The Book of Life
Jorge R. Gutierres
Animação
2014
8 em 10
Tinha curiosidade em ver este filme porque andava a ver muita gente por aí com desejos de fazer cosplay destes designs. No final, revelou-se uma aventura e pêras e um excelente filme de animação.
Pegando nas lendas mexicanas do Dia de los Muertos, que é o nosso Dia de Todos os Santos, seguimos uma aventura sobre a descoberta de si próprio de um trio de personagens fantástico. Duas entidades relacionadas com o mundo dos mortos fazem uma aposta: qual dos rapazes, Manolo ou Joaquin, será escolhido por Maria para se casarem. Eles crescem e tornam-se pessoas muito diferentes. Manolo é treinado para ser toureiro, mas o seu sonho é tocar guitarra. Joaquin é o novo herói da cidade. E as figuras místicas interferem com as suas vidas, de forma a que viajamos também ao mundo dos mortos, daqueles que são lembrados e daqueles que são esquecidos.
Isto é um tema que me fascina, isto da morte. E os universos estão feitos de tal forma que não parece nada mau estar lá. Pelos vistos, segundo as lendas mexicanas, morrer é apenas ir para uma festa! A animação cheia de luz e cor ajuda a recriar este ambiente. Falando na animação, fica também uma nota para o design dos personagens. Baseando-se na estrutura de bonecos de madeira, todos eles primam pela facilidade de movimentos e detalhe na sua criação.
É um filme muito musical, que pega em músicas que todos conhecemos da nossa cultura pop-rock. Se o tema final, o dueto, não tem graça nenhuma e acaba por parecer pouco em comparação com o resto do filme, existe um manifesto anti-tourada de extrema beleza. Todas as vozes estão muito apropriadas, com o sotaque espanhol misturado no inglês.
É um filme cheio de graça, uma caricatura simpática da ideia que um americano pode ter da cultura latina e mexicana. Os detalhes das piadas são apoiados por uma série de personagens secundários muito fortes e, no geral, é uma bonita história de amor e de crescimento pessoal.
Recomendo vivamente!
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