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26.12.17

Kino no Tabi (2017)

Kino no Tabi: The Beautiful World (2017)
Taguchi Tomohisa - Lerche
Anime - 12 Episódios
2017
4 em 10

Kino no Tabi é um dos mais respeitados e bem falados animes que se poderiam enquadrar num tema como "literatura de viagens". Baseado numa longa série de light-novels, conta a história de Kino, uma criança que viaja de mota (Hermes) por várias cidades, conhecendo diversas pessoas e as suas situações particulares. Agora, uma década volvida, decidiram fazer um remake. 

E destruíram a magia do original em todo o seu absoluto.

Para começar, é dada uma identidade de género e sexual a Kino. Já não é simplesmente uma criança, a quem o género é irrelevante. Agora é um rapaz que, sendo baixinho, até é bastante sedutor. Só por isso fiquei imediatamente irritada. Temos também uma série de personagens que passam a acompanhar Kino em diversas aventuras em que este arremata diversas situações pela força da bala, existindo alguns momentos de clara violência e descontrolo do personagem, o que não corresponde em absoluto ao original. Assim, as pequenas aventuras diárias, de cidade em cidade, acabam por ganhar uma dimensão generalista, como se Kino tivesse realmente uma missão oculta que tem de completar.

Para além disso, temos uma animação e arte em geral de um ridículo que nem chega a ter piada. Toda a maquinaria é digital, o que torna Hermes num conjunto de poliedros com cell-shading muito desengonçados, assim como todos os elementos da paisagem que aparecem em número superior ao binário. Esta é extremamente simples, sendo que não se focaram minimamente na sua bveleza para ilustrar o tal "beautiful world" que está no título.

A banda sonora electrónica também não faz qualquer tipo de sentido.

Gostaria de des-ver este anime, mas - não sendo possível - remeto-me só a classificá-lo nos finalmentes da minha lista.

Inuyashiki

Inuyashiki
Satou Keiichi - MAPPA
Anime - 11 Episódios
2017
7 em 10

Dizem as más línguas que este anime teria sido cancelado por excesso de violência. Acabopu por ser o meu anime preferido da season e grande candidato ao meu favorito do ano!

Do criador de séries aterrorizantes como Gantz, aparece-nos um anime muito contemplativo e triste sobre o próprio significado da força da vida e do que se pode fazer com ela. Um senhor, que até nem é velho, é diagnosticado com um cancro fatal. Ao tentar entrar em contacto com algum tipo de símbolo para a sua vida, é atingido por um raio que o torna numa máquina com poderes inimagináveis, incluindo voar, lançar tiros e salvar pessoas à beira da morte. O que ele não sabe é que alguém pior intencionado que ele também ganhou os mesmos poderes.

Se ao início acompanhamos este senhor a aprender como utilizar os seus novos talentos, salvando pessoas aleatórias na rua, cada uma com a sua pequena história trágica, rapidamente este anime se torna num conflito entre o que é inerentemente bom e aquilo que é inerentemente mau, com algumas nuances de caracterização que tornam tudo absolutamente delicioso.É um anime que não se poupa na violência, é verdade, tanto visual como emocional. MAs, no fundo, é um anime que nos mostra uma perspectiva da existência enquanto pessoa que se aproxima do seu final. A isto acompanha uma banda sonora muito emotiva e melancólica que muito adiciona aos sentimentos dos personagens.

Infelizmente, a animação não é de todo perfeita. Existem demasiados momentos em que o CGI é utilizado inutilmente, arruinando o equilíbrio entre os personagens e os cenários ou vice-versa. Não fosse isso e talvez a classificação tivesse sido melhor.

Este anime pode ter passado ao lado de alguns, mas sugiro que lhe dêem uma oportunidade. :)

Ballroom e Youkoso

Ballroom e Youkoso
Itazu Yoshimi - Production I.G.
Anime - 26 Episódios
2017
6 em 10

Finalmente terminamos a corrente season e aqueles sobejantes da anterior. Terminamos, quiçá, com o anime mais desapontante do ano.

Quando pensamos num anime de desporto, pensamos em competições muito intensas, com utilização do personagem para o seu desenvolvimento pessoal e da actividade desportiva em si, foco dado à superação do eu e a oposição com os outros concorrentes. Este anime sobre danças de salão faz, precisamente, tudo menos isso.

Um rapaz que não conhecemos de lado nenhum, com uma caracterização rasa, é atirado de para-quedas para o mundo das danças de salão, que se vêm a descobrir mais regulamentadas do que se poderia pensar. Cria logo uma rivalidade e um sonho. Só que, à medida que a série decorre, tudo isto é abandonado. O personagem não parece evoluir de forma alguma: para começar, como não era ninguém continua a estar em branco, em termos de personalidade; depois, as suas capacidades atléticas não parecem melhorar minimamente com o tempo, sendo que em todas as comeptições ele falha, esbardalha-se, hesita, comete erros e nunca tem um sucesso que o possa motivar.

Com este estúdio, também esperávamos uma animação surpreendente, sobretudo porque vamos ver pessoas a dançar. A verdade é que, de certa forma, o que fizeram foi excelente em termos de poupança de orçamento. Porque a animação... Não existe propriamente... O que existe é uns passos à frente e atrás, um movimento de anca e depois uma imagem parada das expressões faciais. Estas, estão bastante boas, assim como os designs de todos os personagens e suas roupas.

Também esperávamos, com um anime sobre dança, que se focassem de alguma forma na música que é dançada. Ela aparece, é verdade, mas em pano de fundo, em volume muito baixo, essencialmente irrelevante. As OPs e EDs são daquele tipo altamente motivador que aparece sempre nos animes de desporto.

Esperava muito deste anime e fiquei triste.

Hanada Shounen-shi

Hanada Shounen-shi
Kojima Masayuki - Madhouse Studios
Anime - 25 Episódios
 2002
6 em 10
Quando pensamos que um estúdio é intocável, por vezes aparecem-nos animes que nos dão o exemplo do contrário. Um exemplo é este Hanada Shounen-shi.

Um rapazinho muito mal-criado e bastante irritante tem uma experiência que o aproxima da morte. A partir daí, começa a ver espíritos de pessoas que estão com dificuldades em continuar a sua viagem para o além, sendo que o rapaz tem de os ajudar a encontrar o seu caminho. Ora, de certa forma, este rapazinho tem uma caracterização tão focada em irritar o espectador que as suas acções acabam por ser mais passivas do que compassivas. Isto é, as atitudes que ele toma tendo em vista o afastamento dos espíritos são mais para proveito próprio do que para a salvação das tais almas danadas, sendo que muitas vezes o seu percurso não envolve qualquer acção de maior. Ainda assim, temos um conjunto de histórias episódicas que podem ter algum carinho e provocar algum nível de comoção, se estivermos emocionais nesse momentos.
 
Quando digo que o estúdio desaponta, falo disso porque a animação, costumeiramente exemplar, peca por defeito. Os designs são muito simplificados e a colorização em jeito de lápis de cera não abona em favor de uma animação fluída e com momentos de acção detalhada. Existem alguns detalhes muito engraçados, mas fora isso é simplesmente mediano.
 
A música é simpática, mas em termos de banda sonora bastante incompleta.
 
Ainda assim, um anime suave e familiar.

22.12.17

We Should All Be Feminists

We Should All Be Feminists
Chimamanda Ngozi Adichie
2014
Manifesto
 
Estava a aproveitar os descontos da Black Friday do BookDepository para comprar uma prenda de Natal e não pude resistir a comprar livros para mim... Vocês impeçam-me! Proibam-me de ir a estes sites em dias de descontos!
Enfim, estava curiosa com esta autora há bastante tempo, portanto pensei em comprar este livro, do qual já tinha ouvido falar. É um livro minúsculo, que se lê num instante, e trata-se da adaptação de um discurso desta autora num congresso africano.

Através de vários exemplos pessoais, Chimamanda revela-nos as diversas injustiças que ainda são perpretadas à mulher, enquanto pessoa de género, sobretudo nos países africanos. Exemplos são o facto de as pessoas se dirigirem ao homem que acompanha; o facto de mulheres desistirem dos seus sonhos para agradar ao homem; o facto de nas escolas os rapazes serem tidos como superiores. E assim por diante. São situações que, certamente, todas nós vivemos de uma forma ou de outra. Apesar de tudo, penso que o discurso poderia ter sido mais generalista.

A autora apresenta, entre isto, sugestões sobre como podemos melhorar a educação das nossas crianças de forma a tornar toda uma geração numa geração de feministas, isto é, uma geração que acredite na pura igualdade entre género e que não continue com esta série de injustioças. Por exemplo, fala da fragilidade da masculinidade, em que a criança de sexo masculino é sempre educada para se estabelecer como uma entidade não-emocional, plena de força e superioridade física.

Um discurso exemplar para quem se interessa pelo assunto dos direitos humanos e, mais em específico, o dos direitos pela igualdade de género.

 

A Pedra e a Água + Síntese Poética

A Pedra e a Água + Síntese Poética
Rui Ferreira Bastos
1995 & 2005
Poesia

Na minha TBR encontram-se livros tão inusitados que uma pesquisa do google não me devolve nenhum resultado sobre eles. Estes dois pequeníssimos volumes referem-se a dois livros de poesia, um original e uma antologia, escritos pelo pai de um membro da minha família. Li-os com todo o cuidado e, por isso, farei apenas um brevíssimo comentário.

A Pedra e a Água sente-se como um livro de referência no universo deste autor, que segundo consta teve uma rica actividade em termos poéticos. São poemas normalmente bastante curtos, que transmitem uma série de emoções primordiais, fazendo uso de uma especulação tanto visual como auditiva que nos permite captar uma variedade de sentimentos, muito relacionados com a ausência e uma certa melancolia.

Síntese Poética é uma compilação organizada pela Câmara Municipal de Oeiras e reúne alguns dos melhores poemas do autor, sendo que alguns já estavam contemplados no livro anterior. Este livro pareceu-me uma edição mais fraca, sobretudo em termos visuais.

Foi uma boa experiência e, agora, fiquei com pena de não ter realmente conhecido este senhor. :)

A Arquitectura Popular Portuguesa

A Arquitectura Popular Portuguesa
Mário Moutinho
1979
Teoria da Arte

Apanhei este livro na minha nova TBR, para descobrir que é um livro de estudo dirigido a estudantes do secundário. Isto em 1979, belo ano.

Para começar, aprendemos um pouco sobre os tipos de solo e estruturas paisagísticas do nosso país. Isto porque as casas que são construídas dependem muito das pedras que estão disponíveis e, também, do tipo de solo em que estão. Também dependem largamente da actividade principal dos seus habitantes: por exemplo, a casa de um pescador tem necessidades diferentes da casa de um jornaleiro.

Depois disto são-nos apresentados os vários tipos de casa conforme a zona do país. Ora, esta secção pareceu-me um pouco limitada, sobretudo no tempo, pois caracterizar o tipo de casa baseado numa existência de frugalidade típica das zonas rurais do país (especialmente na época da concepção deste livro) acaba por se tornar num elemento muito desactualizado.

O livro é ricamente ilustrado com fotografias, mas estas são de tão má qualidade que é difícil aplicar a teoria aprendida em cada capítulo às imagens apresentadas.

Mas enfim, fiquei a saber um pouco sobre casas. :)

Pétalas

Pétalas
Gustavo Borges & Cris Peter
2017
Banda Desenhada

Uma das mais recentes edições da Kingpin Books, editora que venho acompanhando, comprado no AmadoraBD do presente ano. :)

Uma raposinha pequenina procura lenha no meio da neve. Encontra um pássaro que tem poderes mágicos, de ilusionista, que traz grande alegria aos habitantes da aldeia da raposa, curando pessoas doentes e fazendo boas acções.

Esta é uma história que, sendo extremamente simples, usa da sua simplicidade para transmitir uma série de sentimentos felizes e trazer-nos uma mensagem muito bela. Sem diálogo, a acção decorre com calma, com uma sucessão de vinhetas que nos permite perceber exactamente o que se passa, quem é quem e qual as consequências dos actos.

Os desenhos são amorosos e as cores muito suaves, remetendo-nos para um mundo de neve em que nem tudo é gelado e onde as pétalas da Primavera poderão sempre reaparecer-.. Temos um conjunto de paisagens belíssimas, com céus brilhantes e uma floresta nua mas acolhedora.

Foi um livro que me deu um arrepio no coração, um sorriso e um calor. Emoção. E talvez seja isso o maior talento de um autor.

Como Falar com Raparigas em Festas

Como Falar com Raparigas em Festas
Neil Gaiman, Fábio Moon & Gabriel Bá
Banda Desenhada
2016

Adquirido no AmadoraBD, é a mais recente edição portuguesa da dupla brasileira que nos ofereceu Daytripper. Inspirado num conto homónimo de Neil Gaiman, é um livro misterioso que se vem a revelar muito diferente do que o título poderia fazer esperar.

Dois amigos vão a uma festa. Um deles consegue sempre uma conquista feminina, enquanto que o outro (o narrador) tem dificuldade em iniciar uma conversa. Nesta festa, este conhece uma série de raparigas e esforça-se por falar com elas. Mas o seu discurso é bastante estranho... Quem será esta gente?

A verdade é que nunca chegamos propriamente a discernir o mistério, o que acaba por ser um pouco frustrante. O discurso das raparigas traz um certo fascínio, mas depois não chegamos a saber qual o seu verdadeiro significado. Isto, para mim, tirou muito do potencial do livro. No entanto, entendo que - sendo baseado num conto - estes detalhes tenham sido deixados de fora propositadamente.

A arte é delicada, com cores suaves e aquareladas, mas não apreciei especialmente o conjunto de expressões faciais disponíveis, que me pareceram exageradas e pouco dadas a uma correcta anatomia.

De certo modo, foi uma experiência um pouco desapontante.

Amantes dos Reis de Portugal

Amantes dos Reis de Portugal
Paula Lourenço, Ana Cristina Pereira & Joana Troni
2008
História

Ofereci este livro à minha mãe no seu aniversário de 2013. Agora foi a minha vez de o ler. :)

Portugal teve uma série de monarcas, desde a concepção do país no século XII. Mas será que esses monarcas foram um exemplo de castidade? Nem por isso... Este livro conta-nos as histórias e os dramas das amantes de cada um desses reis e rainhas, com todas as implicações que a presença destas teve na evolução das políticas nacionais ao longo dos tempos.

Ao início, não estava a achar o livro muito interessante: para mim tudo o que estava a acontecer não passava de uma sucessão de nomes desconhecidos para mim. Mas à medida que nos vamos envolvendo nestes meandros políticos e conhecendo cada vez mais sobre o contexto em que cada um destes reis apareceram, tudo se vai tornando mais fascinante e a leitura acaba por ser compulsiva e quase viciante.

Foi também uma excelente maneira de rever a história de Portugal desde o início, passando por mitos tão famosos como Pedro e Inês, mas também falando de alguns detalhes que ficaram esquecido nos tempos, como vários casos de impotência e infidelidades que quase iam compromentendo o nosso reino.

Gostaria apenas que tivessem incluído mais relatos sobre o quotidiano destas pessoa,s pois é uma parte que me interessa bastante.
 
De todos os modos, foi uma leitura muito cativante!

Chuuka Ichiban!

Chuuka Ichiban!
Annou Masami  - Nippon Animation
Anime - 52 Episódios
1997
6 em 10

Mais um anime de culinária para a minha colecção! Mas este dedica-se, essencialmente, à comida chinesa.

Mao é o herdeiro de um famoso restaurante, até ao momento em que falha num desafio que lhe é proposto. A partir daí, enceta uma viagem, onde conhece novos amigos que o ajudarão a responder a desafios cada vez mais difíceis na área da culinária.

É um shounen de batalha típico, com alguns detalhes fantasistas que o tornam altamente improvável, mas é também um anime cheio de vivacidade, com personagens agradáveis que não cedem à parvoíce que é tão típica deste estilo. Apesar destas não terem grande desenvolvimento emocional, as suas capacidades em termos culinários vão evoluindo de forma bastante sólida, sendo os desafios cada vez mais difíceis e cada vez mais interessantes.

A animação é característica da sua época. Para um anime com tantos episódios, mantém-se coerente ao longo de todas as seasons. Apesar de não termos cenas de acção espectaculares (com excepção para alguns toca e foge que vão sempre acontecendo)(, os designs são cuidados e as comidas apresentadas têm sempre um ar delicioso.

A banda sonora é discreta e a OP e ED não ligam especialmente bem com o tema.

Um anime divertido e familiar.

Star Wars - Episode VIII: The Last Jedi

Star Wars - Episode VIII: The Last Jedi
Rian Johnson
Filme
2017
7 em 10

Fomos à sessão da meia noite ver o Star Wars! Não conseguimos aguentar mais o risco de apanhar com um spoiler... Foi um filme muito giro! Aviso desde já, falando nos spoilers, que este post os pode conter em grande número: são coisas sobre as quais preciso de falar.

Nesta fase da história, Rey foi em busca de Luke Skywalker e a Resistência está cercada. O filme fala-nos, então, sobre a descoberta da primeira enquanto mediadora da Força (não necessariamente Jedi) e sobre as várias tentativas de fuga da Resistência aos ataques da Primeira Ordem. Temos a introdução de novos personagens e um grande desenvolvimento de personagens anteriores, nomeadamente Flinn.

O filme é muito divertido, dando-nos algumas piadas intercaladas com situações mais sérias. Rey forma uma ligação muito forte com Kylo Ren e é nessa exploração que descobrimos novos usos da Força que não tinham sido revelados anteriormente em filmes (mas, segundo consta, já eram utilizados na BD e nos desenhos animados). Sei que grande maioria do público não ficou agradada com estas diferenças, mas a verdade é que me parecem necessárias, para estabelecer esta nova série de filmes como algo puramente diferente, em vez de ser apenas mais uma reciclagem. Também os acontecimentos relativos a Leya fazem todo o sentido para mim: afinal, sendo ela uma Skywalker será certamente sensível à força, se bem de formas diferentes (por exemplo, será que inerentemente ela a utilizava como forma de diplomacia?), sendo o acontecimento deste filme a utilização mais básica do poder. Não será a autopreservação a forma mais básica de utilizar a Força?

Paisagens e novas criaturas são feitas com todo o cuidado e com um detalhe que resulta muito bem em termos visuais. As cenas do casino são de um excelente uso de CG e o planeta dos metais tem uma paisagem absolutamente fascinante.

Para mim, o problema principal do filme foi o seu tamanho. As cenas de acção, apesar de muito bem feitas, sucedem-se a velocidade vertiginosa, sendo que a maior parte delas é inconsequente, pois a Resistência nunca consegue escapar e está sempre em problemas. Poderiam ter cortado grande parte desta "palha" e a conclusão do filme seria a mesma. Por outro lado, foi bom que não houvesse uma grande insistência na relação entre Rey e Kylo Ren, ainda mantendo o mistério sobre qual a origem daquela, sendo dado mais ênfase aos outros personagens.

Gostei muito do filme e estou ansiosa por ver como se conclui. Mais alguém reparou na vassoura!? =D

20.12.17

Comic Con Portugal 2017

Comic Con Portugal 2017
Evento
Como dia eu... Fomos ao Porto!

Tudo isto começou como costuma começar: comigo a terminar um fato, a ensaiar sem tempo e a fazer as malas à pressa. Desta feita, esta correria toda acabou por ter algumas consequências nefastas, mas que no entanto não afectaram a nossa vida normal, e das quais irei falar de seguida.

Pois então, apanhámos um Uber até à Estação do Oriente onde, após um bom café, entrámos na carruagem 24 de um Intercidades cheio de gente. Claro que, de imediato, adormeci e só voltei a acordar em Ovar, momento a partir do qual me dediquei à leitura do meu livro.

Desta vez ficámos num lugar diferente: arranjei um quarto numa residencial bastante barata, num lugar muito central, a partir do qual conseguimos chegar a todos os pontos da cidade a penantes. Esta residencial, D. Duarte I, tinha uma funcionária simpática à moda do Porto que logo de início nos indicou que gostaria que víssemos o quarto primeiro. Ao que parece, a última pessoa que havia ficado naquele quarto saiu de lá antes do tempo, em grande revolta, poruqe o quarto era nojento. Realmente, não primava por excesso em termos de higiene, mas a cama era confortável e tinha tudo o que um quarto merece ter. Ficámos com ele e, após algukmas horas de descanso de beleza de Qui, fomos visitar a casa de uma amiga que vive no Porto.

Depois fomos ao nosso restaurante de francesinhas habitual, onde recebemos o convite de ir a uma festa nacional de clarinetes na ESMAE, que recusámos por motivos de sono. Depois vimos o Valerian. Entretanto, fui tirando muitas chapas para a minha colecção do Instagram. :)





No dia seguinte, acordámos tarde e fomos em busca de uma pizzas mágicas que havíamos experimentado numa viagem anterior. Encontrámos o lugar, após grande passeio a pé, e esperámos horas infinitas até receber as nossas pizzas (a minha veio sem um dos ingredientes prometidos...). Depois visitámos algumas feiras de Natal, onde aproveitei para completar as minhas compras desta época festiva. Passeámos até à ribeira, onde nos instalámos numa esplanada que estava a passar, no youtube, com anúncios, o melhor do reagatton de 2017. Confesso que o melhor do reagatton de 2017 não é muito bom... A nossa amiga que vive no Porto tinha-nos convidado para ir ver um espectáculo de circo, para o qual poderia conseguir-nos bilhetes, mas considerando a hora matutina a que nos teríamos de levantar no dia a seguir, preferimos comer num café perto da residencial e ir para lá de seguida, onde vimos o Man on the Moon.








E agora passemos a assuntos mais importantes e à razão pela qual se encontram neste espaço! Falemos da tão aguardada...

COME E CALA-TE
COMIC CON

Acordei eram seis da manhã, ainda a escuridão grassava na cidade invicta. A preocupação inicial foi vestir o meu fato. Com quatro cintas e um vestido muito justo às cintas todas, adicionava-se-lhe um prop bizarro, doravante conhecido como passareca. Aqui está uma foto dela a divertir-se no evento:

 
Esta passareca foi feita em quatro dias, com dificuldades agravadas, com ajuda dos queridos the Forge Cosplay, do querido Zé Gato e do querido DJP. Tem um mecanismo que lhe permite bater as asículas numa tentativa de vôo ligeiramente galináceo, isto é, do tipo que não leva ninguém a lado nenhum. Na preparação e feitura de malas e maletas para de seguida ao evento seguirmos para a nossa casa margem-sulense, atrasamo-nos um pouco e eu decido que em vez de ir à Casa da Música em busca do autocarro transfer (sobre os quais as informações eram escassas, nenhumas ou apenas rumores) iríamos tomar um Uber. Nessa altura, a funcionária da residencial onde ficámos manifestou o seu espanto por me ver toda maquilhada com uma peruca pretoroxa. Ah, seu eu fosse uma cosplayer com lata, tinha-lhe impingido logo um cartão!

À chegada à Exponor, um simpático segurança indica-nos o local para onde devemos ir, onde mais seguranças verificaram que o meu nome se encontrava escrito a esferográfica azul numa folhita de papel. Infelizmente, o nome do Qui não estava, apesar de eu ter remetido à organização o seu número de Cartão de Cidadão. Esta comunicação, apesar de na concepção ser bastante boa, acabou por não resultar em alguns aspectos. A ideia deles foi fazer um grupo para que todos os concorrentes pudessem esclarecer dúvidas que, a bem da verdade, eram prontamente respondidas pela organização. Claro que alguns detalhes semânticos poderiam ser melhorados: se o ensaio é das 8 às 10, dura das o 8 às 10 e em qualquer das horas podemos chegar. Indicam-nos que afinal é para lá estar mesmo às 8. Portanto, poderiam dizer simplesmente "é para estarem aqui às oito da matina e acabou-se!" E ainda deram a dica que quem não chegasse a essa hora era "atrasado". Não muito simpático, correcto? Da mesma fora, foi só com breves dias de antecedência que todos descobrimos que iria haver um pre-judging, pois tal não estava contemplado nas regras. A maior parte das pessoas, certamente, ficou contente. Mas eu gostaria de ter sabido desde o início com o que iria contar. Pequenos detalhes.

Enfim, dirigi-me ao auditório, onde procurei por algum organizador para que deixassem o Qui entrar. Eles não tinham chegado ainda e, quando chegaram, revelaram que também não os queriam deixar entrar. Pedi que permitissem a entrada ao Qui, ajudante muito importante. A verdade é que ele não ajuda a vestir, mas era essencial que ele visse o ensaio geral. Afinal, eu tinha ensaiado por breves minutos nos dois dias anteriores e, estando o skit marcado, não estava de todo suficientemente ensaiado. Vejamos as consequências disso de seguida.

Como fui a primeira a ensaiar (nem luzes tinha ainda, lol), consegui arranjar um bom cantinho no backstage para guardar as coisas e fomos ver o evento quando este ainda estava vazio. Encontrámos uma exposição de Star Wars e outra da Liga da Justiça, para além de algumas coisas relativas a séries dos nossos canais por cabo. Mostro-vos algumas das coisas, sob o risco de aparecer em algumas delas (perdoem-me por isso ;) ):
















 
O espaço estava organizado de maneira semelhante ao do ano passado: uma secção para lojas, uma secção para entretenimento televisivo e uma secção para jogos. Este ano surpreendeu-me pelo ênfase dado à área dos artistas (que são bons artistas), que tinham uma vasta zona para expor a sua arte.

Depois deste pequeno exercício exploratório fomos para a zona dos Heróis do Cosplay. às 10:00 deveria começar o pre-judging e, pensei eu, se fosse a primeira a chegar seria a primeira a ser avaliada e teria mais tempo para ver o evento. Infelizmente, estava feito por ordem de inscrição (o que faz todo o sentido, mas foi chato) e eu era uma das últimas. Afinal de contas, inscrevi-me no dia anterior ao final das inscrições... Tempos sem fim foram aguardados. A afrikansee convidada não estava presente à hora combinada e tivemos de aguardar por sua-graça, felizmente sentados onde era possível. Depois orderam-nos, pediram-nos o nosso tamanho de t-shirt, e aguardei numa fila infinita, sempre interrompida por visitantes que queriam passar-se para o outro lado, cheia de frio, de fome, de sede e de dores nos pés.

E finalmente chegou a minha vez do pre-judging! Cheguei lá, perguntei se era para falar em estrangêro (era) e expliquei que o meu fato tinha binding, tinha sido feito com técnica de moulage e a passareca tinha um motor que a fazia mexer, apesar de ser anormalética. Esperava, então, como num pre-judging normal, que me fizessem perguntas e explorassem os temas que eu tinha apr4esentado.Mas recebi um "obrigada" e passaram à menina seguinte.


 
A minha cara foi semelhante a DDDDDDDDDDD: quando isto se passou. Apesar de o meu fato parecer extremamente simples, teve a sua técnica para ser feito e simplesmente... Bem, simplesmente isso não interessa a ninguém, né? Comparando a minha passareca às armaduras supersónicas cheias de poderes que toda a gente tinha, é claro que nada disto interessa, lol Mas não deixei de ficar um pouco triste por perceber que tinha perdido a minha oportunidade de receber algum tipo de feedback ou sequer de estar na liga competitiva com os outros. Ainda pensei "a passareca ainda pode ser um bom prop" e ocorreu-me "ao menos ainda há o skit". Mas nada disso acabou por ocorrer, hahaha

Fomos almoçar e esperei trinta horas para comer um prego. Estava delicioso, diga-se de passagem, mas quando cheguei ao backstage já estava toda a gente preparada e almoçada, coisa que me causou grandes questões porque a secção das comidas estava, realmente, muito cheia de pessoal cheio de fome. Neste momento, gostaria de deixar aqui os meus imensos agradecimentos à organiszação e voluntários, que foram realmente muito simpáticos e estiveram a apoiar-nos de todas as formas possíveis. Eu tenho a noção de que devo ter sido a concorrente mais chata e menos desportiva de sempre, mas considerando o desconforto físico e emocional com que eu estava... Fui horrível na mesma. Peço imensa desculpa por vos ter feito sair do vosso caminho para me encontrarem soluções e, sobretudo, muito vos agradeço por me terem ajudado nos meus pequenos e irrelevantes problemas. <3 <3 <3 OBRIGADA!!!

Felizmente, o concurso correu dentro do horário estipulado, com grande rapidez entre concorrentes e um público muito interessado. Antes disso, procurei o júri dos props para lhe mostrar a passareca, ocasião em que descubro que isto dos props estava feito de outra maneira (que também não estava explicada nas regras): os jurados escolheram os cinco melhores props na sua opinião e só esses seriam avaliados. Isto chateou-me bastante muito algum bocado grande: eu queria porque queria ter feedback no mecanismo motorizado da passareca! Eu sei que ela é feia e era suposto ser bonita, mas eu queria saber o que poderia fazer para melhorar o seu mecanismo, que é a parte mais interessante! Senti-me muito desconsiderada, apesar de compreender que nem todos os props poderiam ser avaliados devido à quantidade imensa de concorrentes que éramos. Entretanto, um acontecimento engraçado: fui pedir à cosplayer convidada um cartão dela, que me tinha sido pedido pelos the Forge. Fui imediatamente rejeitada com a cara de cu mais preponderante que tive o prazer de ver nesse dia. Portanto, mais uma vez, as minhas desculpas aos The Forge por não ter conseguido cumprir com a minha promessa.... :<

Mas adiante! O skit! Ora bem, já estava fora no fato, estava fora nos props, pensei "agora vou fazer grande skit e não se perdeu o dia!" Mas... Não tinha ensaiado. Ensaiei três quartos de hora no quarto da residencial e pouco mais. Portanto, inspirada pelo filme do dia anterior, pensei em imrpovisar a cena mais estúpida, abstrusa, alucinada, a coisa mais parvónia que conseguisse! Mas não contei com dois elementos: 1. Ninguém conhece a personagem, portanto ver o Count D a abanar a anca não tem assim tanta piada; 2. Esqueci-me que o palco é absolutamente gigantesco e que, por isso, ninguém do público ia conseguir ver a minha cara. Outros factores: editei uma música com 5 minutos em um minuto e vinte, mal cortada, mal finalizada, mal editada; não tive tempo de fazer um vídeozinho engraçado. E, no fundo, este skit não era o skit que eu queria fazer, com este fato, com esta música e com este prop. Portanto, apesar da minha esperança em conseguir arrancar uma gargalhada geral do público, tudo o que consegui foi assustar as poucas centenas de pessoas que lá estavam. Tenho perfeita noção, apesar de ainda não ter visto o meu vídeo (que o Qui fez a fineza de gravar) que a minha figura era a de uma alheira de mirandela saltitante a agarrar numa passareca anormalóide, correndo de forma alienada por um palco. Portanto... Um flop, completo, absoluto, garantido! A piro coisa que fiz este ano! Para fechar o meu ano de cosplay com chave de... Com uma chave de cócó! =D Peço perdão pela minha falta de preparação e por vos ter mostrado um espectáculo absolutamente vergonhoso. Foi com a melhor das intenções, mas simplesmente não funceminou...

A quem quiser ver a minha triste figura, peço que se dirijam brevemente à minha página de facebook, onde o vídeo será publicado a seu tempo, e também o meu canal do youtube, onde publicarei vídeos de outros skits que o Qui teve a simpatia de gravar. :)


Ora, terminou o meu momento de vergonha e fui tirar o fato. Sei que não era suposto, mas terão de compreender o meu sofrimento, causado pelas cintas e pelo binder de peito. Estavam a cravar-se-me na pele e, por causa do binder, começava a ter alguma dificuldade em respirar (afinal, estava com ele há horas bastantes). Os meus pés estavam feitos em papa cerelac, só que sanguinolenta. E depois de tirar o fato e meter uma roupa imensamente mais confortável, pensei que não faria sentido apresentar-me em palco. Portanto fui-me logo embora. Não foi um "fuck you" geral, nem um acto de desprezo pessoal, mas sim uma questão de conforto e sobrevivência física. Graças a isso, infelizmente, não ganhei a t-shirt, que ainda gostava de vir a ter. Tentarei obtê-la por outra via e, quiçá, pela força! =D

Eram já quatro e meia da tarde quando me encontrei com o Qui, que me falou dos vencedores e com quem estive a falar do ambiente do backstage. Foi um concurso muito competitivo, em que toda a gente (menos eu) levou e deu o seu melhor do melhor. Créme de la créme, o que é de certa forma impressionante. Um concurso com imensos concorrentes e todos de uma qualidade muito boa! Senti-me um pouco deslocada, pois parecia que toda a gente se conhecia, mas encontrei algum apoio na Annie, que já me havia acompanhado muitas vezes na posição de voluntária e agora "passou para o outro lado", tendo grande sucesso! Parabéns! =D <3

Portanto, fomos ver as coisas, os artistas (que são bons artistas) e as lojas. Aproveitei para tirar fotografias às pessoas que ia encontrando. Neste caso, aconteceu uma história cómica: uma miúda, bastante miúda, e suas amigas entraram no meu campo de visão e a jovem trazia nas mãos aquilo que aparentava ser, de todas as formas, um cagalhão gigante. Pelo que eu, excitadíssima perante o facto de estar a ver um cócó, lhe fui perguntar se aquilo era um cócó. Ao ver o seu olhar de profunda ofensa arrependi-me logo e mais me arrependi quando a amiga explicou que era a cabeça do cosplay dela. Ainda assim, como eu estava muito curiosa para ver o objecto, perguntei se podia tirar uma foto à cabeça de cócó. Ao que recebi um imenso NÃO. Penso que foi a primeira vez na vida que me recusaram uma foto, lol. Portanto, pequena jovem, como modo de pedir desculpa, deixo-te um poema:

Desculpa querida jovem
Foi ofensa sem intenção
Não desejava dizer que o cosplay era mau
Apenas achei que se parecia com um cagalhão

Como os acho engraçados
Queria muito teu cosplay ver
Mas saiu-me tudo errado
E fiquei com vontade de morrer

Esquecidos estes factos, devo dizer que achei que o evento tinha muito pouco cosplay. Aliás, achei que a grande maioria dos cosplayers estava concentrada no concurso, que realmente tinha fatos muito fabulosos! Quanto às lojas, o meu sentimento foi que apesar de haver alguma BD e algumas coisas de interesse em termos de crafting, estava tudo mais dedicado a figuras com preços muito avultados e a merchandise generalista. Havia lojas variadas, mas no fundo muitas tinham muitas coisas semelhantes em termos de produtos. À volta da zona das lojas estavam artistas (que são bons artistas) que se dedicam a crafts. Nessa altura tive um encontro muito giro com a Philippa Marquis, uma banca que visito em todos os eventos para jogar às rifas e falar um pouco com a senhora e a menina que lá estão, que são mesmo muito simpáticas. :) Por forma de agradecimento por eu as ir sempre visitar ofereceram-me um porta-chaves. Quis recusar, mesmo!, porque eu gosto de ir a essa banca precisamente para conversar um bocadinho e de vez em quando comprar uma coisinha gira, mas não me deixaram. Portanto, menina, senhora, MUITO OBRIGADA! Continuarei sempre a visitar-vos a apoiar-vos da melhor forma que me for possível. :)

Acabámos por comprar algumas coisas um pouco inesperadas:





  • O Kick-Ass, em Espanhol
  • Um livro de short-stories do Neil Gaiman
  • Um bloquino com o Kero
  • Um poster do Pulp Fiction para a nossa sala
  • O game-boy foi a prenda
  • O pin saiu numa tômbola e vou dar a uma amiga
Para além de diversos cartões, que já estou a seguir. :)


Tinha planeado assistir a pelo menos duas palestras da área de comics e literatura, mas acabámos por nos perder no tempo. Portanto, penso que no ano que vem me irei recusar a ir apenas ao dia do cosplay. Dois dias será a minha opção, para num deles poder estar à vontade, com um cosplay confortável, a laurear a pevide, e depois no outro dia dirigir todos os meus mísseis ao concurso sem ter de me preocupar em ver o evento.




Mas agora falemos da parte essencial, sem mácula, a parte que todos esperam nesta fase do post do blog desta pessoa. Que é a parte em que esta pessoa coloca aqui



Fotos de Pessoas Extremamente Atraentes

 Uma linda Tatis :*

 Uma menina pequena com um cosplay muito bem esgalhado! Gostei imenso da ideia!









 Oh xenhora enfermera
 Ao início não reconheci a personagem, mas quando ela me disse achei a ideia genial! =D



 O mey fato preferido do concurso!




 Grande vencedora! Parabains! =D





Em jeito de conclusão, devo dizer que apesar do desapontamento do concurso, que correu da pior maneira possível, gostei muito de fazer esta viagem e participar no meio de gente tão talentosa e competitiva. Este evento teve um maior público este ano, segundo está a ser noticiado, portanto vamos ver o que nos aguarda na próxima edição. Da próxima vez espero ir mais organizada, com mais tempo, umas férias reais, por assim dizer. :) De resto, parabéns a todos vós, desculpem lá os amus-jeitos diversos e MUITO OBRIGADA por me deixarem andar por aí! =D

Urrrr