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28.2.18

Melhor é Impossível

Melhor é Impossível
James L. Brooks
1997
Filme
7 em 10

Apanhámos este filme na televisão e, como eu nunca o tinha visto até ao fim, aproveitámos a boleia.

Melvin é um escritor. Melvin tem um distúrbio obsessivo-compulsivo. Melvin não faz exactamente uma vida normal e Melvin é uma pessoa absolutamente execrável e insuportável. Mas será que conseguirá abrir o seu coração?

Um filme de enganos e reencontros, em que o principal foco é este personagem, esta pessoa impossível de aturar, que tem sempre algo de negativo, violento e destrutivo para dizer. É a sua evolução, de pessoa horrível para pessoa tolerável, em que vamos trabalhando ao longo do filme. O realismo do personagem é absolutamente transmitido por Jack Nicholson, que leva a outro patamar este papel, tornando aquilo que poderia ser uma fantasia estereotipada de um qualquer boneco, numa pessoa puramente humana, cheia de sentimentos e de vontade de melhorar de forma a conseguir fazer uma vida normal.

O filme tem tanto secções perfeitamente hilariantes como partes em que nos sentimos realmente incomodados pelo exagero da agressividade de Melvin. Não consigo dizer que este filme seja uma comédia (algo que pensava antes de o ver). Para mim, é mais um estudo de personagem em que temos de rir de algumas partes.

Gostei bastante e fiquei muito satisfeita por ter tido a oportunidade de o ver. :)

Suburbicon

Suburbicon
George Clooney
2017
Filme
5 em 10

Tinha ouvido falar sobre este filme na rádio e, só por isso, fiquei com vontade de o ver. :) E foi curioso porque, já que estávamos numa onda de direitos civis, este filme também trata um pouco sobre isso. Mas a sinopse que deram na rádio é completamente diferente!

Suburbicon é uma cidade maravilhosa, em que toda a gente vive feliz e contente. Quando uma família de negros se muda para lá e um crime estranho acontece na casa do lado, todos relacionam uma coisa com a outra. Mas há mais mistério do que se possa imaginar.

Este é um argumento dos irmãos Coen, que tinha ficado na gaveta por muitos anos apenas para ser recuperado por George Clooney, agora tornado realizador de cinema. A tentativa é boa: o argumento tem aquele humor típico dos irmãos, a crítica social, o americanismo intenso. Mas a execução fica um pouco aquém das expectativas.

Para começar, toda a cidade, todo o ambiente, as personagens, até mesmo os actores, tudo parece falso, construído, exagerado. Uma caricatura de um estereótipo que poderia servir bem como uma piada social se fosse simplesmente um pouco mais realista. Isto faz com que muitas cenas supostamente violentas sejam muito engraçadas e cenas supostamente muito engraçadas não nos toquem de todo.
 
Assim, acaba por ser uma experiência muito estranha, embora divertida. Clooney ainda tem muito caminho a percorrer.

Trabalhar com Inteligência Emocional

Trabalhar com Inteligência Emocional
Daniel Goleman
1998
Gestão

Há muito tempo atrás tinha lido, do mesmo autor, "Inteligência Emocional". Foi, na altura, uma leitura reveladora e muito útil para a minha vida pessoal. Portanto, quando me surge na TBR este livro, senti-me bastante motivada. Afinal, hoje em dia as minhas dificuldades pessoais estão relacionadas, sobretudo, com o meu trabalho.

No entanto, este livro foi escrito em 1998. Vinte anos depois, a informação que nele se encontra é algumas vezes obsoleta e, em outras, do conhecimento comum. Assim, não foi um livro tão útil como esperava.

Por outro lado, está plenamente dirigido a grandes empresas, sendo que não coloca sequer a possibilidade de existirem ambientes de trabalho com muito menos pessoas (que não se formam em "equipas", por exemplo, porque são só uma "equipa") em que a inteligência emocional possa ser aplicada de forma a tornar a actividade de negócio mais rentável e agradável para o empregado.

De resto, fiquei feliz por saber que, de uma forma ou de outra, as coisas que em mim se aplicam estão mais ou menos cobertas, hehehe ;)

Detroit

Detroit
Kathryn Bigelow
2017
Filme
6 em 10

Curiosamente, após ter feito um vídeo para o meu canal do Youtube sobre racismo, aparece-me um filme precisamente sobre o tema do racismo, desta vez orientado para a perspectiva da violência policial.

Este filme é uma peça semi-documental sobre o incidente do motel Algiers, durante as revoltas populares dos anos 60 em Detroit. Através de imagens documentais, análise bibliográfia e a colecção das memórias de alguns dos intervenientes, a autora faz uma reconstrução dos terríveis acontecimentos perpetrados por uma polícia inútil, injusta e racista, que culminaram em três mortes desnecessárias e malévolas.

O filme está bastante confinado a um único espaço, sendo que o resultado acaba por ser bastante bom, inspirando a um sentimento de pânico e claustrofobia apenas estimulados pela prestação excelente dos actores, que demonstram tanto o desespero da vítima como a hipocrisia do atacante.

É curiosa a mistura entre imagens reais, da época, e as imagens inventadas: este filme faz-nos realmente acreditar nos acontecimentos tal como mostrados, embora possam existir (como deverão, certamente) algumas inexactidões.

Um filme violento, mas bastante interessante.

Phantom Thread

Phantom Thread
Paul Thomas Anderson
2017
Filme
 7 em 10

Fomos ver este filme ao cinema. Ao Corte Inglés, para ser mais precisa, pois já não havia sessões no nosso cinema comercial habitual (e ainda bem, porque o detesto D: )

Woodcock é um estilista famosíssimo, nuns anos cinquenta fantasiosos, plenos de senhoras muito ricas, princesas e realezas em geral. No entanto, este homem é um estranho na sua própria realidade. Cheio de manias, não suporta a mudança da sua rotina, abordando de forma violenta todos aqueles que interferem nos seus hábitos diários.

Quando leva para casa uma musa inspiradora encontrada, por coincidência, num café rural, a sua vida vai mudar: esta mulher não irá aceitar ser rejeitada em nome de uma rotina e fará de tudo para que Woodcock lhe seja totalmente dependente. Será que vai conseguir?

Este é um filme contido, calmo, mas ainda assim sempre pleno de uma tensão fulgurante, que se revela no trabalho dos actores e, mais tarde, no desenvolvimento desta linha temporal, desta linha cheia de fantasmas e segredos. As obsessões dos personagens sofrem uma caracterização que é tanto agressiva como cheia de realismo. Os fantasmas passados e presentes de cada um deles ajudam a que a sua relação interpessoal seja tanto fascinante como absolutamente conturbada em termos emocionais.

Pareceu-me, no entanto, que a edição do filme pode - por vezes - ser um pouco confusa e ter alguns erros. Por exemplo, se a irmã bebeu o chá, porque não lhe aconteceu nada? Também a localização das filmagens, aquela casa, tem uma anatomia um pouco estranha, sendo que o autor não consegue mostrar-nos de onde vêm as pessoas nem para onde elas vão.

Finalmente, uma referência para a banda sonora. Apesar de ser feito por membro de uma banda que detesto, não é nada menos que brilhante!

Um filme que vale, sem dúvida, a pena!


91 Days

91 Days
Kaburagi Hiro - Shuka
Anime - 12 Episódios
2016
6 em 10

Mais um anime da lista dos mais populares. Aliás, todos os animes que estão na minha PTW agora pertencem a essa lista. Portanto, vamos ver o que temos a dizer sobre eles.

91 Days pareceu-me um anime muito reminiscente, em estilo e ambiente, dos tempos idos de Baccano, em que um grupo de personagens com bons traços e armas semi-automáticas andam num universo anos 30 a fazer das suas. Neste caso, em vez de termos um traço de comédia sempre presente, temos o oposto: uma negatividade, uma agressividade, uma certa violência emocional. Porque, afinal, este anime fala da máfia e a máfia não é uma boa equipa.

É como um "Padrinho" mas com figuras animadas, que lutam pelo seu lugar ao sol, que lutam pela vingança. A estrutura do anime é suficientemente simples para que nos sintamos com vontade de nos identificarmos com as personagens, mas estas acabam por ter uma densidade muito relativa e por cair no estereótipo "baccano" dos animes que são passados neste lugar histórico.

Temos uma animação bastante satisfatória, sendo que o estúdio dedica alguma atenção às expressões das personagens, de forma a que os seus sentimentos sejam transmitidos da maneira mais directa possível. De resto, o ambiente em geral tem uma paleta de azuis e verdes muito escuros, o que torna a visualização difícil para os meus olhos partidos em alguns momentos.

A OP e ED têm o seu interesse, mas em termos de parênquima não existe absolutamente nada de relevante.

Um anime pouco mais de mediano, mas que não custa a ver.

Morugem

Morugem
Alpha Teatro
2017
Teatro

Quis ir ver esta peça porque, segundo dizia a sinopse na agenda do mês, era baseado num livro de Juliet Marillier de que eu havia gostado imenso. Ao chegar lá, aprendi que se tratava de um peça inclusiva (com pessoas amadoras de todos os tipos) e ao iniciar a peça, aprendi que foi baseada no único livro da trilogia de Marillier que ainda não li. -_- Portanto, foi uma grande frustração.

Agora, sobre a peça... Não posso dizer que não tenha ficado desiludida. Se por um lado temos uma adaptação textual bem feita e uma encenação muito interessante, com uma utilização dos cenários e jogo de luzes muito inteligente, por outro lado temos interpretações fracas e pouco convincentes. Os actores vão evoluindo à medida que a peça vai decorrendo e vão ficando cada vez mais envolvidos nas suas personagens, mas o seu amadorismo é evidente, na medida em que a encenação formativa deveria ter dedicado um pouco mais de tempo a acertar certos detalhes, sendo o mais premente a própria presença em palco enquanto personagem.

Devido a este facto, existem alguns elementos da história, como a passagem do tempo e a mudança de lugar, que podem ficar um pouco confusos, tornando a adaptação numa luta constante por identificar o espaço-tempo da história.

Espero que, numa futura reposição, haja um trabalho mais dedicado ao aperfeiçoamento destes detalhes, pois temos aqui imenso potencial para uma peça extremamente interessante!

21.2.18

Três Cartazes à Beira da Estrada

Três Cartazes à Beira da Estrada
Martin McDonagh
2017
Filme
6 em 10

De todos os filmes com nomeações para Oscar, este era o que eu mais queria ver. Entretanto, a minha mãe tinha ido vê-lo ao cinema e apodou-o de "estranho". O que viria daqui?

Mildred perdeu a sua filha num brutal assassinato. Há sete meses que não tem notícias da polícia sobre o desenvolvimento do caso. Portanto, decide colocar três violentos cartazes à beira da estrada onde a jovem foi morta, de forma a chamar atenção para o caso. Isso virá a ter consequências terríveis para todas as pessoas desta cidade.

No fundo, existe neste filme sempre uma dicotomia de "a minha palavra contra a tua", algo que parece ser bastante típico do local que o filme tenta caracterizar. Neste sul profundo e rural, as pessoas são fortes, ignorantes e rápidas a tomar decisões sem fundamento. Isso leva a que tenham atitudes violentas. No entanto, é nestas atitudes que, uns com os outros, acabam por evoluir enquanto personagens.

O problema principal aqui é que, a todos os momentos, pensamos que o mistério se vai encaminhar para a resolução e isso, na verdade, nunca chega a acontecer. Aliás, o mistério chega a ficar mais denso, mas torna-se frustrante porque nunca vemos uma conclusão. O filme é, então, sobre os cartazes e sobre a influência deles nesta cidade. Mas se era assim, porque nos deixaram com vontade de saber o que aconteceu à rapariga?

As prestações dos actores são boas, mas não diria que são excelentes. Transmitem bem a força dos personagens, mas os personagens em si - sendo sólidos - não têm um potencial extraordinário. Talvez tenham feito o melhor com aquilo que tinham.

Algumas cenas, além disso, pareceram-me digitais: não havia integração com os cenários e a definição era muito maior do que a do resto das coisas em cena. Estranho....

Enfim, fiquei um pouco desapontada. Veremos o que diz a academia.

Durarara!!x2

Durarara!!x2
Omori Takahiro - Shuka
Anime - 12 Episódios + 12 Episódios + 12 Episódios + 2 OVA
2016
6 em 10

Bem, a minha nova PTW está recheada destas segundas seasons e terceiras e quartas de animes que não me interessaram na altura mas que, pelos vistos, interessam a uma grande fatia da população em geral.

Já mal me recordava da primeira season, mas fui ver uma sinopse e avancei. Este "x2" consiste em três seasons distintas, que vão avançando com uma história que tinha tudo para estar concluída. Pegamos nas personagens anteriores e damos-lhes uma importância desmedida. Juntamos uma série de emoções mais ou menos metidas a martelo e temos uma segunda season?

No fundo, não existe muito mais desenvolvimento do que aquilo que já tínhamos. Acrescentamos um mistério um pouco mafioso e fica-se por aí. Aliás, penso que os personagens, de tão emotivos ficarem e de se esforçarem tanto para fazer uma história que não existe em avançar, perderam completamente a sua caracterização inicial.

Como chora uma pessoa sem cabeça?

De resto, a animação está decentezinha e agrada à maior parte dos olhares. Existe uma fluidez no rascunho, apesar de os movimentos não serem especialmente detalhados. Musicalmente, temos algumas peças interessantes como OP ou ED, mas a banda sonora não se distingue.

Mais um e é isso.

Uma Noite de Verão

Uma Noite de Verão
Produções Acidentais/William Shakespeare
Texto - 1594/2018
Teatro

A propósito da participação de um amigo nesta peça, fomos ver a reposição ao Teatro-Estúdio António Assunção. Trata-se de uma adaptação do famosíssimo "Sonho de Uma Noite de Verão", do nosso grande amigo Abana-a-Pera. :)

O grupo optou por manter o texto, quase na sua forma integral, apenas com uns ligeiros cortes. e, na sua interpretação, muito naturalista, ficamos a ver o quão estas palavras se mantêm actuais e mesmo como um vocabulário desactualizado e complicado ainda nos consegue matar a rir.

A prestação dos actores foi surpreendente, tanto das melhores como das piores maneiras. Por um lado, temos um conjunto de profissionais que ficam aquém das expectativas. Por outro, temos um conjunto de amadores que ultrapassa em muito aquilo que lhes foi pedido e fazem um trabalho que, na sua simplicidade, funciona na perfeição.

Achei também que as opções de guarda roupa foram muito jocosas para a peça e, sobretudo no respeitante às fadas, preguiçosas e pouco coerentes.

A peça tem também alguns momentos musicais que ligam muito bem com o texto e com a densidade das personagens e que trazem sempre mais animação ao texto. Nota apenas para o estranho vídeo da vida selvagem, que por vezes fazia fugir a concentração.

De resto, um verdadeiro sucesso!

Watchmen

Watchmen
Zack Snyder
2009
Filme
6 em 10

Sendo que a banda desenhada é uma leitura essencial para qualquer fã do meio, será que o filme fica além das expectativas? Para tirar a prova, vimos um Director's Cut, por dois dias. :)

A adaptação é boa, sim, pode-se dizer isso. O filme segue exactamente a história, vinheta por vinheta, sendo que tem várias características visuais muito surpreendentes. Os cenários são altamente detalhados e o autor consegue captar muito bem todo o ambiente textual da banda desenhada. 

Uma das principais críticas a este filme foca-se nos actores. Não achei que fossem maus, ou que lhes faltasse química. Achei, talvez, que fossem todos demasiado belos (até os feios), sendo que os designs dos uniformes me pareceram muito modernos e "clean" para o contexto. Também me fez impressão toda a força que os heróis têm, que é muito distinta daquela das pessoas normais. Na banda desenhada eram, sem dúvida, mais frágeis e mais humanos na sua forma física.

Outro defeito é a utilização de animação digital, sobretudo para o rendering do Dr. Manhattan, que tira muito realismo à história. Falando neste, pareceu-me que a caracterização que lhe foi dada pelo actor foi, talvez, demasiado conclusiva e definitiva: demasiado humana para alguém que está perdendo a sua humanidade.

De resto, é um filme divertido e tem alguns detalhes que irão agradar aos fãs. O final foi um pouco desapontante, pois a apoteose final foi muito reduzida, mas parece-me que vale a pena. :)

Silêncio em Outubro

Silêncio em Outubro
Jens Christian Grondahl
1996
Romance
 
Romance de um autor Dinamarquês, país do qual não li muitos autores. Infelizmente, trata-se de um romance muito simples e muito novelesco, que raia a ponta do azeite, se é que na Dinamarca se produz tal néctar.
 
O narrador é um crítico de arte, altamente elitista, que estuda os americanos modernos e que é casado com Astrid, uma pessoa irrelevante apesar de encantadora. Aparentemente fizeram, no início do seu romance, uma viagem pela Península Ibérica (o que pode ser a causa de fascínio do leitor P Português por este livro). Um dia, Astrid desaparece e, pelo registo do seu cartão de crédito, o narrador pode ver que ela está a percorrer os mesmos locais por onde haviam viajado.
 
O narrador fala do seu casamento estagnado e em como nunca amou verdadeiramente, de forma apaixonada, esta mulher que agora desapareceu. Em vez disso, o autor prefere caracterizar este crítico de arte como mais um taradão insatisfeito, que se apaixona rapidamente pela mais jovem das carnes e pensa imediatamente em trocar de vida para ter uma companheira mais actualizada. Não hesita em trair a sua esposa e não hesita em remeter quase todos os seus pensamentos para a memória de uma ex-amante.

Portanto, o livro acaba por se tornar insuportável. O narrador é insuportável e o autor não parece entender que este tipo de pessoas não deve ser congratulada e apoiada dando-lhe o protagonismo num livro e desculpabilizando-o a todo o momento, tornando as suas atitudes nojentas em algo perfeitamente natural, como se fosse o certo a fazer.

Lixo.

16.2.18

Loving Vincent

Loving Vincent
Dorota Kobiela e Hugh Welchman
2017
Filme
6 em 10

Supostamente, o "primeiro filme inteiramente pintado à mão"! Mas uma real mentira!
 
 Passado um ano após a morte do pintor, Vincent Van Gogh, conta a história de um jovem chamado Armand, que está em busca da verdade sobre a morte daquele. Ele dirige-se aos lugares onde o pintor passou os seus últimos tempos e fala com diversas pessoas sobre o assunto, desenvolvendo a sua própria teoria da conspiração que, por sinal, não tem pés nem cabeça. O filme, em vez de falar do problema real do pintor, uma depressão profunda associada a outras doenças mentais e, possivelmente, estágios finais de sífilis, decide fazer de Van Gogh uma pessoa encantadora e maravilhosa que estava em paz com a vida. O que não é verdade, segundo consta.

Agora, falemos da animação. Supostamente brilhante, dizem eles. 65000 quadros pintados à mão para fazer este filme. E sim, há muitos quadros em pintura a óleo usados neste filme. Mas são todos postos em cima de actores, com rotoscópio! Batota! Mentira! Inteiramente pintado à mão é muito fácil, quando se tem tratamento digital em cima! É certo que temos cenas espectaculares em termos de movimento, mas na maior parte do tempo, há uma fraquíssima integração dos personagens no cenário (olhando para cada cena sabemos, exactamente, quais dos elementos se vão "mexer") e o tratamento da pintura sobre imagem fotográfica está bastante incapaz, pois é demasiado realista.

Os diálogos são fracos, pouco apropriados para a época, e a dobragem tão americana soa mal. O actor que faz de Van Gogh torna Van Gogh no pateta da terra, todo cheio de inocência e coitadice.

Um desapontamento e um filme mentiroso.



Tudo Sobre o Vinho do Porto

Tudo Sobre o Vinho do Porto - Os Sabores e as Histórias
João Paulo Martins
2000
Não-Ficção
Este é um livro prático que reúne diversas informações sobre a arte de fazer um vinho muito especial: o vinho do Porto. 

Com uma linguagem simples, embora por vezes empregando termos técnicos (que, de todos os modos, estão contemplados num glossário no final), o autor explica-nos a origem deste tipo de vinho e a forma como ele é produzido, desde a plantação das videiras, à vindima, passando pela definiçºão das castas e da mistura destas. Talvez a parte menos interessante tenha sido o discorrer sobre as classificações das culturas e dos vinhos, termos altamente técnicos e de difícil de compreensão para um leigo.

O autor também esclarece alguns mitos e lendas sobre este tipo de vinho, por exemplo "coloca-se uma vaca inteira dentro da pipa a derreter". Ainda bem que não há carne envolvida e que o tratamento do vinho, hoje em dia, é essencialmente vegan!

Aprendi também que ser enólogo tem muito mais de engenharia do que de bebedeira, para meu grande desapontamento.

Um livro interessante para quem tenha curiosidade sobre o assunto.

14.2.18

Cosplay Photoshoot #15

Cosplay Photoshoot #15

Após um ano em que não pude ir ao evento de abertura da season de cosplay portuguesa, encontro-me de volta ao encontro nacional de todos os cosplayers que se querem encontrar! =D A Cosplay Photoshoot está de volta, pelo seu décimo quinto ano. E, agora, na sua adolescência, continuará a ser o mesmo sucesso?
Tinha o meu fato preparadíssimo há algum tempo, com excepção da peruca. Apesar de a ter encomendado em Novembro, ficou retida na alfândega durante mais de um mês e nunca esperei tê-la a tempo. Aliás, tinha até averiguado umas perucas da loja do chinês para safar. Mas, graças à obra e graça da santa dos CTT, chegou a tempo! Só tive um dia para a estilizar, mas consegui! Portanto, chegou o Sábado de Carnaval, peguei no Qui, peguei no Nhónhó (carro da minha mãe, que estava emprestado enquanto o meu foi à revisão) e ala que se faz tarde!

Como sempre, um evento agradável, onde pude encontrar muitos amiguinhos e conversar boas conversetas. Tirar fotos, sim, tirar uma grande foto de grupo. Que feliz me vejo na foto de grupo! Acho que pela primeira vez fiquei bem localizada no grupo, hahaha! O meu fato, congratulado. Mas fotos, nem vê-las. Só uma menina, que estava ao meu lado na foto de grupo, me veio pedir foto. Isto porque, apesar de ser tão novinha, conhecia Vampire Princess Miyu, fonte do meu cosplay! Dei-lhe o meu cartão para que me enviasse a foto, mas penso que a mãe da moça ficou assustada comigo.



Desta vez a foto foi numa escadaria diferente, ninguém estava habituado. Fez-me uma certa confusão a pobre organização, Leonor que bem gritava pelo megafone e era constantemente ignorada pela ala da juventude, que repetia sem cessar "não vou não faço não quero". Muito mal educados, mas compreende-se a alegria e histeria colectiva. :)

Depois fomos tirar uma sessão de fotos. Desta feita o Zé Gato não estava disponível, portanto foi o Qui a tirar fotos minhas. Gostei muito, foi muito giro andar com esta pessoa, de que tanto gosto, a tirar fotos por aí. E não é que a criaturinha até tem um jeito especial para a coisa? :) Se quiserem ver, está já no meu Flickr e, em breve, na minha página de cosplay! =D Ajudam-me a escolher uma foto para o concurso? Desta vez, tem uma escolha do júri e uma "melhor selfie". Selfie vai ser difícil, porque não me sei selfizar, mas podem ajudar-me a escolher uma foto para a versão normal do concurso! =D Vejam aqui:



De resto, achei muito giro que tivessem feito algumas actividades propriamente ditas, nomeadamente um peddy paper. Não participei, porque tinha frio (apesar de ter usado uma versão invernal deste cosplay, que é muito fresco), mas parecia giro. :)

E agora? Agora vamos ver as

Fotos de Toda a Gente! 


































Enfim, espero que tenham gostado. Tenho mais fotos que tirei sem as pessoas estarem a ver, mas vou-lhas mandar privadamente para não haver cá confusões (apesar de eu achar que essas fotos estão bastante giras :) )

Obrigada por me fazerem companhia e pelas simpáticas palavras! Até para o ano! =D