que o habitam. O mesmo se diz sobre a música.

Um anime que tinha tudo para correr bem, mas que não foi capaz de se ultrapassar.

Re:Creators

Re:Creators
Aoki Ei - TROYCA
Anime - 22 Episódios
2017
5 em 10

Animes da season passada que estão a acabar agora.

Imaginemos que todos os personagens de jogos, animes, livros e por aí em diante que fomos inventando, um dia aparecem no nosso mundo? Alguns vão protegê-lo, outros vão destruí-lo. Esta premissa tem, por base, um conceito muito interessante: qual seria a reacção dos nossos super-heróis se de repente se vissem numa realidade onde não existem super-poderes?

No entanto, esta ideia acaba por ser mal aproveitada ao longo de todo o anime. A caracterização de cada uma das personagens é demasiado básica e acaba por as estereotipar dentro do seu próprio género, não permitindo nem desenvolvimento nem capacidade de adaptação. A história em si é demasiado evidente, sendo que os conflitos gerados acabam por perder o interesse quando os personagens fazem algum tipo de acção. Mas o piro disto tudo está naqueles que são as "pessoas normais". Um conjunto de abéculas que não está ali a fazer nada sem ser ter um papel completamente passivo.

A animação está bastante boa para um estúdio ainda pouco conhecido, mas os designs dos personagens são pouco práticos e sem dúvida mais complexos que o necessário. As lutas são muito interessantes em termos de animação, embora haja um uso do digital um pouco acentuado em algumas partes.

A banda sonora é pouco memorável.

Um anime que estava ansiosa por ver ao início mas que se revelou um desapontamento.

A Boda do Poeta

A Boda do Poeta
Antonio Skármeta
1999
Romance

Tinha dito anteriormente que não queria ler mais livros deste autor, mas a verdade é que ainda me calhou mais este em sorte. Mais uma vez, não gostei.

Desta feita o autor usa outro método para contar a história. Conta-nos a história de um casamento desgraçado e uma invasão de uma ilha na costa italiana pelo exército austríaco na primeira guerra mundial, com consequente fuga para o Chile de parentes do próprio autor (supostamente). 

No entanto, a forma de escrever é muito confusa e está sempre a fazer uso de palavras sofisticadas e absolutamente desnecessárias para o contexto. Penso que o objectivo seria tornar isto cómico, mas só me ir uma única vez (não resisti à chamada telefónica para o papa)

A história em si acaba por se tornar irrelevante devido à caracterização demasiado bem disposta dos personagens.

Autor a evitar a partir de agora.

Touka Gettan

Touka Gettan
Yamaguchi Yuuji - Studio Deen
Anime - 26 Episódios
2007
6 em 10

 Este anime surgiu sugerido no meu clube mesmo na melhor altura, porque já o tinha sacado para ver. ;)

Trata-se de um anime um pouco estranho ao início, porque a estrutura narrativa não é de todo vulgar. Muitas pessoas sugerem vê-lo do fim para o início, porque está tudo ao contrário. é uma história de raparigas bonitas envolvidas em processos mágicos e estranhos, até aí tudo bem. Mas o facto de o anime estar de trás para a frente torna tudo muito pior do que poderia ser ao início: se os primeiros episódios estão recheados de acção e coisas surpreendentes, à medida que vamos prosseguindo com o anime este fica cada vez mais vulgar e slice-of-lifesco, chjegando ao cúmulo de colocar todas as personagens num concurso de beleza.

Estas também não beneficiam de caracterização precisamente por causa desta estrutura estranha. Ao início não sabemos nada sobre elas nem como chegaram a esta sigtuação, mas à medida que as vamos conhecendo ao revés tornam-se muito menos interessantes qyue o esperado.

A arte e animação é bastante bem conseguida nos primeiros episódios, ficando completamente sub-aproveitada nos seguintes. O penúltimo episódio tem uma opção artística muito curiosa e é, sem dúvida, o melhor do conjunto.

Musicalmente, nada de especialmente bom.

Um anime que falha quando tenta ser melhor.



15.9.17

Festival Urbano 2017

Festival Urbano 2017
Festival

E, afinal, este foi o meu plano pós- Spring It. :)

Existe, em Almada, uma zona chamada Romeira, constituída por fábricas abandonadas e algumas quintas. É zona bem conhecida por ter uma exposição permanente de arte urbana e graffitis, sendo que hoje em dia até há tuk-tuks maléficos a cirandar por ali para mostrar as maravilhas da chungaria aos turistas incautos. Aliás, tão incautos são que espero sinceramente que um dia uma dessas coisas seja raptada pelos ocupas, para ver se desaparecem da minha vida para sempre.

Ora, este ano decidiram dar uma renovação ali ao espaço e acrescentar alguns murais novos. Foi isso o que fomos ver. Quando chegámos, já um pouco ao fim do dia, ainda estavam a pintar algumas coisas, com as pessoas elevadas em escadotes com as suas tintas de spray. Existem graffitis sobre tudo, sobre a vida social, sobre a vida emocional ou mesmo sobre a vida pessoal de cada um dos artistas ou dos colectivos que os realizaram.

No centro, existia um pequeno palco ladeado pela suposta "street-food" disponível, que era só uma roulotezinha com umas sandes sem pão de cima. Nesse palco, assistia-se a uma competição de dança, que consistia em duas pessoas dançarem num tempo definido ao som de um beat, sendo que aos 5-4-3-2-1 troca, uma das pessoas parava e a outra começava. Depois havia outro 5-4-3-2-1 e okokokok e um júri escolhia, por maioria de votos, quem devia passar à ronda final. Assim, a pessoa que ganhava tudo podia perder no fim e a pessoa que tinha ganho no fim podia voltar a perder até haver um vencedor definitivo. Gravei um pequeno vídeo:



Depois, foi tocar uma banda de funk chamada "Os Compotas", da qual só assistimos à primeira música e à apresentação dos artistas (que são bons artistas). Também gravei um vídeozinho. :



Depois fomos para as festas da Cova da Piedade, onde vimos uma série de tralhinhas desinteressantes à venda. Compensou-nos muito mais a ida ao festival, porque conseguimos um envelope com postais. No entanto, acabei por jogar numa tombola do grupo de pesquisa arqueológica e ganhei um lápis! Ao início calhou-me uma revista, que eu não queria, mas estava esgotada, então pude rodar outra vez. Vimos também um espectáculo enorme de sevilhanas, do qual (surpresa!) também fiz um vídeo:



Foi uma tarde bem passada e oportunidade de tirar umas fotos! :)