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2.3.15

Black Mirror - White Christmas

Black Mirror - White Christmas
Carl Tibbets e Charlie Brooker
Séria Special - 1 Episódio
2014

Black Mirror foi, possivelmente, a única série da actualidade que eu vi. E o meu sentimento em relação a ela é que devia ter muito mais episódios. Assim, foi com alegria que aceitei a sugestão do Qui para vermos este episódio especial, dedicado ao Natal.

O episódio trata três histórias diferentes, todas com o tema recorrente do "Natal", que se interligam no final em termos narrativos e de conceito.

Tudo começa com dois homens que se encontram há "cinco anos" na mesma casa. Um deles prepara o jantar de Natal enquanto fala da sua história e tenta saber mais sobre o seu companheiro. A sua história está relacionada com uns olhos especiais, que toda a gente tem. Através deles ele serve de conselheiro amoroso a jovens com problemas afectivos, mas quando tudo corre mal vê-se "bloqueado", o que significa que não pode ver o seu interlocutor, nem ouvi-lo, e o contrário.

Depois, fala do seu trabalho real. É conselheiro também, mas conselheiro de consciências. Aqui, é introduzido um novo conceito, os "cookies": cópias da nossa própria consciência que podem ser usadas para diversas tarefas. No caso, tomar conta da casa. Aqui se coloca a questão moral: será que está correcto utilizarmos a nossa consciência, ainda que seja apenas feita de dados, e torturá-la? Será que é de todo justo fazer uma cópia dela? E, afinal, para que serve?

É o que observamos na terceira história, mas não falemos disso. Aqui, o outro homem começa a contar a sua história. Mais uma vez voltamos ao conceito do "block", mas com uma narrativa de afectividade e obsessão, com um personagem muito bem caracterizado na sua loucura.

Assim, este longo episódio - longo como um filme - apresenta-nos conceitos modernos, uma ficção científica altamente realista como aquela a que toda a série nos tinha habituado. Os efeitos são vagos, mas afectam-nos emocionalmente, pois há uma transposição para a nossa realidade e as consequências dissodão que pensar, quase filosofia.

Assim, recomendo este episódio para todos os fãs da série. Quem nunca assistiu também pode ver este episódio, pois nenhuma relação - fora o tema - tem com os anteriores.

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