O Homem que Sabia Demais
Alfred Hitchcock
Filme
1956
6 em 10
Mais um filme do dia da véspera de Natal. Também estava a dar num dos TVCines. Foi também (acho eu) o primeiro filme do Hitchcock que vi.
Uma inocente família Americana vai passar umas férias a Marrocos. No entanto, encontram um misterioso homem que, a certa altura, lhes passa um segredo. O nome do filme induz em erro, porque não é o homem que sabe demais: o casal sabe demais e a mulher também tem um papel muito forte neste mistério. Não podem contar o segredo a ninguém, sob o risco de matarem o seu filho. Como irão solucionar o assunto? Talvez se o tomarem nas suas próprias mãos...
A narrativa acaba por ser muito simples e o espectador consegue ter uma ideia bastante exacta do que vai acontecer, sendo que é tudo um pouco previsível. No entanto, é a forma como tudo está estruturado que torna este filme único (apesar da cotação que lhe dei, que conta pela narrativa um pouco fraca). Tudo está filmado de forma a dar uma grande tensão a todas as cenas, para além de toda uma aura de suspense e um pouco de medo. Em termos técnicos é feito com mestria, sendo sobretudo patente o uso da cor que - nestes momentos iniciais de cinema technicolor - é extraordinário.
Achei curiosa a prestação dos actores, que é um pouco diferente do método de hoje em dia. Não sou grande conhecedora de filmes da altura, mas achei muito interessante a forma como cada pessoa está caracterizada dentro de um estereótipo, acabando por o ultrapassar através do seu exagero, de forma a conseguir solucionar os problemas apresentados sem nunca fugir da premisa inicial.
O tema principal do filme, o que sera sera, é único, memorável e amável. Até agora estou a cantá-lo.
Fiquei curiosa para ver mais filmes deste autor.
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